segunda-feira, 14 de julho de 2014

O Feeder


Como foi pedido pra que eu produzisse um texto de maior profundidade sobre feeder, aceitei o desafio. Vamos lá!

Falar sobre eles pra mim é sempre muito complexo, pois não é algo que pertence a minha natureza, então tudo o que escreverei é fruto de observações dentro de minhas relações e conversas com muitos feeders que já falei on line de vários países, idades e culturas.

Quem é o feeder dentro do feedism?

É o alimentador, o engordador. Sempre usamos o artigo (o) pra referirmos ao feeder, mas na verdade não existe somente feeders homens, embora seja a maioria, como a maioria feedee é de mulheres.

Essas duas palavras talvez defina bem o feeder; alimentador e engordador. É uma pessoa que tem desejo por mulheres ou homens acima do peso. Tem um olhar pra esse biótipo diferenciado e é sua preferencia sempre. O que não significa que somente vá sentir atração e se envolver com mulheres fofas. Mas entre uma e outra, ele sempre preferirá a mais gorda. E isso vale pra mulheres também. Tenho amigas que somente gostam de homens grandes. Não digo obesos, estilo buda, mas grandes, que ocupe bastante espaço na cama. Do tipo que onde você esticar seus braços pra tocar, ainda terá homem ali. E isso é o que tanto homens quando mulheres feeder, gostam: cama cheia e pesada! Se quebrar então, beleza. Sinal que tudo corre como o desejado. rsrs
Mas isso ainda não faz a pessoa ser um feeder.  Isso ainda é uma preferencia. Como existem pessoas que preferem negros, brancos, altos, morenos, ruivos, marombados, magros e por aí vai. Isso ainda não é fetiche. Salvo se ele ou ela somente e unicamente sinta atração e se excita exclusivamente por um tipo de corpo. Pois fetiche é uma exclusividade por algo específico que através daquilo o indivíduo sempre estímulo sexual. Mas enquanto estamos na preferencia, mesmo que exagerada, ainda sim, é uma preferencia. Então o feeder tem preferencia por mulheres obesas e fofas. Ou pode ser realmente fetichista por mulheres com esse estilo de corpo, abolindo de suas relações por pura falta de atração e excitação mulheres fora dessas medidas corporais. E mesmo que ele seja um fetichista por gordinhas, isso ainda não o define como feeder.

Mas então o que faz a pessoa ser um feeder?

Lembram da história do Pedro Pacheco? Ele se relacionava com outras mulheres, mas a preferencia era gordinhas e bbws. Mas o que o animava e excitava no envolvimento com a prima, mesmo ainda na pré adolescencia, era acompanha-la engordando e imagina-la maior. E outro ponto é vê-la comer e fantasiar dando-lhe comida em um clima sensual e amoroso. Esse cara é um feeder. Quando esses dois fatores nasce numa pessoa, ela tem tendências feeder.

Todo feeder sem exceção sente prazer em acompanhar um corpo crescendo e ver uma mulher comendo com uma gula selvagem. Entregando-se ao prazer da comida e das sensações que ela provoca aos sentidos dela. É como se aquilo pudesse toca-lo de uma forma alucinante que causa grande prazer erótico e o excita sexualmente. Vê-la comer grandes quantidades de comida com prazer, gemendo, de olhos fechados pra sentir melhor o prazer do sabor, é algo enlouquecedor pros feeders. Sem exceção.

Mas as metas e objetivos de engordar são variáveis. Existem feeders que querem, desejam e fantasiam com parceiras muito grandes. Com 170 quilos pra começar. Quanto maior, melhor. E outros que não desejam tanto assim. Mas o fator em comum é que todos querem engordar suas parceiras, querem vê-las ganhar mais dobrinhas, ficar mais larga, mais cheias de tudo. Mais e mais sempre. O imaginário de um feeder, é sempre pra mais e nunca pra menos. Ele nunca vai desprezar sua parceira se ela atingir um peso elevado do tipo: “nossa, engordou demais, vamos diminuir um pouco”. Nunca. Ela jamais será feia pra ele, simplesmente porque engordou demais. E ao passo que ele vê a engorda da pessoa, mais ele a imagina maior e mais pesada. Assim com um gainer se excita ao subir na balança e ver que aumentou seu peso, o feeder se excita pela mesma causa, só que no outro.

