quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

O melhor das festas de fim de ano!

Chegou à época mais deliciosa do ano; Festas de Fim de Ano...




...Não pelos presentes, pela familhada e todo o bla bla bla de confraternização. Mas pelo óbvio; COMIDA! Afinal as pessoas passam semanas discutindo sobre comida! O que farão para a ceia, o que o fulano vai trazer? Dai lembra dos pudins da tiazinha que só aparece no natal, dos pavês ou pra comer, será que a cunhada vai trazer os bolinhos de bacalhau? É todo um planejamento coordenado e com estratégias e tudo pra que a mesa estava farta, repleta de gostosuras e variada pra todos os gostos, desde os pentelhinhos, até o vovozão.

Na casa da minha mãe (com tendências feeder embora nem sonhe o que seja), casa de filha feedee sempre rola uma mesa que brilha aos olhos de quem vê. Tem pernil assado com molho agridoce, sempre dois tipos de bacalhau (eu sou responsável pela torta de Bacalhau no molho Bechamel divina - modéstia a parte). Tem a prima da sobremesa que só traz sobremesas, o tio do tender, a amiga do salpicão e assim a mesa vai enchendo. Esse ano ainda encomendamos empadão, salgadinhos e quiches.  

Vendo por esse lado de cada um leva uma coisa, mais parece uma reunião tribal onde cada membro da tribo levava o melhor de sua colheita para os festejos aos deuses e seus ritos sagrados. Talvez essas reuniões regadas a muita comida e cada um traz o seu melhor prato, seja fruto ainda dos registros em nosso DNA desse comportamento primitivo. E tudo isso faz até aquele primo insuportável ficar tão mais agradável, descendo a calda de manjar com ameixas....

Lembra-me também aquelas mesas dos grandes reis do passado em seus banquetes com mesas compridas que os olhos não podia acompanhar a quantidade de travessas e bandejas com enormes quantidade de comida com um leitão assado. 

E os brasileiros em especial, tem a ânsia do muito, do mais do que pode comer e abraçar nas veias. Um povo de um país que nunca soube o que é fome real e brutal por ter suas plantações, criações, e recursos destruídos por guerras. O que não quer dizer que óbvio, grupos de pessoas e classes sociais não saiba o que é isso. Mas me referi de um modo geral e específico ao mesmo tempo, a algo que atinge todo um determinado povo ou a maior parte dele. Nós não sabemos o que é ter que racionar o pão ou “as batatas”, por não saber  o que é viver preso num campo de concentração, comendo e vivendo pior que um animal de carga.

Aqueles pratos “chiques dos estrangeiro” cheio de fru fru, putz, me dá fome só de olhar. Mas nós temos a fartura em nossa formação, afinal já dizia Caminha; “é uma terra que plantando tudo dá. E temos de tudo, desde uma farta escolher de fast foods importados, dos besteirol (porém deliciosos) à comida de verdade; arroz, feijão, frutas maravilhosas, legumes incríveis, grãos, sementes e uma mistura de heranças indígenas e africanistas que torna a nossa gastronomia uma das mais variadas e ricas do mundo. Aqui tem farinha de mandioca e goma que faz tapioca, o que não tem nos Estados Unidos fácil na esquina da sua casa pra fazer farofa. Como eu iria viver lá a base de fast food e congelados? Com um churrasco pobre de hambúrguer e salsinha, sem saber o que é ter no ano novo aquele churrascão com farofada e molho a campanha, com uma peça costela de porco fresca, picanha, uma asinha de frango que seja e linguiças de pernil? Que vida mais sem sentido! A comida da França é famosa, talvez mais pelos doces e pelos pães, porque é um povo que adora enfiar pão em tudo que é refeição. Mas de pratos e tempero estranho, sem sal ou açúcar, pois é costume só dar o toque desses dois itens nos alimentos. Algumas amigas viajaram pra lá e sofreram com a comida. Eu talvez viveria de Mcdonald’s, pão e vinho, ou de Rosas e Vinho tinto como na música no Capital Inicial.

O que tenho como opinião particular estudando gastronomia pelo mundo, é que as melhores comidas do mundo estão nos países latinos, e a forma de comer também. E o Brasil sem dúvidas é o melhor deles.  

Desde os primórdios da humanidade a comida nos une, está presente em nossas festas em volta da fogueira, é nossa maior forma de celebrar a vida, aos deuses, a nós mesmos em nossos aniversários. Qualquer reunião, seja de família, amigos, colegas de trabalhos, até de negócios, é regada a bebida e comida.

Então como no fim de ano é a época que mais temos confraternizações seja no trabalho, faculdade, casas de amigos, etc. É a época mais farta do ano porque pra onde você vai tem comida no meio.

Ah... eu não estou vivendo fora da realidade não. O Brasil está na pior! O Rio de Janeiro onde moro falido, e principalmente as cidades pela transição de prefeituras. As pessoas choram por falta de salário, contas atrasadas! E embora seja um fato que as vendas caíram, mas vou falar pra vocês, semana antes do natal, fui ao centro da minha cidade comprar uma bateria de celular. Eu quase não consegui entrar nas lojas de tão cheias. Dias antes da véspera de natal os mercados estavam intransitáveis. De onde o povo arruma dinheiro? O fato é que arruma sim. Da reserva, do décimo, do chefe especial, pede emprestado, mas não deixa de celebrar nada com COMIDA E BEBIDA.

Mas aí depois vem o pós ceia que também é comum entre os gainers e stuffers, admirarem suas obras primas; como conseguiram deixar suas barrigas imensas! Fotos e vídeos apertando as banhas são válidos, viu! Eu tirei várias fotos! E um feeder curtindo uma ceia de natal com sua feedee? Nossa! Deve ser incrivelmente orgasmático, antes, durante e depois da ceia. Eu nunca passei ao lado do meu feeder por questões familiares. Mas sempre rola umas sessões de fotos depois e durante. Acho que ele deve ficar pensando: “ ela deve ta se acabando”, e claro os préstimos de natal tem sempre o “Feliz natal, se acabe de comer”!

