segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Quero mais de você - Parte 3



...Os olhos dele iluminaram-se instantaneamente, e mais uma vez levantou-se...

...Ela o pegou pela mão e o conduziu de volta ao quarto. Parou na frente dele e virou-se. Ao ficarem frente a frente, ela olhou profundamente nos dele em silencio, como se quisesse ler sua alma. E aos poucos foi abrindo um sorriso misterioso nos lábios perfeitamente desenhados e carnudos. Sem que ele esperasse, ela o abraçou com uma ternura firme, e por quase alguns instantes, ele pôde sentir o corpo dela vibrar levemente dentro daquele abraço. Ele correspondeu, sentindo suas costas fofas e macias, e, o conforto indescritível daqueles braços roliços o envolvendo todo. E a medida que sentia mais fortemente aquele corpo todo, tudo ia se intensificando. E num ímpeto de desejo, ele afastou seu tronco pra beija-la a boca. Mas ela o conteve, pousando sua mão no peito dele com um sorriso enigmático nos lábios. Curioso, ele olhava para os olhos dela, na tentativa de imaginar o que viria depois. E ela, despretensiosamente apenas disse:

- Lembra que eu comi o último chocolate? 

- Ele demorou alguns segundos pra assimilar do que ela estava falando, mas quando ia abrir a boca pra falar, ela pousou o dedo indicador nos lábios dele, silenciando-o, e disse com um olhar malicioso e seu sorriso agora era leve e pueril meio de lado:

-Não se preocupe com nada disso! Já volto!

Assim ela passou por ele, indo em direção ao banheiro onde tinha deixado sua bolsa. No trajeto ele não consegui deixar de reparar seu corpo nu caminhando graciosamente. Reparar no leve tremor de suas gorduras em cada passo, e aquela visão o enchia de desejo por cada dobra de banhas de suas costas e a largura de toda sua silhueta capaz de provocar tanto tesão e admiração. Ter em sua cama uma mulher tão grande, cheia de curvas e carnes que o espremia e o sufocavam de tanto êxtase. 

E não demorou muito, nossa bela e coquete gorda, voltou com uma caixa transparente em formato de coração nas mãos, sorrindo como uma criança que traz um brinquedo para se divertir. Era uma caixa de bombons Ferrero Rocher; o tradicional coberto com chocolate ao leite e pedaços de avelã. Ela sentou-se na cama e começou a abrir a caixa sem tirar o sorriso da face, que naquele momento era uma mistura de malícia e inocência infantil. Ela pegou um bombom e o desenrolou. Nesse momento ela levantou sua cabeça levemente inclinada e o chamou sensualmente para junto dela, perguntando:
,
-Quer um? – E mostrou o doce estendendo na direção dele, falando quase num sussurro:

 – Não sou tão gulosa assim! Posso dividir com você.

Ele não conseguia falar e parecia hipnotizado por aquela cena, por aquela mulher. E apenas respondeu sim com a cabeça. E com os olhos grudados nela, a viu colocar um bombom inteiro na boca e mastiga-lo vagarosamente, suspirando de olhos fechados, sentindo todo o sabor do chocolate. E quando ela abriu os olhos, mirou diretamente pra ele com olhos acesos, e despudorados e disse:

-Vem pegar seu chocolate da minha boca.

 Sem pensar duas vezes ele fui até ela e a segurou pelo rosto redondo, de pele incrivelmente macia e a beijou sentindo o sabor do bombom, mas ela levou com sua língua um pedaço de chocolate até a interior da boca dele. E naquele momento o sabor do cacau já estava misturado com o gosto dela. Nunca passou por sua cabeça tanta sensualidade envolvendo algo tão simples como um pedaço de chocolate misturado ao sabor do seu templo de desejo, recebido de forma tão íntima, peculiar e sexy. E enquanto ele terminava de mastigar e engolir, estava mais ereto que nunca. E ela apenas sorria, como se estivesse se divertindo, como se aquilo fosse uma brincadeira erótica e ela estava no comando. E em seguida ela completou:

- Quero que prove da minha boca de chocolate!