Existem feeders que são considerados meio radicais, que conduzem suas feedees a um processo de engorda extremo e rápido. Faz parte da maneira de sentir mais prazer. E apenas ratificando que isso não é ele quem impõe. Mas a dupla sente igual prazer dentro desse processo intenso e acelerado de engorda. Acho válido desde que isso seja prazeroso pra ambos. Resultados rápidos, requer medidas de engorda que já é conhecida da maioria. Dietas hiper calóricas com refeições frequentes, somada a estimulador de apetite e suplementos calóricos. Mas isso não significa que a feedee tenha que viver nesse ritmo pra sempre. Geralmente esse ritmo é mantido para se atingir uma meta de peso de forma rápida. Isso é considerado algo que oferece um intenso prazer e estímulo erótico dentro de uma relação, mas somente se ambos estiverem curtindo. É necessário ser uma parceria que se combine e gere alegria e leveza. Mesmo dentro de um processo que para muitos, pode ser radical. Mas é válido, repito, se ambos são felizes dessa forma e de verdade. Nada pelo feeder ou pela feedee. Mas pra ambos.

Porém existem feeders que não desejam um corpo tão grande assim, ou processos rápidos demais e curtem algo mais lento e suave. Se concentrando mais no prazer de alimentar e admirar sua feedee comendo, estimular seu apetite, e ve-la engordar aos poucos. Entendo que o maior prazer está nesse caso na alimentação e no jogo sensual que existe nisso. Levar a feedee para comer junto, vê-la devorando grandes quantidades de comida, podendo levar alimentos que ela goste, servindo-a, estimular que ela coma mais e sempre. Ver sua barriga crescendo porque está comendo muito. Vê-la ficar mole, lenta, sonolenta e preguiçosa porque comeu demais e poder deita-la e  somente curtir esse momento, óbvio com muitos carinhos na barriga que faz parte dissociável de toda relação feeder e feedee. A barriga de uma feedee tanto pra ela, como para um feeder é algo realmente muito “sagrado”. Não sei realmente porque e ainda reflito sobre. Não como feedee, porque já desiste de tentar analisar esse lado. Acho que é muito melhor não racionalizar isso e simplesmente se entregar e sentir. Se é algo que brotou em mim, que seja, e me faça mais feliz. Cansei de parar pra analisar o porquê desse mundo em mim. Sou pura sensações e quero mais de tudo. Mas como pesquisadora, realmente, analiso essa relação profunda com barrigas dentro do feedism, de todos os personagens, e não somente do feeder e da feedee.

Então para alguns feeders o maior prazer está em engordar enquanto que pra outros, o maior prazer está em alimentar. Embora curtam a mesma coisa. Não dá pra não sentir prazer com esses dois lados. O diferencial é a intensidade e foco somente, onde um se centra mais em engordar e ver resultados, o outro curte mais os meios e claro, também os resultados do crescimento.  Uns querem altos resultados, enquanto outros não tanto. Mas estou falando aqui, de resultados, mas tanto um quanto o outro, desejam grandes resultados. Pra ficar mais claro, uns preferem bbw – mulheres que giram em torno de 130, 150 quilos. E outros desejam suas feedees se tornando ssbbw; mulheres acima de 190, 200 quilos. Então em termos de quilos, tanto um quanto outro perfil, gostam de mulheres “ de  peso” e grandes. E ser o fator engordador e que estimulará uma mulher pequena se tornar uma super mulher redonda e roliça é um dos maiores prazeres e que estimula a libido dos feeders. Ser aquele que será o agente estimulador para que ela se entregue por completo ao prazer indescritível de comer sem culpa, sem medo e ser livre é um orgulho aos feeders.

E por falar nisso....