Essa é a época do ano e as férias de julho que também são propensas, onde eu acho mais propício pra engordar mesmo sem perceber ou de propósito, até porque muitas pessoas tiram férias, e nas férias a gente cai no mimo da mãe ou do conjugue. São épocas pra curtir bares e restaurantes, praias e os sabores praianos dos petiscos e da cerveja, e liberar mais de dietas (pra quem vive nesse tormento).

Compartilhei os resultados da ceia com amigos gainers e stuffers, e também pude ver o resultado deles. Kkkkkkk

Mas calma amor, só você tem fotos exclusivas!

Bem por aí o pós!

 Na verdade, o estilo de vida, ou viver com o feederism sendo parte de sua vida é algo tão simples e natural que muitas pessoas vivem cercadas disso e não percebem, não sabem. Nem tudo é sexual, mas é o ato de apreciar o comer bem, e quando eu falo comer bem, é comer muito e de forma prazerosa (sentido isso)! Às vezes é numa brincadeira, numa farra com uma amiga vendo série, ou com um amigo do outro lado do mundo, brincando de quem bebe mais suco, ou quem consegue comer mais pizzas e um incentiva o outro a poder vivenciar coisas tão pequenas e por ser tão pequenas aos olhos alheios parecem estranhas. Mas nos dá prazer, amenta seu tesão, nos dá a sensação de estarmos mais sexys e gostosos, dá alegria, nos anima de uma forma inexplicável, Afinal, cada um tem sua forma particular de prazer, e a nossa é algo são simplório que seja a ser uma brincadeira.

Mas como tem gente que leva a vida a sério demais. E também estão levando o Feederism de forma muito austera, séria, algo complexo. Nada disso! É tudo muito simples e natural quando faz parte de sua natureza mais íntima.

Espero que o natal tenha sido produtivo. O meu foi! Ainda estou com o gosto do salpicão e do pudim de maria mole na boca. Já fazendo a lista aqui pro ano novo!

Qual foi a comida que você gostou mais de comer no natal? Deixa aí nos comentários!

Desejo a todos os seguidores, leitores do blog e amigos da Vênus que curtam bastante essas festas de finalzinho de ano. E no Reveillon; beba e coma bem se puder! Festeje bastante, com sorrisos, comida e bebida a sua saúde, ao amor, aos aprendizados, oportunidades, conquistas por menores que tenham sido, são suas!

Celebre a vida! 

Tudo o que tiveram em 2016. Que tudo de bom e gostoso venham em dobro e mais, muito mais pra nós em 2017!

 E deixo aqui pra vocês uma frase de Oscar Wilde que diz um pouco disso... Sejamos mais leves, serenos, e menos preocupados nos comos e porquês, encarnado tudo muito sério demais!



 Beijos da Vênus! 















sábado, 26 de novembro de 2016

Meu nome é Doce!





Primeiramente acho que preciso agradecer a Vênus pelo convite que me foi feito para ser autora do blog. Um convite que me honra muito estar na opinião dela, qualificada para ser autora desse blog que tem um excelente nível em seus textos.

Não sei se conseguirei atender a altura, pois desse mundo eu consigo me encaixar um pouco apenas, e acho que como outras pessoas, ainda tenho dúvidas se me encaixo no feederism. Mas aceitei o convide e entendo talvez porque ele foi feito. A diferença no ponto de vista de ambas autoras do blog, talvez possa deixa-lo mais diversificado.

Então como passaremos daqui por diante um tempo juntos, vou me apresentar.

Sempre gostei de garotos bem gordinhos. Mas quando falo gordinhos, é gordo mesmo, lá pelos 130, 150, 160 quilos. E sempre namorei rapazes com esse biótipo.

Porém sempre tive que enfrentar os olhares das pessoas, amigos, da família que ficavam aos cochichos pelas costas quando eu passava em ocasiões que tinha que leva-los para conhecer os parentes. Isso me incomodava um pouco, até que passei a não me ligar nisso, mesmo sabendo que existe a reprovação, mas não me atento mais pra ela. Pra mim se tornou algo natural que eles que lidem.  

Conheci o feederism através da Vênus, como tantas outras pessoas pelo que percebo hoje conhecendo esse trabalho que ela fez e faz. A diferença é que ela é minha vizinha, embora há pouco tempo pois eu morava em outra cidade. E não chegamos assim falando sobre essas coisas, não acham? Mas quando ela soube da minha atração e preferencia por homens bem gordos num bate papo trivial, começamos a falar sobre padrão de beleza e como ela gostava de ser gorda. Achei legal da parte dela, assumir o que gosta sem ir pela maioria. Mas quando ela me disse que existia caras que curtiam ser gordos e que, o que foi mais surpreendente pra mim, o fato de gostarem de engordar e comiam nessa intenção, eu fiquei pasma.

Jamais passou pela minha cabeça que pudesse ter só uma pessoa, que dirá várias que sentem vontade e prazer em engordar. E eu querendo achar meu gordão! Essa foi a minha conexão com o feederism; me identifiquei.

Depois quis saber mais e mais sobre esse grupo de pessoas. Pensei que fosse algo tipo grupo de facebook, ou whatsapp, mas ela me falou que não era isso. Que existiam pessoas assim no mundo inteiro que se agrupam em redes sociais de relacionamento, em especial americanas.
E quando ela foi descrevendo os comportamentos que existia dentro desse meio, eu super me identifiquei com a pessoa que gosta de cozinhar pro outro, cuidar através da comida e incentivar a engordar. Se for magrinho, vou querer que engorde rápido pra encher a cama o quanto antes, porque eu sou magra. Não tenho vontade de mudar meu corpo e prefiro assim. Toda minha identificação vem com o outro, em poder desfrutar de tanto peso, volume, largura e gosto tanto que não entendo como as outras pessoas simplesmente podem não sentir gostoso abraçar e ser abraçada por um fofo.