E ele entendeu perfeitamente. Partiu pra cima dela, a jogando na cama com virilidade e se inclinando sobre ela, a beijou voluptuosamente, passeando com a língua pelo interior de sua boca, sentindo todo o gosto de chocolate, todo o sabor doce e picante que vinha dela. Ela correspondia ao beijo cravando suas garras nas costas dele com força como uma tigresa agarrando sua presa. Ela gemia enquanto esfregava suas pernas gordas nas dele, se entregando completamente àquele beijo, aumentava a intensidade do contato. Mas de repente o empurrou, interrompendo bruscamente o beijo. Surpreso, ele esperou o que ela faria:

- Sabe que não tomamos café da manhã? Estou com uma fome enorme – E meio atômico, tentando se conter, e entender o que aquela mulher estava tentando fazer ou dizer. Ela tinha o poder de deixar seus pensamentos lentos e o entorpecer. Mas ele já estava para pegar o telefone e pedir ao serviço de quarto o café, quando ela o puxou de volta e sussurrou com sua voz rouca e macia ao seu ouvido.

- Ah... mas antes disso... quero beber leite quentinho... – E usando a força de seu corpo, inverteu a posição e ficou por cima dele, deixando o corpo dele preso por entre suas pernas abertas entre ele. E assim ela começou seu ato do espetáculo daquela manhã. Numa sessão de beijos, mordidas, lambidas pelo pescoço, orelha... fazendo questão que ele sentisse sua respiração quente em seu ouvido, e provocantemente sussurrou:

- Quero que cada quilo do meu corpo gordo e gostoso seja só seu, meu amor! E o quero muito maior, só pro nosso prazer”- Aquelas palavras penetraram em seus ouvidos e o atingiram como uma bomba que explodiu num tesão que ele nunca sentira antes. Mas ela ainda não tinha terminado. E levantou um pouco seu tronco e o encarou docemente nos olhos e disse com uma entrega e paixão na voz mansa como numa súplica cheia de manha ardente:

- Quero ficar ainda mais gorda pra você! Me faz engordar ainda mais, amor?

Aquele momento foi único, inesperado, surreal e inimaginável. Pois ele jamais pensou que ouviria aquelas palavras ditas com tanto desejo e sensualidade que contradizia tudo o que as palavras: gorda e engordar significavam semanticamente para o resto do mundo. E aquilo correspondia aos seus desejos mais secretos, profundos e que traduzia parte da natureza dele, do que ele era, do que ele nasceu pra ser.

E naquele momento ele sentiu que aquela mulher era tudo o que ele sempre procurou por toda sua vida. Capaz de corresponde-lo em tudo o que ele era. Até seus ímpetos mais primitivos. E após dizer essas palavras, ela continuou a explorar o corpo dele, fazendo suas mãos percorrerem e apertando toda a extensão de seu corpo, virilha, e, provocantemente de leve, passou a mão em seu sexo ereto como rocha.  Ele mal conseguia esperar que ela chegasse com aquela boca rosada desenhada pelos deuses em forma de coração em seu sexo. Mal conseguia se conter imaginando as sensações que aquilo iria provocar. Mas ela gostava de torturar e demoradamente lhe proporcionava outros prazeres; lambendo, mordendo de leve, passando as unhas devagar pelas suas coxas e peito, costas. Ele podia sentir a respiração ofegante dela em sua pele, causando ondas de arrepios e contrações musculares inesperadas. Parecia que ela estava se alimentando com gula da pele dele, seu suor, seus pelos. Até que finalmente ela estava com a cabeça sobre aquele instrumento, o qual, ela o admirava e avaliava; seu formato, espessura, extensão. E ela pensou: “Um mastro digno para uma rainha”. Mas antes de qualquer manobra, ela olhou para ele de baixo pra cima na direção de seus olhos e disse inebriantemente:

- Quero sentir teu gosto e quero ser nutrida pelo seu sêmem, que você me alimente dele!