Acredito que na cabeça dos feeders há um grande desagrado com os moldes que o meio estabeleceu atualmente e a cobrança disso para as mulheres de um modo geral. Somos empurradas a detestar-nos gordas, a nos achar feias gordas, a não aceitar isso, caso contrário seremos desprezadas pelo sexo oposto. Isso creio eu, seja algo que os feeders abominem. Essa imposição, essa cultura magra. Não somente por eles preferirem justamente o oposto. Mas porque isso causa grandes frustrações a mulheres com tendência a sobrepeso e gera culpa, medo, ansiedade, e baixo estima, se estão acima do peso considerado desejável. E muitos, ou todos os feeders, mesmo sem ter essa consciência, acabam sendo um agente libertador dessas amarras estéticas, sociais e psicológicas. E as conduzem a se entregar aos seus desejos e prazeres referente a comida e a gula que sentem para comer. Que se autoflagelam por simplesmente serem educadas a controlar a boca, que é feio comer demais, é doentio, deselegante, etc. E para o feeder que tem consciência desse fato nas mulheres, ter o prazer de liberta-las disso, é motivo do seu mais profundo orgulho e auto satisfação. Não é algo somente por eles, mas por saber que estará oferecendo um mundo de prazeres e alegrias para elas, como se pudessem tira-las de dentro de uma prisão de limitações, deixando-as livre pra dar vazão aos seus prazeres mais profundos. Claro que nem todas as mulheres, nem todas as gordinhas sentem essa frustração e aceitam ser libertas. Essas não têm tendências feedee. E o desejo de estar em forma é muito mais forte do que seu prazer em comer. Porque pra essas realmente a alegria está em comer pra manter e moldar um corpo em forma. Não há dentro delas aquela gula e paixão por comer e se entregar a comida, saborear cada mordida, o sabor que desce pela garganta liberando grande prazer e satisfação. Nem todas as mulheres sentem isso. E as que sentem, se podam, porque não querem engordar. E vive em conflitos, numa guerra diária entre se entregar a isso e lutar contra. Ah mas por que?

Porque é feio e ridículo ser gorda. Gorda é desprezada e que ninguém quer. Que as amigas convidam pras baladas, só pra que elas fiquem em evidencia. Daí vem a baixo estima, a insegurança, a carência e a fragilidade e muitas acabam se entregando a qualquer um porque quer companhia, se sentir um pouco desejadas e bonitas. Muitas são tão treinadas a se sentirem feias, que não acreditam quando um homem chega pra elas e fala: “ nossa você é linda assim. Toda fofinha”! Elas acham que estão de sacanagem, so pra leva-las pra cama.

E para um feeder ter a chance de tira-las dessa visão ilusória e embutida pelo meio preconceituoso e idiota, é uma honra, um prazer, uma conquista.
Então eu vejo o feeder, muito além do cara que quer engordar as gurias pra comer depois. Tipo a bruxa má de João e Maria. Vejo muito mais do que um cara egoísta que quer moldar as mulheres para o que ele gosta e lhe dá prazer. Isso é a visão de muitos de fora, e digo até de dentro também que mantém uma visão superficial e distorcida.
Ele é a pessoa que abre a porta para que a natureza feedee que está adormecida dentro de cada um simplesmente aflore, e floreça.

Ele é uma pessoa sensível, zelosa e protetora. Que ama cuidar da feedee. Se preocupar com sua saúde, com sua alegria, e bem estar. Que compartilha da alegria dela no ganho de peso, ou o quanto se acabou de comer na ceia de natal, ou no final de semana e o que de mais gostoso ela comeu. E que mesmo a contra gosto, a entende e aceita se ela decidir por um tempo, manter suas medidas como estão. Pois a feedee nem sempre está disposta a engordar sem parar. É o cúmplice que ela pode dividir e abrir seus desejos mais íntimos e profundos. É quem irá entendê-la, aceita-la e guia-la a cada vez mais se entregar a esses prazeres. Ele analisa o que lhe dá mais prazer e alegria e a forma como acontece isso, para justamente poder oferecer-lhe o melhor do que ela sente e gosta de receber. Estimula-la para o seu melhor. Todo feeder tem em seu perfil o poder de ser sensorial, assim como a feedee e os feedists de um modo geral. Mas esse poder sensorial ele investe em observar e sentir sua companheira. Como ela sente prazer, o que lhe dá mais satisfação, quais sentidos nela é mais aguçados e lhe conecta com seu eu feedee mais profundo. O feeder deve conhecer sua feedee como ninguém. E isso só ocorrerá se ele prestar atenção nela e não focar no que ele quer e gosta. Porque uma coisa que entendi dentre muitos feeders que conversei, é um perfil muito doador. Seu maior prazer é ver e sentir o prazer da feedee. Sem isso, ele murcha e não tem alegria no fetiche. Se ela não sente aquele entusiasmo em comer bem, em crescer, em perder roupas, em aumentar os ponteiros da balança, em olhar pra uma pizza gg com os olhos arregalados e famintos de uma gulosa que está dois dias sem comer; o que tudo isso é fantástico pra ele, mas sem o prazer, diversão e alegria dela, perde todo o sentido de ser pra ele. Porque na verdade, o maior prazer e excitação dele, é ver e acompanhar o prazer dela. Então uma pessoa que acha que pode forçar outra a ser feedee, ainda não entendeu o que de fato é ser um feeder.  O feeder pode encaminhar, conduzir, mas jamais forçar. E quem pensa diferente, não é muito destoante dos babacas que circulam no meio das gordinhas, achando que somos “uma comidinha fácil”. Ele não sabe o que é feeder e nem tem a capacidade de entender o que é feederism. Afinal o feedism não é pra qualquer um mesmo. Nem todos têm a capacidade e sensibilidade de entender esse mundo. Existem pessoas que são tão programadas que ficam cegas e se fecham por completo a tudo que fuja do convencional que lhe foi ditado.