Ai vem o outro lado que ela me fez perceber, eu adoro cozinhar guloseimas, doces, bolos, etc. Sempre gostei de cozinhar pros meus namorados e ve-los comendo bastante e se sentindo satisfeitos com a comida e os doces que eu fazia pra agrada-los. Eu me dedicava tanto nisso que fiz vários cursos de culinária e me especializei em confeitaria gourmet e hoje trabalho com isso. Docinhos tradicionais, brigadeiros gourmet, bolo de pote, cupcakes, tortas, e outras especiarias calóricas. rsrs Mesmo trabalhando e fazendo faculdade numa área totalmente diferente de culinária e gastronomia.

Mas eu não sei se sou feeder porque nunca tive uma experiência com uma pessoa desse meio, e nem saberia por onde começar, mas todos os meus namorados engordaram sob meus cuidados rsrs Ainda estou entendendo como funcionam os desejos de vocês. Mas eu espero ter uma experiência em breve.

Como eu sempre namorei caras já gordos, eu não tive essa visão de alimentar pra engorda-los. Isso só foi me chamado atenção quando a Vênus me falou sobre esse comportamento. E tipo, eu ia super curtir se namorasse um gordinho que virasse um gordão!

Dizem que o prazer é desperto ao passo que abrimos os olhos ao mundo a nossa volta, então eu estou bem atenta agora. E pra tentar as abelhas pro mel; quero mostrar um pouco do meu trabalho e quem sabe não chame a atenção dos gordinhos e ser uma ajuda mais que deliciosa a todos que querem presentear ou engordar ou comendo “doçuras”!




Deixo com você um coração de Doçuras de brigadeiro gourmet! Uma das minha especialidades no meu trabalho que faço hoje que de tanto querer ver meus namorados mais fofões eu aprendi a fazer e comercializar também, por que não!?

Em breve mostrarei mais das minhas doçuras pra vocês!

Beijos doces  


quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Mundo Feedee da Vênus VII - A Aventura do Banheiro!

Tem tempo que não escrevo falando sobre meu mundo feedee de forma pessoal. Mas esse fim de semana passei por uma situação que nunca mais tinha passado e que me tocou, bem lá no fundo de uma forma tão minha e incontrolável que resolvi escrever sobre isso.

Todos sabem que sou uma pessoa obesa; óbvio. Mas mesmo declarando que acredito a meu ver que nossa alegria está aos que tem paixão por comida, ceder a essa paixão e comer mesmo sem aquela culpa de não estar contribuindo pra manter e garantir perpetuado o padrão de beleza eleito pela maioria dos votos: o magro.

Mas ao mesmo tempo, eu falo da necessidade de termos a consciência da nossa saúde, do nosso bem estar físico e tentar equilibrar a alegria com o ganho de peso e a comida, de forma que isso não nos acarrete em doenças, de não comer tudo o que se quer todos os dias na quantidade que nossa gula absurda quer, pra não termos uma alimentação tão pobre e desregulada, de situações desagradáveis por falta de espaço, de não poder passar pelo corredor de um avião gol classe econômico, Da dureza que é não poder entrar num aparelho de ressonância quando você precisa de um exame, etc, etc, etc,  

Eu continuo engordando acredito que a cada mês em engorde umas gramas, mesmo já há algum tempo não fazendo dieta de engorda. E a nossa vida passa, o dia a dia nos traz várias coisas a ser vividas, e nossa vida vai passando com todos os elementos que a compõe. Não vivemos só pensando 24 horas em comer até explodir e engordar. As vezes tem épocas que ficamos mais focadas em nossos desejos e outras nem tanto. Não sei, sinceramente que essa variação tem a ver com as variações de nossa libido, mas o fato é que existe essa flutuações de nossos ímpetos e desejos com relação ao nosso fetiche/estilo de vida (como queiram).

Estou no momento disperso... meio Zeca Pagodinho; (Deixa a vida me levar), então estou suave. Mas não paro de engordar, porque também não tento emagrecer e eu amo comer. Mas mesmo sem fazer dieta pra engordar, e não muito acesa pra isso, conservo a percepção de meu tamanho. Porque uma coisa que você não perde é a percepção e contato com seu corpo. Não tem como não passar por um espelho e não olhar se as banhas vão balançar, ou se sua barriga cresceu! E essa relação corpo e desejo íntimo que acende o pavio do: “Ah tenho que engordar agora, quero fazer crescer essa barriga, essas coxas, etc”.

Todos nós, de mesma essência digamos assim, passamos por isso!

Mas voltando ao bojo do que quero falar sobre meu fim de semana, é que existe de certa forma,  um antagonismo que acredito não ser apenas algo particular. 

Quem é realmente obeso sabe algumas dificuldades que temos em algumas questões como acomodação, locomoção, agilidade, espaço, etc. Isso de certa forma é algo ruim, e um efeito negativo da obesidade. Isso de certa forma te limita. E leva muitas pessoas a querer perder peso, e achar que isso faz a qualidade de suas vidas caírem. E eu não posso dizer que estão errados. Afinal cada um sabe do que lhe incomoda realmente e se pode mudar, por que não?

Sempre defendi curtir o que nos dá prazer mas com sobriedade e consciência, Dentro de padrões da realidade. Porém esse fim de semana houve dois acontecimentos muito interessantes. Lembram que eu disse que estava meio que em off, deixando as coisas fluírem no dia a dia. Até porque eu já estou num padrão de obesidade que requer uma atenção maior e certa reflexão sobre ritmo de engorda.

Minha vida anda corrida e cheia de trabalho então fazia tempo que eu não saia pra comer com meu feeder.

Nós fomos num restaurante que eu adoro; primeiro pela comida e depois porque tem um espelho que cobre todas as laterais do restaurante que me dá uma visão perfeita de mim sentada de perfil. Caramba, eu não sei se olho pras comidas que vai e vem nas bandejas aos clientes freneticamente, se presto atenção no que o namorado tá falando ou se me olho no espelho e fico babando minhas banhas das costas caindo, o colete enorme, a barriga e dobras que saltam aos olhos. E fico pensando empolgada: ”Meu deus como eu to gostosa! Olha isso!”.