 Ele sentiu naquele momento um prazer incompreendido ainda pela sua razão e mexeu profundamente em seu interior. Mas ele não tinha tempo para pensar e escolheu se deixar levar por aquela mulher e somente fechar os olhos e ser apenas sentidos, instintos, como um animal junto de sua fêmea.

Ela se jogou naquele ato, como quem se joga de cara num prato de comida, depois de dois dias sem comer. Era voraz, mas delicada ao mesmo tempo. E externava um prazer incalculável naquela ação. Gemendo e esfregando seu rosto com vontade no sexo dele. Solvendo seu cheiro, seu sabor, dando linguadas longas por toda a extensão dele, que não parava de pulsar e ferver na boca dela, duro como nunca só para sua tigresa, sua gorda. E ela não parava; de baixo pra cima e alterando, sendo suave e firma ao mesmo tempo. Fazendo movimentos circulares em volta da cabeça com a língua úmida e cálida, como se não quisesse mais parar de dar-lhe prazer daquela forma e se deleitar naquele tão delicioso instrumento de prazer. Mas ainda não havia feito o que mais gosta de fazer, que é envolve-lo completamente dentro de sua boca, até sentir a cabeça dele em sua garganta. E quando o fez, ouviu imediatamente um gemido forte, que mais parecia um rugido que expressava delírio, e com essa melodia em seus ouvidos, ela se excitava cada vez mais e mais. Sentindo todo o poder que podia exercer sobre aquele homem. E com ele totalmente dentro de sua boca, ela era dona dele, do seu instrumento de prazer mais animal e irracional. E sua boca era o veículo que o prendia e o dominava. Ouvir os gemidos dele, a estimulava cada vez mais, a tirava de orbita. Era uma fêmea animal se refestelando no seu banquete particular de luxúria e gula. Sua boca estava quente, extremamente úmida que fazia com que ele deslizasse perfeitamente acomodado naquele pequeno forno ardente. E com movimentos de sobe e desce, cadenciado ele sentia delírio e era inundado de ondas intensas de prazeres inenarráveis. Ele queria mais, queria explodir em gozo, mas estava aproveitando cada movimento daquela boca divina. E a medida que ele apertava seus cabelos, mas ela intensificava as investidas, gemendo alto de tanto prazer que sentia com o que estava fazendo. Ela imprimiu um ritmo mais rápido, gemendo em com olhos famintos cheios de torpor. Ela queria sentir jorrando dentro de sua boca, cheia de anseio, o gosto do seu homem. E ela o sentia cada vez mais quente, duro e pulsante, sentia que estava próximo do êxtase total. Ela gemeu mais alto e afundou com força suas unhas nas coxas dele, arrancando dele um urro, alto e profundo e com força bruta ele apertou mais os cabelos dela. E em segundos o corpo dele tremia em suas mãos. Ela conseguiu o que queria. Jatos quentes em sua boca gulosa, doida para beber daquele líquido até a última gota, sem desperdiçar nada. Aquele gozo era de um sabor totalmente diferente de tudo o que ela já experimentou. Era inebriante, doce e salgado ao mesmo tempo, levemente ácido e picante ao mesmo tempo, de consistência leitosa e suave ao mesmo tempo. Tudo ao mesmo tempo.

