sábado, 12 de julho de 2014

Porque o Pseudônimo?

Boa Madrugada pra todos !

Hoje é sábado, dia de dormir tarde!

Recebi um e-mail da Luana Almeida onde ele relata que fez vários comentários em algumas matérias e não saiu nenhum. Que na sua página está como comentário privado e ela não sabe como desconfigurar isso. Então ela me passou as perguntas que quer fazer no tópico das perguntas pra Vênus e vou transcrever nos comentários. Mas da matéria intitulada Vênus de Willendorf, farei um tópico só pra isso, que segue abaixo.

“Venus, porque esse pseudônimo?

Você fala Venus, la no texto que se tivermos postura tal, os que nos criticam não nos atingem. Mas acho que ainda não assumi pra mim o que me inclino, ainda estou me descobrindo, então é mais difícil não ser atingida pelas pessoas.
E uma das coisas que mais acho muito admirável em você é justamente essa coisa forte de se orgulhar de ser feedee, de assumir isso, ser resolvida mesmo sabendo que há riscos de se perder nesse caminho. Não se deixar ser atingida pelas pessoas e outro aspecto que noto é sua grande alto estima, mesmo, imagino, sendo gordinha. Acredito que seu comportamento, sua paixão pelo que é e sua coragem deve ser um exemplo pra outras entenderem que são lindas gordinhas assim e desejadas e ser mais felizes com seu próprio corpo. Obrigada pela Venus! Rsrs” – Luana Almeida

Luana, quando eu tive a ideia do blog, conversava na época, muito com um amigo e até pensamos em nomes de pseudônimo. A princípio ele me estimulava a criar um canal no youtube e fazer vídeos. Mas aquilo para mim parecia algo vazio. Não que eu menospreze quem faça, mas não era o que eu queria e sentia ser o meu caminho. Por ser terapeuta, qdo descobri que existia o feederism, cai de cara entrando em tudo que era site, blog, comunidades, falando com as pessoas e analisando tudo isso. Tenho minhas impressões como psicoterapeuta holística, mas são especulações que me rodam até hoje que explique com um determinado número de pessoas espalhadas pelo mundo, que n se conhecem, e geralmente n tem acesso ao conjunto definido sobre o feedism, desenvolve ainda crianças, os mesmos comportamentos.   Quem analisa isso não é a feedee mas a terapeuta. E tive muito facilidade de solver cada personagem que compõe nosso mundo e entende-los. Claro que já certos comportamentos e inclinações mistas que são muito singulares a cada um. E é justamente isso que faz o feedism ser algo tão especial. Não tem receita de bolo, embora haja conjuntos que se agrupem por gostar e desejar coisas muito similares.  O feederism merece um estudo mais teórico e profissional digamos assim, porque ele não é somente mais um fetiche maluco. Ele é um estilo de vida que molda com as pessoas interagem com o mundo, dentro de um tema muito atual que é a questão do excesso de peso e obesidade e alimentação.  E pelo meu entendimento que considero muito profundo sobre a feedee, é que quando lembrei da Vênus, vi que ali estava representava fisicamente uma feedee. E quando você para analisar e refletir sobre ela e a época em que ela vivia, na era paleolítica, que foi esculpida a estatueta, e você encaixa isso na dinâmica da feedee e do feeder, tudo parece tão encaixado que chega a ser poético.

 Acredito que a feedee representa em essência a potencialidade feminina. Ela é a própria manifestação da feminilidade livre de conceitos sociais que lhe impõe moldes de beleza a seguir. Ela se entrega e representa tudo o que seus desejos gritam dentro dela. Ela é livre de qualquer imposição com relação ao seu peso e o prazer profundo que sente de se entregar a algo que grita em todo ser humano que é o prazer em comer bem. Mas não é somente isso.

A Vênus de Willenford tem braços quase imperceptíveis. A Barriga é muito grande, os seios também, ancas largas e a vulga grande com pés quase inexistentes. Porque? Ela representa o ventre que é capaz de gerar e dar ao mundo muitas vidas. É capaz de nutri-los com seus seios grandes e voluntariosos que amamentar a humanidade. Seus braços são pequenos, pois ela não precisa de braços fortes e truculentos. Pois o papel dela não é caçar nem buscar provisões para alimentar sua prole, seu tribo. Isso cada a quem? Ao homem. Os homens são todos representados com fortes braços, troncos e pernas. Hábeis, e exímios caçadores, coletores e estrategista. O papel do homem pre-histórico sempre foi alimentar e proteger.  Eles têm a força, a agilidade e ela tem a capacidade amorosa de nutrir, gerar e cuidar de todos, incluindo dos caçadores que vão em busca dos alimentos, para alimentar todos. O homem em essência é um alimentador. A essência masculina, e feminina, não muda com os séculos. O que muda são padrões de comportamento. Mas a nossa essência natural está ali. Mais forte em algumas culturas que outras, mas a nossa natureza feminina e masculina, não muda. Isso é tão certo que nossa estrutura física é diferente, nossos cérebros funcionam diferentes. A força que um homem tem uma mulher não tem igual. Falo de força física mesmo. O homem tem hormônios que o faz ser mais agressivo e “brigões” que as mulheres, mais competitivos. Somos diferentes porque somos de naturezas diferentes. Por mais que a humanidade tenha evoluído. Tudo no universo existe em dualidade que se completam. Cada planta, cada fava e semente, tem o macho e a fêmea. O mundo é feito da dualidade feminino e masculino e não falo de orientação sexual.