Entretanto nesse dia tinha mais coisas por vir, depois de quase atacar a panela de barro de feijoada da mesa ao lado( que estava um espetáculo visual), e de dar dezenas de suspiros a cada batata frita e garfada de filé, eu precisei ir ao banheiro. E logo que abri a porta, um sorrisinho se abriu em meus lábios pensando: “Nossa, como vou entrar ai?” Porque o banheiro era pequeno, estreito e a porta se abria passando pelo sanitário, então ficava quase nada pra você poder entrar. O espaço que dava entra a porta aberta e o vaso não me cabia. Tentei e não fui. E eu ria por dentro. Acho que se tivesse pessoas atrás de mim também estariam rindo, mas por outras razões. E talvez pensando: “a baleia não vai conseguir entrar ahahaha vai entalar ahaahah!”. Mas eu estava rindo sozinha de tão empolgante que aquilo era. Eu parei e analisei por onde eu poderia entrar. E vi que poderia me espremer para a lateral minúscula entre o vaso e a parede pra poder entrar e conseguir fechar a porta. Me apertei daqui e ali, encolhi a barriga e consegui! Uau! Consegui entrar num banheiro mega apertado. E enquanto eu fazia o que tinha que fazer, ficava pensando como foi gostoso me espremer pra entrar ali e eu só sorria suspirando.

Bem, mas estava pra vir à segunda etapa da aventura. Conseguir sair de lá!  Encolhi-me do lado do sanitário e tentei abrir a porta. Entalei! Não passaria daquele jeito, e pensei: “cara, se eu tivesse deixado essa bolsa enorme lá, talvez fosse mais fácil, mas vamos lá gorda! Nada de apavoramento! Foi ai que pensei em sentar no vaso e encolher as penas, mas deu preguiça e naquele lugar super claustrofóbico, ter que sentar com meu peso num vaso sanitário que também era pequeno e encolher as pernas para a barriga, tentando abrir a porta não ia rolar. Se fosse coisa de dez anos atrás talvez eu conseguisse esse encolhimento de pernas, mas com o tamanho que minhas pernas e barriga estão hoje, melhor nem tentar. Ai olhei a minha volta e fui pro canto da parede da porta de entrada, porém a porta não abria comigo ali. A pança não deixava. Ai eu ri mesmo!

Dei nova avaliada no ambiente... respirei e me contorci pra trás do vaso, me inclinando pra trás o máximo que eu conseguia e abrindo a porta ao mesmo tempo. Ufa! Passou... Consegui abrir totalmente a porta pra poder sair. E deu certo.  E quanto eu lavava as mãos, era inevitável não sentir uma leve, talvez grande satisfação de ter atingido um tamanho que tenha dificuldades desse porte pra usar um banheiro público. Foi a mesma satisfação que senti ao fazer uma viagem de avião e fingir que estava com o cinto afivelado so deixando ele envolta da barriga bem disfarçadamente, uma vez que não consegui nem por mil cacetes afivelar o bendito cinto de segurança. Quem disse que a pancita deixava?! E eu lembro que lembrei indignada nesse dia. Mas que avião tosto! E as grávidas não podem usar cinto de segurança? Mas eu lembrei que as grávidas geralmente tem uma barriga muito grande e pontuda, mas não são caídas, e elas conseguem afivelar usando o cinto bem na parte de baixo da barriga. O que já não pode ser meu caso por uma questão obvia; a minha barriga é de gorda, e não de grávida, embora eu sempre vá pra fila preferencial ahahahaha!

Quando eu voltei a mesa, claro que tive que compartilhar a aventura do banheiro com meu feeder, mas o mais curioso é que o sabor da batata mesmo já fria, estava muito melhor! Deu-me vontade de comer mais e mais até não conseguir de jeito nenhum entrar naquele “toalete”!

Eis ai um antagonismo muito intrigante!  Esbarrar nos móveis pois o ambiente está apertado pelo nosso tamanho, entalhar, e não passar entre espaços que outras pessoas passam tranquilamente, pode ser constrangedor, mas ao mesmo tempo... mexe, remexe e nos inspiram, excitam de uma forma ainda não compreendida. Talvez por ser a constatação de uma conquista aos gainers; "Engordamos de verdade afinal"! 

E depois de tudo isso, com eu olhava com olhos malicioso e gulosos, cheios de ótimas intenções pro meu feeder. Até me fez ficar mais carinhosa, dengosa, fitar nos olhos dele enquanto fazia um carinho em seu braço e pensar “ ai Deus... que homem irresistível” !

Bem.... e nesse exato momento estou lembrando com tudo isso, de Cazuza e Frejat:

“Mais uma dose, é claro que eu to a fim
A noite nunca tem fim
Por que a gente é assim?
Agora fica comigo
E vê se não desgruda de mim
Vê se ao menos me engole
Mas não me mastigue assim
Canibais de nós mesmo
Antes que a terra nos coma
Cem gramas
Sem dramas
Por que a gente é assim?”

Não sei se vou entrar da fase do: Puro “Ecstasy”. Mas enfim; “Por que a gente é assim?”


Vênus Willenford



quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Viver Engordando De Forma Positiva?




O ato de comer, cozinhar, compartilhar momentos íntimos entre amigos ou casais regados à boa comida, em bons restaurantes, ou nos botequins numa sexta a noite com amigos do trabalho degustando os melhores petiscos, faz parte da nossa vida cotidiana. O prazer de saborear o gosto dos alimentos está inato em nós. Todos os momentos em que estamos festejando algo, confraternizando, inclusive festas sagradas ou profanas, estamos cercados dos prazeres das melhores comidas.