Ao passo que ele ia jorrando dentro da boca pequena dela, ela sentia o pulsar dele e saboreando seu gosto Ela também pulsava e tremia de tanto tesão. Sentindo-se cada vez mais molhada e deslizante, escorrendo seu líquido por entre suas coxas fofas e unidas. Ela fez movimentos de pressão e movimentos de contração, até explodir em gozo também. Até que ela sentiu aquele mastro tão majestoso diminuir em sua boca, e o corpo dele amolecer, relaxando cada músculo e ficar vulnerável. Naquele momento ele estava em outra dimensão, em outro plano de existência, em algum lugar dentro dele, que ele mesmo nunca havia pisado. Ele queria ficar um tempo ali, em contemplação, molemente e em êxtase, apenas sentindo toda a intensidade do que ela havia lhe proporcionado. E no meio aquela enchente de sensações imensuráveis, ele ainda ouvia em sua mente a suave a voz dela dizendo: “quero engordar pra você!”

Mas ela ainda se deliciava com o sabor daquele leite precioso em sua língua, boca. O engolindo aos poucos e fazendo descendo lentamente por sua garganta, como se não pudesse desperdiçar nada daquele néctar delicioso. De olhos fechados como se aquilo fosse o líquido mais sagrado, divino e profano do mundo, ela se sentia preenchida, nutrida...

Ofegante, ela foi deitando ao seu lado com cuidado e apenas o admirou. Contemplou todo o prazer desenhado no rosto dele. Prazeres por ele nunca havia antes sentido, não daquela forma, dentro daquele contexto, de uma mulher como ela, inigualável em todos os sentidos. Nunca havia sentido tanta intensidade e de forma tão ímpar. Ela tinha o dom de lê-lo por dentro, e saber cada momento do seu querer. E delicadamente como uma gatinha dengosa, deitou-se ao lado dele, que a abraçou suavemente. E ela submissamente, deixou-se abraçar.

Mas aquele momento, aquele abraço singelo e despretensioso, quase adolescente, representava mais, muito mais, do que parecia. Pois dentro dos braços dele, havia um tesouro que ele esteve procurando a vida inteira, e agora, o tesouro estava ali, bem ao lado dele e o pertencia. E pra ela, sentir o conforto e segurança daqueles braços a envolvendo tão ternamente, de dedos entrelaçados, lhe dava uma sensação que ia tão profundamente em seu íntimo e trazia a tona toda sua essência de ser mulher. E aquele era seu par, seu dono, seu macho alfa, capaz de doma-la e ser tão forte e grandioso quanto ela.

E com aqueles pensamentos tão profundos e sensações magníficas percorrendo seus corações, mentes e sentidos, ambos adormeceram. Ou não sei ao certo se apenas se tele transportaram pra outro universo através do sono. ao passado ou presente não sei.

 Mas o futuro era único. O final de semana prolongado estava chegando ao fim e aquele encontro de almas iria ter que terminar, quando ela voltasse pra sua cidade a 1200km de distância. Mas tenho certeza que apenas ele, hora ou outra, assombrava-se com essa realidade, pois ela, de intensa entrega a seus momentos presentes, sequer parou pra medir nem calcular o que ainda não chegara. Talvez essa parte ela faça questão de deixar a cargo do seu homem.

Mas a certeza de que aquilo não seria um mero encontro de sexo casual pra concretizar um desejo e fetiche que começou pela internet, ambos tinham. Só não sabiam exatamente aonde aquilo tudo iria os conduzir. Talvez os melhores agentes pra resolver a questão fosse o tempo e “La Fortura”; a sorte. O que o destino reservava a cada um daqueles dois que tão tranquilamente e saciados dormiam lado a lado, ninguém arriscaria afirmar.

Dizem que quando queremos verdadeiramente algo e insistimos, o universo conspira com os anjos e astros para que se realize nossa vontade. E montanhas que pareciam intransponíveis se movem, mares raivosos e violentos se acalmam, e rios mansos se agitam pra mover ao seu redor, tudo o que é preciso, pra que o desejo de um coração obstinado e cheio de bravura, se realize através de acontecimentos inesperados e impensáveis.

