sexta-feira, 18 de julho de 2014

Nota de afastamento

Bom dia a todos!

Acho justo e digno com todos vocês comunicar a decisão que tomei. Mas estou me afastando do blog e deixando em mãos muito confiáveis de meu amigo Juscelino. E não só do blog, mas do facebook e do grupo que criamos lá. Todos irão ficar agora sob os cuidados do Juscelino.

Ele é uma pessoa que teve a sensibilidade desde (e tempo também pra cuidar de tudo rsrs) o começo de entender a nossa proposta que é levar e mostrar o feederism como algo bonito, que pode ser levado com leveza, algo que trata-se de cuidado com o outro, parceiras, amor e dedicação. E não essas estranhezas, monstruosidades, babaquices de gente sem um mínimo de consciência com um grupo de pessoas, onde não há a preocupação de buscar saber o que é. Apenas tem o prazer de nos tachar como anormais, desequilibrados e bizarros. E o mais importante pra mim é criar mesmo esse espaço como algo nosso. Sem barreiras e julgamentos, onde cada um possa chegar e ser recebido como igual e poder compartilhar seus medos, inseguranças, experiencias e quem sabe amadurecer um pouco como feedist dentro dessas relações de troca. Pois somos muito carentes disso. Por mais que saibamos tudo o que significa os termos, os personagens, entendamos o que o feedism representa na vida das pessoas e o que ele pode representar e até mesmo senti-lo dentro de nós. Sem relações reais, ele não passa de teoria e fantasia íntima. Falei em algum momento no blog que nos vivemos de sonhos. O feeder vive do sonho e da fantasia de encontrar uma feedee, mas não somente que ele possa alimentar e dar shake de tubinho. Mas alguém de verdade, de alma, que ele possa compartilhar não so o seu fetiche, mas o seu amor e dedicação a ela, sua proteção e cuidado. A feedee também sonha com seu "feeder preferido", o mutual, enfim,  todos nós sofremos por esperar. Esperar encontrar pessoas que nos respeitem pelo menos e não nos chutem como anormais. Almejamos achar um outro feedists pra vivenciar tudo o que fantasiamos, imaginamos e pra tudo do somos impulsionados a viver de tudo que há dentro de nós. 

Apenas pra uma pessoa eu contei sobre a ideia de fazer um blog e conversávamos sobre isso. E achei que não ia ter muitos acessos, por se tratar de um tema que poucas pessoas conhecem. Mas isso não era o mais importante pra mim. O mais importante era que os poucos que conseguissem achar, pudessem saber que havia algo em português, feita por brasileiro e fetichista.  E fui escrevendo os textos iniciais. Sem criar o blog ainda. Escrevi bastante textos porque queria criar o blog já com material pronto. E muito ansiosa como uma criança que eu sou, acabei formando o blog antes do tempo que eu achei melhor. E postei uma ou duas matérias até pra ir me organizando e vendo como ficaria a ideia no real. N divulguei em lugar nenhum e pensei que ninguém fosse ver. Era como um projeto ainda de laboratório. Mas com menos de uma semana e uns três ou quatro textos publicamos, vi muitas visualizações, então percebi que não dava pra "ficar escondida" arrumando a casa. E entrei com tudo. Fui produzindo os textos todos os dias, e investindo em ideias sobre a aparência do blog. Fiz montagens e dei o melhor de mim pra que tudo ficasse além de visualmente legal e leve, sem apelações de mulheres em poses eróticas. Eu queria essa suavidade e sensualidade meio que "inocente". Por isso a preferencia por imagens de desenhos e não pessoas reais.
   
Mas de tudo o que eu imaginei sobre o blog, hoje eu colho alguns resultados. Pode parecer poucos, mas dentro do nosso mundo tão difícil, é muito significativo pra mim. Ver pessoas trazendo suas histórias, confiando nesse espaço e na Vênus, se sentindo queridas e respeitadas, acolhidas por todos, saber que o blog ajuda pessoas a se entenderem melhor, a se sentirem melhor, a se descobrirem e a amadurecer. É simplesmente maravilhoso pra mim. Até porque não me acho nada além do que qualquer um de vocês. Não sou nada além de uma pessoa que ama o feederism, e que se empenhou muito em entende-lo e entender o que acontecia dentro de mim. Apenas isso. Nunca sai a caça de um feeder para mim, ou qualquer outro personagem. Nunca tive esse intento. Todas as minhas interações foram em busca de conhecer cada personagem e entender como esse mundo se manifesta dentro de cada um. E vi tanta diversidade, tanto coisa bonita, mas vi também coisas ruins de pessoas ruins e desequilibradas. O que é normal, afinal o ser humano é imperfeito e grupos são feitos por seres humanos. 

Mas essa minha busca não me faz professora, mestre ou alguém superior a nenhum de vocês. Sou normal, tenho dúvidas, reflito sobre as coisas que ainda não consigo compreender desse mundo, pergunto se não sei, e mudo de opiniões quando alguém me chega com uma teoria mais plausível e lógica do que eu achava ser a mais certa. E estou aqui pra aprender também. Somos iguais. A Vênus não está em outro mundo. Está com vocês. Ela chora, sangra, tem fraquezas, fica confusa, perdida, tem defeitos.    

Estou deixando o blog, mas não quero que ele "morra". Que todo um trabalho que foi feito com muito, muito amor, carinho e dedicação, que não considero só um trabalho que pertença a Vênus, nem somente executado por ela, mas por todos os participantes e os que me incentivaram e estiveram desde o inicio comigo como o Daniel, o BarrigudoBoy, Pedro Pacheco e o Juscelino. Não quero que tudo isso simplesmente fique a deriva. E conto com a presença de todos vocês.

Mas a Vênus e a mulher que há por trás da Vênus precisa ir. Não vou dizer que nunca mais voltarei. Pretendo voltar, espero poder voltar. Quem sabe daqui um tempo breve ou longo não sei, estarei de volta publicando textos. No momento estou pra música interpretada por Marisa Monte:

Deixe-me ir
Preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir prá não chorar

Quero assistir ao sol nascer
Ver as águas dos rios correr
Ouvir os pássaros cantar
Eu quero nascer, quero viver...

Deixe-me ir
Preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir prá não chorar...

Se alguém por mim perguntar
Diga que eu só vou voltar
Quando eu me encontrar...

Quero assistir ao sol nascer
Ver as águas dos rios correr
Ouvir os pássaros cantar
Eu quero nascer, quero viver...

Deixe-me ir
Preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir prá não chorar...

Se alguém por mim perguntar
Diga que eu só vou voltar
Quando eu me encontrar
Quando eu me encontrar
Quando eu me encontrar
Depois que eu me encontrar
Quando eu me encontrar
Depois, depois
Que eu me encontrar
Quando eu me encontrar
Depois, depois
Depois que eu me encontrar


Bjo da Vênus



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