A maioria de nós, vai além da necessidade exclusivamente física da saciedade do corpo, e, come quase sempre a mais, nem que seja um pouquinho, porque afinal, como diz um slogan de um famoso restaurante aqui no Rio de Janeiro; “Comer é um dos maiores prazeres da vida”.   Mas a maioria de nós, controla toda a quantidade e o tipo de alimento que se consume, por uma única questão; estética. Infelizmente não podemos comer tudo, nem o quanto quisermos sem um preço a pagar, e esse preço é engordar e perder a forma desejada e eleita a modelo pelos nossos padrões de beleza atuais brasileiros. (Porque na África ser gorda é “TOP” ahahaha)  

Mas existe outro preço a ser pago, quem sabe para muitos, de maior valia do que simplesmente uma questão estética; é o fato saúde.

“Ah, mais que se dane saúde, nem quero pensar nisso, o meu fetiche, minha tara, minha paixão é comer até não aguentar mais todas as comidas que eu bem entender”

Nossa! Isso seria tipo, morrer e ir pro paraíso. Comer e/ou alimentar seu parceiro sem qualquer consequência negativa, e só aproveitar os benefícios, alegria e satisfação de se empanturrar comendo até dar sono todos os dias e vendo suas medidas expandirem pro infinito e além.

Mas inegavelmente a realidade não é assim!

Quem já assumiu sua gula e seu instinto nato de se dar ao desfrute de COMER, mais cedo ou mais tarde, tem que calcular o que põe pra dentro da boca no seu dia a dia.

Eu sou uma desfrutável assumidíssima! Mas aprendi certas coisas nesse tempo dentro do meio Feedist.

Primeiro: Que não podemos nem conseguimos deixar de ser o que somos!

Segundo: que sendo o que somos, temos que tentar viver socialmente e interiormente bem conosco e com ou outros da melhor forma e mais equilibradamente possível, nem que isso signifique certos sacrifícios. Tudo é uma questão de pesar, medir o que é mais importante, o que pode ser equalizado para que possamos viver sem neuras, sem frustrações e ainda viver nos diversos núcleos sociais que nos abrigam, começando por nossa família, nossa profissão, nossos amigos, nosso parceiro, etc.

Terceiro: é que sendo como somos, sabemos que nossos ímpetos vêm e vão com mais intensidade, mas nunca nos deixarão. Logo, é preciso ter maturidade e consciência de que vamos ser assim pra vida toda, e não por alguns meses como uma moda que estamos brincando e quando cansarmos e enjoar, deixamos de lado.

Quem é feedist mesmo, sabe que não é assim que funciona. Sabendo isso, aos que tem seu prazer focado na entrega a gula e liberdade de se jogar de corpo e alma nos prazeres indescritíveis que é comer, ser alimentado ou alimentar alguém e acompanhar ou o seu próprio, ou de seu parceiro, um processo gradativo de ganho de peso diariamente, como se vai manter um ritmo crescente sem calcular os custos benefícios disso?

Mas quem adota o slogan “saúde não interessa, engordar temos pressa”!

 Eu digo o que vai acontecer; diabetes, entupimento de artérias do coração, gordura alojada nos órgãos (o primeiro a ser abraçado pela gordura geralmente é o fígado), problemas nas articulações e cartilagens, edemas, e outras séries de complicações depende da sua predisposição.

“Mas eu estou preparado para os riscos”! Será mesmo?

 Todos falam isso até ter uma doença, ou parar no hospital batendo as portas do céu, sem poder entrar num aparelho de ressonância ou numa cadeira de rodas convencional porque não cabe e sentir a realidade de uma possível morte ou pior, (pelo menos pra mim) ficar inválido em cima de uma cama e vendo as pessoas que você mais ama, sofrer por isso.

Então vamos emagrecer?

Tá loko? Não troco meu corpinho tratado a shake e leite ninho nem a pau!

O que estou falando é justamente assumir pra si mesmo, o que você é o que ama (prazeres e pessoas), e mediante a isso buscar a harmonia entre você e todos os setores de sua vida, e a saúde é uma delas.

Vênus, mas você está magra, ou emagrecendo?

Não! Atualmente ainda estou engordando embora lentamente. O importante pra mim é saber que eu não vou virar uma bolha de 300 quilos, porque isso compõe a parte da FANTASIA de nosso fetiche, e não a realidade, muito menos a brasileira, pois o nosso padrão genético corporal não comporta nem 250 quilos com certa qualidade de vida.  Nossa estatura em média é baixa, mulheres principalmente. Diferente do americano, povos nórdicos, etc. Os quilos tem muita relação com a altura, porque uma pessoa que pesa 140 quilos e tem 1,55 de altura, é coisa pra caramba. Mas quem tem o mesmo peso, mas mede 1,90 de altura, não é tanto assim. Pra mim, nem gordo é! No máximo cheinho! Rsrs

Agora quem está magro ainda, e está ganhando, curtam esse momento com mais tranquilidade e despreocupações. Só aconselho a verificar a genética de sua família sobre as comorbidades; colesterol, diabetes, hipertensão, etc.

Como também vale prestar atenção nas medidas de besteiras (essencial pra felicidade da alma ahahah e coisas saudáveis e obrigatórias nutricionalmente pra não ganharmos uma anemia ou deficiência vitamínica). Porque essa fase é ótimo! Maravilhosa! Como enfiamos o pé na jaca serenamente e sem esquentação de cabeça!

 Mas quem já é obeso, (meu caso) e quer crescer mais (meu caso), toda cautela é necessária. Aí vale planos nutricionais, metas definidas, verificação rigorosa de taxas, etc. Sabendo que o limite está perto, repare no seu corpo, veja se ele tomou as formas que queria, e está tomando. Porque cada pessoa acumula gordura de forma diferente das outras. As vezes ficamos insatisfeito com a forma como o nosso corpo acumulou gordura. Outros gainers não ligam pra isso, desde que estejam ganhando. Mas se você se importa com essa parte da modelagem do corpo com gordura, fique mais atento porque estando perto do seu limite de peso, seu corpo não vai mudar muito com cinco ou dez quilos a mais. Só ficar maior!