Bom, eu prefiro acreditar que nada disso é verdade. Que a realidade é uma velha senhora emburrada de cabelos grisalhos, fria, calculista, dura, e impiedosa. Mas talvez isso se dê ao fato de que eu seja um mero escritor de estórias que nunca realmente vivi a magia dos sentimentos, descobertas de almas afins que se completam tão perfeitamente como nossos dois protagonistas. Talvez eu seja medíocre e simplório demais, ou quem sabe, medroso pra deixar a vida nascer de fato de dentro de mim com toda sua fome e gula. Com todo seu esplendor, como a roda da fortuna que traz o bom e o mau, mas afinal, viver é isso mesmo. Ou não?

Já passavam das 14:00HS quando ela acordou. Ele continuava dormindo e preferiu deixa-lo assim. Lara, levantou-se e foi preguiçosamente tomar uma ducha. Mas embora seus passos estavam lentos, um turbilhão de pensamentos passava em sua mente. E só naquele momento lembrou que tinha que voltar pra casa. E em meio a um festival de contrastantes cenas e pensamentos, ela sorriu, lembrando-se do chocolate que deu pra ele comer da boca dela. E pensou: “ quero mais, muito mais dele ainda”.

E ao fundo, enquanto passava suas mãos ensaboadas pelo seu corpo, ao longe e baixo tocava a música Wicked Game. E ela sorriu mais ainda. Talvez fosse tarde evitar aquele jogo malvado. E fazer com que ele sonhe com ela, e a deseje. Que coisa malvada de se fazer! E ela lembrou quando se conheceram e ele dizia: " Eu nunca pensei que conheceria alguém como você! E eu não, não quero me envolver, não quero me apaixonar!"  Mas talvez já fosse tarde demais pra voltar atrás, ou não? 

Fim


Então leitores, o conto termina aqui. Mas vamos fazer uma brincadeira. Quem quiser escrever um final pros protagonistas, dando continuidade de onde parou, mandem pro e-mail do blog www.feedismbrasil@gmail.com . Não precisam se preocupar com a construção textual, posso fazer a correção e revisão. 

Quem vai querer entrar na brincadeira? 

Bjo da Vênus! 








quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Quero mais de você - Parte 2




...Eu quero mais de você ...

...E naquele momento ele deixou de ser quem era, ou talvez tenha sido pela primeira vez quem deveria ser. Não pensou mais em nada, apenas sentia o calor que emanava de seu corpo.

Avançou com toda sua libido sobre ela, dando-lhe um leve, mas firme, empurrão que a fez deitar-se sobre a cama. Ele afastou as coxas dela sem dificuldade e enfiou os dedos sob a banha para puxar a calcinha, que já estava muito molhada.

Molhados eram aqueles lábios rosados e macios, que ele penetrou quase que instantaneamente. Deslizou para dentro e para fora lentamente, sentindo toda a extensão da vagina dela e soltando um gemido grave. Ela também gemeu, uma melodia belamente desconexa, que o deixava com os músculos contraídos.

Aquele corpo emitia música quando era tocado, a música mais delirante que ele já compusera. O úmido som de percussão quando o quadril dele atingia com força o dela. As ondas da gordura que se moviam sobre o corpo dela. O balanço desordenado dos seios, sem direção.

Ela sentia um bate-estacas dentro de si. Ficava mais e mais excitada à medida que ele aumentava o ritmo e fazia força para pegar as coxas dela. Ele colocou um dos chocolates em sua boca e ela mordeu, sentindo o líquido escorrer pelos lábios enquanto o recheio enchia-lhe a boca e o sabor do alimento unidos a todo tesão que ele estava-lhe proporcionando, era enlouquecedor.

Ao ouvirem o início de outra música, trocaram de posição. Ela montou-o habilmente, conduzindo-o para dentro. Além da música que surgia do sexo, ouvia-se apenas o grave som cadenciado do contrabaixo em Superstition.

Ela subia e descia no compasso da música, com as divinas tetas batendo-lhe no rosto quando ele tentava morder um mamilo. Era pesada, gorda, flácida; eram 130 quilos em pleno choque com seu corpo, e ele queria cada grama, cada celulite e cada dobra dela.