E por último. A Vênus é uma mulher gorda. Porque a mulher naquela época quanto maior e mais gorda, mas representava o sucesso do homem e sua habilidade de prover a tribo. Uma tribo de desnutridos, era sinônimo de miséria e falta de alimentos ou habilidade de caça, ou de competência para conduzir a tribo para locais mais prósperos. Ela era na verdade o resultado de suas habilidades e de ser o grande provedor de seu povo. E quanto maior, mais significava que ele estava cumprindo impecavelmente o seu dever e papel de levar alimento a todos. Principalmente, óbvio pra quem era o útero que gerava e nutriria a vida que daria continuidade aquele grupo. A mulher gorda, em suma, era motivo de orgulho para o provedor; um grande símbolo de fartura e poder para o homem e consequentemente para aquele grupo. E não vejo muito diferente disso dos feeders de hoje em dia. Quer ver um feeder orgulhoso é ele engordar sua feedee, fazendo passa-la de uma magra para uma bbw. E pra isso ele não se importa se prover os alimentos, estimula-la de várias formas, e encorajando-a a crescer e até cozinhar pra ela se for o caso. O feeder conserva em seu inconsciente a natureza primitiva masculina, do provedor e protetor da feedee. E ela é a própria essência selvagem e livre feminina. Obviamente quando ela consegue se libertar da educação moral e estética que grudaram com durapox e cola quente desde que ela se entende por gente. Posso dizer que inconscientemente tanto a feedee como o feeder, guarda essas memórias internalizadas, e quando ele acha  uma fresta que pode ajuda-lo a aflorar isso, ele aflorará.  

O Feeder é a essência do provedor e do protetor, a feedee é a barriga e o seio que nutri o feeder (aqui simbolicamente). São dois personagens que se completam e um não pode ser pleno, sem o outro. Logo não há superioridade de um em detrimento ao lado. São lados de duas moedas que juntas e unidas se completam e se encaixam perfeitamente.

E pra mim, não existe nada que represente tão bem uma feedee do que a Vênus de Willendorf. Tanto simbolicamente como corporalmente.

Luana, eu aprende na vida que a beleza realmente não está, de verdade, nas suas medidas. Mas na sua mente e no seu coração. O que vc transmite , exala ao mundo? Se vc determinar pra si mesma que é feia e indesejável, assim você será. Já tive um alto padrão de beleza “convencional”, e cheguei a um nível que poderia escolher homens muito bonitos para ficar. Mas tinha tantos “deuses gregos”, que quando abriam a boca dava vontade de sair pela tangente. Dizer que ia ao banheiro e não voltar mais. (já fiz N vezes isso). Pessoas que nem chegavam a ser burras, mas completamente derrotistas, fracas, tristonhas, que não tinham nada pra te passar, e te somar. Apagados e sem carisma, e que tinha um corpo escultural e rostinho bonito. Mas e aí? A beleza e juventude física um dia acaba.  E que terá depois da cama? Só pra desfilar com um modelo pela rua e matar as minas de inveja? Sabe, fiz muito isso e não vale a pena. São relações vazias que nada tem a te acrescentar com mulher e ser humano.

Falo mesmo de todo coração. As mulheres precisam se enxergar. Enxergar é diferente de se ver. Enxergar é olhar pra dentro de si. Resgatar, buscar e valorizar o que elas tem de bom. Alegria, carisma, amorosidade, companheiro, inteligência, personalidade, alto astral, otimismo, aprender a levar a vida com sorrisos e achar graça das coisas ao invés de reclamar de tudo e que nada tá bom. Chutar a rabugice pra lá. Ser mais você, cuidar de vc, gastar com vc, valorizar seu cabelo, sua pele, seu rosto e tudo o que melhore aos seus olhos sua aparência, porque nos final das contas, é o seu astral, o que você tem de encanto por dentro que atrairá pessoas maravilhosas pro seu lado. Semelhante atrai semelhante. Então que você quer um cara maravilhoso, simpático, honesto, verdadeiro, divertido, seja assim você mesma. Comece por vc e nada de baixo estima. Não ache que seja linda. Saiba que é. E quem diz o contrário é um imbecil que não sabe nem um terço do que perde. Porque quando somos belos por dentro, essa beleza é tão brilhante que transcende pra fora e ofusca e enche de lindeza por onde passamos. Confie, e seja mais você. Os outros não estão dentro de você e não podem lhe julgar e muito menos dizer o que é melhor pra ti. Não esqueça disso!
Descobra-se! Afinal o que anima sua alma? O que te faz e te traz alegria? Isso é o importante. O resto é o que menos importa!

Bjo da Vênus!  




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