E para aquelas pessoas que tem uma tendência ou algum tipo de comorbidade como hipertensão, diabetes, intolerância a glicose... e está obeso? Pare! Se já está com obesidade mórbida, tente manter o corpo, e curtir o que ganhou se não tiver que fazer dieta para emagrecer e descer taxas. Esse é meu conselho. Mas se ainda quer crescer e não quer abrir não e está tudo bem com a saúde, faça uma meta simples e com segurança e atividade física conjunta. “Odeio exercício! A preguiça faz parte do fetiche”. Concordo em número, gênero e grau! Mas estamos falando em engordar de forma positiva, cuidando para evitar riscos fatais ao comprometimento de nossa saúde, entrar em harmonia com o que somos e com as coisas de maior valor pra nós e o meio que nos cerca. E engordar com atividade física leve, sem impacto e perdas de calorias, como hidroginástica, caminhada leve, esteira leve... Isso só vai ajudar você a engordar “bem na fita”, quem sabe prolongando o seu limite corpóreo para engorda. E claro, as atividades fortalecerá seu coração, seus pulmões, suas articulações, sua resistência física, e manterá seu organismo controlando as taxas chatas que teimam em alterar se comemos muito açúcar, muito gordura (principalmente a saturada e trans), muito sódio, glutén, etc, etc.

Todos nós um dia vamos atingir nosso limite corporal. FATO! E quando esse dia chegar, vou viver infeliz por resto da vida? Claro que não! Posso curtir pra caramba minhas banhas, e cair de cara num rodízio fim de semana, ou ocasiões especiais; aquele churrascão com a parentada, um jantar romântico num buffet e ser feliz ainda com meu amor, enchendo meu prato de quitutes e guloseimas e me dando na boca e ainda esfregando minha barriga. Mesmo que durante alguns dias da semana tenha que comer muita alface, rúcula e peito de frango grelhado com queijo minas em cubinhos temperado com azeite e orégano por cima ahahahah  

Posso ainda emagrecer certos quilos, equilibrar taxas e ganhar certo peso de novo, só pra curtir o prazer do ganho seja sozinha ou acompanhada.  

Enfim, há várias formas de nos curtir e curtir nosso parceiro. Se separarmos a fantasia da realidade, temos mais chances de sermos felizes e equilibrados com o que temos dentro de nós.

Isso se chama: Viver engordando de forma positiva!

Mas pra vocês que só curtem um stuffing de vez em quando, ou toda semana e se acabam depois na academia por prazer de ter um corpo em forma. Ou não curte academia nem atividade física, mas adoram um stuffing periodicamente, a vida pra vocês é mais fácil. Não compliquem ahahahahah

Keep Calm e vamos nos estufar!

Eu estufo
Tu estufas
Eles estufam

Nós estufamos bem! Porque esse prazer, mesmo para aqueles que não sabem, todos tem! 


sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Feederism pra vida toda





Pela primeira vez desde que fiquei sabendo da existência de meios virtuais para grupos de pessoas adeptas ao Feederism (feederista ou feedist), eu estou vivendo isolada do contato com esses meios e por consequência, das pessoas de um modo geral. Claro que por escolha própria, devido a uma série de acontecimentos pessoais, mas mesmo assim, ainda recebo e-mails de pessoas que acessam o blog, mesmo que meu atual código de segurança não permita responde-los, mas leio todos.

E esses e-mails são de pessoas querendo saber sobre meu eu feedee, ou reclamando porque não conseguem entrar no grupo de facebook e outros temas. Mas esse tempo eu não recebi um e-mail que seja relacionado com algo reflexivo ou questionador sobre o Feederism de pessoas do meio mesmo. Porque estudantes de psicologia, jornalismo, etc... Sempre me procuraram para escrever matérias e montar certo entendimento do comportamento Feed...

Até parece que as pessoas de fora procuram pensar mais sobre o bojo do Feederism, do que as de dentro. O que pra mim, soa meio ruim, se for verdade; Espero que não seja...

Mas voltando ao meu período de reclusão, estou me sentindo uma ursa gorda em estado de hibernação. E tenho percebido (agora na pele) que o contato com o meio tem um peso muito grande em você que potencializa seus ímpetos e pensamentos relativos ao fetiche/estilo de vida. Porque você está sempre cercado de pessoas compartilhando conteúdo seja através de imagem ou da troca de ideias. Independente se esse conteúdo é sexual ou não, ou ativa o seu desejo sexual. Os contatos que fazemos nem sempre tem essa natureza. Às vezes a troca de experiências e situações do dia a dia entre duas amigas ou mesmo dentro de certo grupo virtual de relacionamento, te impulsiona bastante no que te amina; se é engordar, comer, mulheres gordas, se estufar, trocar receitas deliciosas, dicas de stuffings, jogos sexuais com comida e estufamento, etc. Por mais que você não interaja diretamente com ninguém, e permaneça calado, apenas observando, mas você estará sendo “alimentado” todos os dias com conteúdo feed.

Essa conclusão, mais do que destacar como é importante os meios (de qualquer local do mundo) virtuais de relacionamento que reúnem pessoas como nós, também destaca pra mim em especial, uma necessidade íntima que existe no Feederism do compartilhamento de nossas naturezas para que nos sintemos plenos no que somos. A plenitude só vem com o compartilhamento na vida real, mas sabemos que uma esmagadora minoria tem a oportunidade de viver o Feederism a dois na vida real seja pra encontros rápidos, e que dirá pra relacionamentos em longo prazo.

A falta dessa realidade concreta, faz com que valorizamos muito a realidade virtual (se é que podemos usar a palavra “realidade” em algo que existe somente através da tela fria de um computador).