Agarrou-lhe as banhas com força e sentiu-as vibrando entre suas mãos. Era aquilo que ele queria, era para aquilo que ele tinha sido feito. Ela pressionava-o contra o colchão com tanto peso que quebraria a cama, se não fosse de concreto.

Ali, sob aquela deusa da luxúria e gula, de charme e curvas, de seios que golpeavam-lhe a face, ele pensou que nunca se sentira tão poderoso. Era o dono daquela mulher e ela estava toda sobre ele, subindo e descendo perfeitamente encaixada na ferramenta dele, dura como aço. Deu-lhe mais alguns chocolates na boca e ela pegou outros.

Após mais alguns saltos nas molas do colchão, ele empurrou a perna esquerda dela para trás, segurou-lhe o braço e fez um movimento de alavanca para rolar por cima. Ela ficou deliciosamente surpresa e tentou se desfazer da pegada dele, mas ele a manteve presa, depois colocou-a de quatro, penetrou-a assim, agarrando-lhe os quadris macios com força. Inclinou-se sobre ela e mordeu-lhe as dobras que se formavam nas costas. Ela sentiu uma leve dor misturando-se ao mar de prazer que era seu corpo. Ele já não demonstrava nenhum traço daquela personalidade inteligentemente contida; era puro impulso e tesão, era sua herança genética mais ancestral no controle.

E o ritmo aumentava, ele penetrava-a com mais força, puxava-a para si e se projetava contra ela. Ela o sentia cada vez mais excitado e louco, e sabia que estava próximo. Foi então que ela contraiu sua vagina em volta do sexo dele, fazendo com que soltasse um meio-rugido e ela gritou de tesão, numa explosão de êxtase num ritmo alucinante e tudo se contraiu e ela sentiu o sêmem quente dentro de si. E ele pôde sentir o líquido dela escorrendo pelas pernas.

Depois de mais algumas investidas, quase exaurido, ele deu-lhe um tapa firme naquela bunda gorda, observando o tremer de pernas, costas, braços e seios. E ficaram deitados juntos por algum tempo, ela falava e ele respondia, com olhos meio baixos.

Levantou-se da cama, pegou-a pela mão, deu-lhe o último chocolate, acariciou sua barriga, beijou-lhe os seios e a levou para a hidromassagem.

As primeiras luzes do dia surgiam timidamente. No quarto, Johny Cash cantava "You Are My Sunshine".

Ela viu nele uma quase letargia dentro daquela água quente. Então tocou-lhe o rosto e disse maliciosamente com um leve sorriso nos lábios:

- Eu quero mais de você.

Os olhos dele iluminaram-se instantaneamente, e mais uma vez levantou-se.


Continua...

domingo, 2 de agosto de 2015

O que te faz feliz?

Boa noite a todos! 


Primeiro gostaria de esclarecer o comunicado que fiz no grupo Feederism Brasil há alguns dias atrás, pois nem todos que acompanham este blog, estão no grupo. 

Resolvi por questões particulares sair do grupo e desativar meu perfil do facebook da Vênus. O que traduz que sai do facebook e não somente do grupo. Não sei se voltarei ao grupo e não sei como se dará essa volta, se acaso ela um dia ocorra, uma vez que me desfiz da Vênus, como uma figura participativa em contato direto com os feedists, não somente do grupo, mas do facebook de uma forma geral. 