Tenho prazer e grande contentamento em falar sobre feeder, embora no começo do texto me sentisse meio insegura. Pra mim é uma responsabilidade tudo o que escrevo no blog, porque querendo ou não, estou falando sobre um assunto que foge do meu mundo íntimo. Falo sobre um fetiche e um estilo de vida de um grupo grande de pessoas. E por mais que eu fale o que eu, e tão somente eu pense e veja, como estou em público, acabo sendo formadora de opiniões. Mesmo que eu não queira nada disso. Mas não se faz um omelete bom sem quebrar os ovos e desembalar o queijo, né! Escolhi criar esse espaço, escolhi me expor publicamente, pelo menos mentalmente através de textos e não me arrependo disso. Só assim acho que as pessoas entendem que no Brasil há outros como eles e que há um espaço onde lhe entendem, lhe respeitam, que poderá fazer amigos e quem sabe até conseguir um par pertinho que se encaixe com seu modo de viver o feedism. E que há sim matérias escritas no Brasil por fetichitas e bem elaboradas. Tenho responsabilidade porque quero criar um conteúdo de qualidade. Porque cansei de ler babaquices sem noção sobre o feedism. Isso sim é que são aberrações sem tamanho.  Então, tudo que trago e exponho aqui, com certeza, foi feito com o maior esmero possível e compromisso. Portanto, falar justamente sobre feeder, que é uma figura colocada como o diabo egoísta, manipulador e ditador, que só quer entupir as mulheres até explodir por seu bel e exclusivo prazer, sem um pingo de preocupação com suas saúdes e suas vidas. E afirmar categoricamente que isso não é verdade e explicar porque não é, pra mim é especial e significativo. Não digo que não haja feeders assim, porque nas minhas andanças virtuais, já tive o desprazer de conhecer um. O que não admito é colocar pessoas assim como um perfil padrão, modelo ou arquétipo dos feeders. Mas paro pra analisar. Podemos entendê-los como feeders realmente? Ou um fetichista desequilibrado, egoísta, egocêntrico com síndrome de deus, sem o perfil que compõe, mesmo com suas nuances, um feeder legítimo? Prefiro não responder e deixo a cargo do leitor a resposta.

Bom, pra finalizar, eu sei que ele não vai gostar, mas não posso deixar de fazer um texto sobre alimentador e não agradecer meu feeder.  A Vênus não existia sem a intervenção dele em minha vida, pois a Vênus de Willendorf só existe, porque por trás dela, existe uma feedee. E declaro publicamente toda a minha admiração e respeito por ele, não de feedee para feeder, mas de feedist para feedist. Você abriu a porta e eu fui adiante. Foi fácil. Porque já existia dentro de mim o que eu sou. E te agradeço por me fazer enxergar isso. Mesmo que eu diga as vezes que, você deveria ter me oferecido a opção das duas pílulas. Ter a sensibilidade e capacidade de conduzir uma mulher normal e completamente leiga no assunto, a florescer como uma feedee, não é pra qualquer um. Somente aos que entendem, sentem, são e sabem manifestar com primor o feeder que há dentro de si. E você sabe como poucos. Detém a beleza de ser um legítimo feeder, sendo o cuidador, o tentador, o engordador e o protetor. Obrigada!

E todo Feeder acima de qualquer desejo seu deve valorizar, respeitar e zelar por sua feedee, pois sem ela, ele simplesmente não tem como exercer seu fetiche e desejo mais íntimo, secreto e profundo que Só ELA é capaz de proporcionar, de verdade, com carne, osso e "fofura", sem relações frias, vazias e distantes on line, com alguém de outro país ou estado, que não fale a sua língua, nem nunca vá sentir o calor do seu corpo e nem você o dela. Fica a dica!  

Bjo da Vênus








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