Mas a realidade virtual é o que a maioria pode ter e satisfaz até certo ponto. O sexo virtual dentro dos elementos peculiares que compõe o nosso fetiche é feito através dessa realidade. Se eu já tivesse feito sexo virtual no fetiche, eu me pergunto agora se foi real. Bem, foi pra mim, não so real, mas concreto! Todavia se foi pra outra pessoa, não tenho como saber. Foi algo que fiz sozinha, senti sozinha e não pude ser sentida nem sentir nada, além do sabor dos alimentos e da excitação que esse sabor me dava, somada as palavras lidas na tela do computador digitadas por outra pessoa. Poxa, falando assim parece que a parada foi ruim, né! Mas calma lá .... Eu disse acima “se eu já tivesse feito” ... kkkkk  Acredito que tenha sido muito bom, principalmente se foi na fase de descobertas do fetiche em mim e do que podemos fazer quando estamos trocando isso com outra pessoa que nos provoca atracão sexual. Afinal já dizia Fernando Pessoa; “ Tudo vale a pena, se a alma não é pequena” e se a alma é medida pelo peso e tamanho do corpo físico, a minha alma deve ser grandinha rsrs 

Talvez contradizendo minha última postagem, onde citava exatamente que nunca havia me afastado do meio feedist como muitos de meus amigos faziam, mesmo que por um tempo e não me via fazendo isso. Mas essa é minha realidade agora, não pelas mesmas causas, não é um fato que estou lidando. E o que eu posso dizer é que essa é a melhor maneira pra quem está querendo diminuir e até adormecer os comportamentos e impulsos feedist. Porque sem toda a ostensiva interação do meio, você de certa forma vai se envolvendo cada vez mais com o dia a dia e se concentrando em tudo que não envolve o Feederism.

E às vezes isso é muito viável pra quem está investindo numa relação “convencional”, está procurando controlar certas taxas corporais, ou perder peso, ou tentando ser alguém diferente fugindo das tentações rsrs E funciona!

Pra mim, tenho me envolvido em tantas outras coisas que posso dizer que essa parte está bem menos atuante e meio que em standy by em comparação de quando eu estava em contato com tantas pessoas.

Mas agora posso dizer que mesmo nos isolando do convívio de um núcleo, não podemos deixar de ser quem somos. É impossível pra eu ir numa festa ou almoço na casa de parentes e não pensar no quanto de comida que terá lá e o quanto eu irei comer até passar mal. É impossível passar por um espelho e sem perceber, estar dando uma conferida nas dobras, nas pernas e gorduras das costas pra ver se aumentaram de tamanho. Não tem como não sentir satisfação quando dou um tchauzinho e sinto as banhas do braço balançando. Quando tomo banho e posso contemplar as banhas e toda a circunferência da minha barriga, ou a alegria infantil de deitar com a barriga cheia depois de comer uma maravilhosa refeição. Porque tudo isso, fazemos sem perceber, sem nos ater, de forma totalmente natural como se fosse, e é, parte do nosso comportamento do dia a dia.  

Da ultima vez que fui a um restaurante com meu feeder, estávamos num buffet self service e cada um estava colocando sua comida. Eu demoro bastante pra colocar a refeição, olho o que vou colocar no prato primeiro, minhas comidas preferidas, o que vai ficar perto do que no prato e vou arrumando tudo. Quando eu terminei, fui sentar primeiro. Ele ficou esperando terminar de prepararem uma comida japoneza. E escolhi o local onde me atraiu mais aos olhos, longe de muita gente. E nem esperei ele chegar, comecei a comer. Mas quando ele sentou, depois de alguns minutos, começou a sorrir e eu perguntei; “que foi”? E ele disse: “É que quando você namora muito tempo uma feedee como eu, você aprende a reparar em alguns detalhes e ver como é lindo isso... como ela coloca cuidadosamente a comida no prato, arrumando tudo com muito cuidado e carinho, não importando o tempo que vai demorar. E enquanto as mulheres geralmente escolhem sentar perto da televisão ou na entrada... diferente, ela escolhe sentar justamente em frente ao buffet de sobremesas e fica de canto de olho paquerando com cada doce, avaliando e com olhos de devoradora pra cada pessoa que vai pegar um pedaço de doce. Você não reparou mas, quase voou no pedaço de torta que o senhor acabou de pegar dizendo; “é meu, me dá”.

Eu ri muito depois que ele falou aquilo, porque foi exatamente desse jeito e eu não percebia. Cada pessoa que ia lá pegar um doce, eu ficava olhando meio que babando. E olha que eu já estava com um prato imenso de comida na minha frente. Mas é nosso instinto, que não importa com quem você esteja se relacionando no seu dia a dia, pela internet ou na vida real, esses comportamentos simplesmente expressam parte de você, e como você olha pro mundo a sua volta e sua relação com um dos atos mais básicos do ser humano que é comer.

Então a conclusão que eu chego é que o meio feed potencializa sim nossos ímpetos e desejos, nosso fetiche. Mas ele não faz sermos o que não somos interiomente. Tão pouco faz deixarmos de ser o que somos. Que é algo tão natural que fazemos sem perceber nas pequenas coisas do dia a dia.

E talvez, cientes disso, que nosso DNA feed está conosco, e é pra vida toda, possamos aceitar melhor, planejar e refletir como conduzir essa parte em nós da melhor e mais saudavelmente forma possível, tanto para a saúde mental, psicológica, social, como do nosso corpo físico e com isso, vivermos mais felizes, assim do jeitinho que somos e ainda continuar voando como os olhos no prato alheio sem culpa rsrs. 

Meu afastamento do convívio direto com as pessoas na internet amorteceu meu ritmo, porque hoje ocupo meu tempo vendo muito mais coisas, mas em momento algum me desliguei do que sou com relação a minha alimentação, gula e com meu próprio corpo.
Talvez porque, uma vez que você entende o que é, você o é 24 horas por dia, mesmo que não perceba isso.

 Venus Willendorf


  Pra ser nós mesmos! Fica a dica pra quem quiser aproveitar! 



quarta-feira, 20 de julho de 2016

Comunicado!