Disse que estaria deixando a deusa ir de volta ao Olimpo junto com o tesouro que ela mesma me trouxe. Também disse que deixaria de ser a Vênus da forma como as pessoas a conhecem. Isso é verdade. Mas com o passar dos dias, as coisas foram se assentando em minha mente, e percebi que a Vênus, não me pertence mais e ao mesmo tempo, é parte de mim. Uma parte que não tenho como desconstruir. Pois uma coisa é certa; eu jamais irei apagar o trabalho desse espaço, desse blog, e de tudo o que construí aqui através dela. Pode parecer nada, pode parecer apenas um blog como muitos outros, o que não deixa de ser verdade em partes. Mas aqui está registrado parte do que eu sou, não como Vênus, mas como mulher, como feedee, como uma "cidadã do mundo". E nenhum desastre natural que ocorra dentro de mim, será capaz de fazer com que eu simplesmente apague isso, porque aqui está em muitos textos, a materialização de partes de minha natureza que sempre irá existir, mesmo depois que eu me vá. Mas por conta de muitos fatores, a Vênus, a deusa, passará a se materializar apenas aqui, onde ela nasceu e acho que deva ficar. E talvez, aqui seja o seu Olimpo. Aqui eu a encarnei e dei vida a ela. E a realidade é que as pessoas já se "apropriaram dela". Ela está além de mim agora. E isso me faz lembrar das palavras de um amigo que fez menção a uma passagem de uma música que o lembrou de como eu "visto" a   Vênus: 

"Respeito muito minhas lágrimas
Mas ainda mais minha risada
Inscrevo, assim, minhas palavras
Na voz de uma mulher sagrada"

Hoje a criação e a criadora estão mescladas, talvez como nessa passagem dessa poesia. E quem está agora escrevendo pra vocês é a criadora. 

Senti-me impulsionada a escrever hoje, o que embora  possa não parecer ter a ver com o bojo do blog; o Feederism, e talvez não tenha mesmo. Mas é simplesmente algo que sinto necessidade de compartilhar esse sentimento com vocês nesse momento. Um sentimento que não é nada bom, mas nem só de festa é a vida.

Sempre fui uma pessoa que lidou muito bem com situações que para outras pessoas são totalmente paralisantes pelo impacto brutal e agonia. O que me concedeu a fama pelos meus familiares de ser fria e insensível. Mas acho que cada um tem sua forma de lidar com seus sentimentos e emoções. 

Mas hoje soube de um acontecimento trágico de um vizinho que por anos e anos, o via, o cumprimentava, e de longe acompanhava o crescimento dele; como adolescente, depois como um homem de família, pai, trabalhador, e apesar de termos trocado poucas palavras durante tantos anos, sentia empatia por ele e me alegrava com o crescimento de seu negocio, de sua prosperidade, do rumo simples, mas feliz que sua vida se desenrolava. Do nascimento de sua filha e da família que construiu. Um jovem homem de família, muito bonito, muito educado, muito alegre e aberto a ser prestativo a todos. E das poucas vezes que parei na rua pra conversar com ele, este demonstrava tantos sonhos, tanto amor pela família recém formada e de como queria ter mais tempo para se dedicar a filha e a esposa. E ele dizia: " Mas ela compreende, eu preciso fazer dinheiro para melhorar de vida". Acredito que ele tenha se dedicado tanto ao trabalho que a esposa, simplesmente saiu de casa com a filha, dizendo que queria viver outras coisas que ele não estava conseguindo oferecer. Crise ou não de casal, eu não sei. 

Recebi um telefonema com a notícia que ele estava trabalhando hoje pela manhã e foi eletrocutado num fio de alta tensão, tendo morte instantânea. E eu que sempre sou tão prática e objetiva com situações do tipo, até mesmo de parentes bem próximos que se foram, eu fui tomada por uma tristeza imensa quando aos poucos a notícia ia sendo digerida pela minha mente. Lágrimas começaram a transbordar dos meus olhos e apenas o via na minha mente, tão lindo, alegre, solícito.  O vi criança, o vi adolescente e o vi homem, pois crescemos juntos na mesma rua. 

E eu que encaro essas coisas com tanta naturalidade, não consegui. Não dessa vez. Como alguém tão belo e jovem , cheia de vida, se vai de uma forma tão horrível assim? Em minutos sua vida simplesmente acabou. Como se num minuto ele estivesse cheio de vida, sorrindo pra mim e no outro, foi desintegrado. 