Aproveitando a postagem do artigo do Sr. Moraes, quero comunicar aos nossos seguidores e de todos os outros ambientes virtuais os quais eu criei desde fevereiro de 2014, com o surgimento desse blog; Feederism Brasil que trouxe depois outros ambientes na internet e depois celular, que por motivos diversos, já explanados em nosso grupo de Facebook, estou desde agora a frente apenas desse meu universo particular a qual me dedico, hora mais atuante, hora mais ausente, mas sem perder o foco do que é uma parte (a mais tenra e saborosa) de mim mesma: este blogger e o próprio Feederism que está em mim em todas as horas do meu dia e pra isso, eu não dependo de internet, uma vez que é parte do que eu sou e amo ser exatamente deliciosa desse jeitão fofo e redondo assim! 

Para algumas pessoas amigas, quero tranquilizar que a Vênus não vai abandonar nada do que foi dedicado tempo, carinho, zelo e vontade! E esse trabalho vai continuar, mesmo que em outros ambientes a Vênus não esteja mais a frente. 

Todavia talvez seja tempo de novos projetos, novos caminhos e sabores para experimentar e explorar! 

Bjo da Vênus!
  




Conflitos pelo Sr. Moraes


Bom dia ao mundo Feedist!

Abro esse blog para a publicação de um artigo escrito por um de nossos seguidores que já participou aqui de uma entrevista! 

Senhor Moraes...

"O mundo feedist gera muitos conflitos internos, já que mexemos com a estética diferente da nacional e comum, somos bombardeados por mulheres de quadril largo e cintura fina e homens sarados com o abdômen tanquinho, definidos e cheio de curvas naquilo que é considerado “no lugar certo” pela televisão, pelas revistas, mídias e etc. Isso representa a sensualidade, a beleza e algumas vezes o poder. 

Mas aquilo que é definido pela maioria talvez não seja algo tão belo para nós ou que nos atraiam tanto, sobre nossa ótica está a beleza de ganhar peso, estufar ou compartilhar isso com algum parceiro ou parceira e essa é a parte complexa.

Como já disse antes, trabalho com a estética que considero padrão para a maior parte das pessoas, isso gerava em mim um terrível conflito, onde por um lado meu lado pessoal queria estufar as mulheres e pelo outro eu necessitava que elas se transformasse em  deusas do que é tido como belo pela sociedade, ambos lados fazem parte de mim esse foi o primeiro passo para diminuir meu conflito, sou os dois e não um ou outro, o duro de ser adepto desse fetiche é que em todos lugares existe comida, isso atiça a fantasia e o fetiche, talvez seja uma questão de interpretação sobre como as coisas interagem e como nos as olhamos.

Por muito tempo esse conflito interno versus mundo externo, me deixava confuso, triste e ás vezes magoado comigo mesmo, me perguntava por que eu gostava disso? Por que não consigo lidar direito com isso? – até hoje não consigo – Por que não pode ser mais fácil? Por que não encontro mais pessoas na minha região que gostam disso? Tantas questões, tantas brechas e nisso minha vida ia indo pelo ralo, essa parte do meu ser eu não conseguia satisfazer e transformá-la em algo real, em algo palpável, esse foi o momento que sentia-me flagelado pelas meu fetiche, era uma dor horrível, não ser compreendido sobre algo é sempre doloroso, não precisa ser nisso, sobre qualquer coisa, comecei a parar e refletir sobre esse impulso, sobre essas dúvidas, magoas, olhei para mim mesmo e não gostei do que vi, o problema não é o fetiche mas é o que faço dele, é parecido com uma desintoxicação, as coisas estão todas lá fora mas você muda seus valores sobre elas.

No meu mundo perfeito, existiriam varias mulheres que gostavam de estufar e eu poderia estufa-las a vontade sem ser julgado, no mundo real TUDO É JULGADO, independente do que fez, faça ou venha a fazer, seja por você mesmo ou pelo outros, nosso conflitos talvez possam vir disso, entre o mundo do julgamento e o mundo das atitudes, os impulsos só foram melhorar quando comecei a notar que os valores que eu colocava nesse fetiche era mais alto do que eu colocava em outras coisas que poderiam vir a ser mais importante na minha vida, eu escolhi as prioridades que achava muito importante, mas não eram tanto assim, é logico que realizar um fetiche é algo importante na nossa vida, como disse antes isso é algo que faz parte de nós, no intimo da gente, isso tem prioridade mas não tão alta em relação a outras coisas, em razão do fácil acesso aos gatilhos mentais do fetiche é fácil entrar em parafuso ou enlouquecer ao ver o potencial de algumas pessoas que desconhecem esse mundo.

 Reflita, pare e pense, de um passo para trás, analise a sua vida como um todo, se controle, não se desespere, são coisas simples que fazemos para tudo na vida mas não usamos essas ferramentas para isso, esse é o nosso mal, não é que as pessoas possam nos julgar mas sim nos não sabemos como nos expressa direito, por que não conseguimos entender como isso pode afetar nossa vida, nosso cotidiano, nossa relação interpessoal, reflexões são coisas dolorosas e levam tempo para a maturidade chegar, coisas que não conseguimos ver pelo impulso selvagem, talvez seja visto se pararmos e pensarmos, conversar com pessoas do nosso circulo intimo com maturidade e não como selvagem, ajuda a mudar a forma como os outros nos veem e como nos encaramos o fetiche.

Trabalhei em um lugar aonde havia uma moça homossexual, um dia ela comentou comigo sobre a sexualidade dela, dizendo o quão difícil era para ela ser assim, ninguém a entendia, por isso ela só falava para poucas pessoas isso, essa foi minha deixa para falar sobre o meu fetiche também, eu não estava em posição de julgar ninguém, já que também não tinha compreensão da sociedade, nunca usei termos como “bizarros” ou depreciativos quando falava sobre o nosso mundo, sempre disse que era algo “exótico”, isso fez com que a minha relação de amizade com ela se transforma-se em algo mais honesto e respeitoso.


Espero que com esse texto as pessoas possam se encontrar um pouco mais, se auto conhecerem melhor, a cima de tudo, amadurecer seu fetiche nesse mundo louco que nos cercam, o mundo não vai mudar, mas nos podemos mudar sem perder a essência do que somos e sem se desesperar. "