Isso me trouxe muitos questionamentos. Não pela morte em si, pois tenho uma filosofia de vida, que me orienta bem sobre essa realidade inexorável a todos nós. Mas o que me tomou foi uma reflexão profunda de quantas pessoas deixam de viver o que lhes fazem realmente felizes a troco de aceitar a imposição cruel do meio. Quantas pessoas vivem a margem de si mesmas, sendo o que não querem ser, para apenas estar dentro de padrões que nem são os seus. Para fazer vontades de amigos, parentes, familiares, que não aceitam muitas vezes o que trazemos conosco. Evitamos confrontos, evitamos nos impor, evitamos explicações se adotarmos tal comportamento, ou assumirmos tal desejo, tal vontade, e como gostamos de viver e conduzir nossa própria vida. 

Quantas pessoas lutam contra si mesmas, para deixar de serem lésbicas, homossexuais, crossdressing, bissexuais, swingers, submissos, masoquistas, dominadores, que tem tesão em gordas e gordos, em pessoas mais velhas, que são feeders, que são feedees, que gostam de serem gordas, que gostam de comer até quase explodir e se masturbar depois, que se reprimem por gostarem de engordar. Por viver presa a uma vida medíocre e infeliz, as vezes dentro de um casamento que não lhe faz feliz, mas o que seus pais, o que os parentes vão dizer se você tomar a atitude de se separar? Como te verão? Possível se decepcionarão. Quantas vezes escondemos quem amamos de todos com medo de sermos reprovados por não estar a contento dentro dos padrões exigidos? Quantas vezes seguimos uma carreira para agradar aqueles que nos criaram. Quantas vezes queremos esconder de nós mesmos a nossa sexualidade mais pura, o que nos dá prazer, o que nos realiza, porque não faz parte do que a maioria vê como normal e aceitável. E eu vejo isso dentro do nosso mundo. Vejo pessoas, amigos, lutando de tempos em tempos pra deixar de ser o que são, pra deixar de desejar o que desejam, pra ir contra seus instintos mais primários, por que? Porque não é fácil ir contra o mundo. Porque não é fácil ir contra o nosso núcleo familiar, o nosso meio social, o nosso meio de trabalho que muitas vezes não condiz com o que desejamos como modo de vida pra nós. De fato, não é nada fácil. Não é fácil ir contra a maioria. Não é fácil nascer como homem dentro de uma família conservadora que te ama e revelar que você quer mudar de sexo. Como um amigo me disse certa vez, é preciso ser muito macho que assumir ser o que é dentro de tais condições. 

Porque na verdade temos medo de sermos julgados, de sermos rejeitados, de sermos excluídos, mal vistos por quem amamos ou por meros desconhecidos e ter que conviver com essa realidade, é dolorosa demais. Então tentamos lutar contra tudo o que vai de contra o que é convencional e aceitável, ao comum, ao padrão estético e comportamental. 


Nós não nos aceitamos, não porque não gostamos do que somos, mas porque não somos aceitos e portanto não devemos também nos aceitar. Somos presos a vontade de outras pessoas, muitas que são valorosas para nós, e outros que sequer tem importância afetiva pra nós. Mas elas também compõe o todo que nos cerca. E não queremos viver a margem da sociedade, oferecendo vergonha aos nossos pais, sendo o que eles não esperam de nós. E fazemos um esforço sobre humano para ser exatamente o que se espera de nós, Queremos dar orgulho, receber merecimento e não decepcionar. 

Mas nesse jogo da vida, acabamos nos empurrando a um sub mundo marginal que julgamos muitas vezes sujo, errado e pervertido. E muitos acabam se achando ou melhor, se vendo como extensão desse próprio mundo; bizarro, estranho, inaceitável, secreto, mas que não se consegue ficar muito tempo afastado dele. O conflito de querer deixar de ser o que grita dentro de nós é doloroso, angustiante muitas vezes, e nos promove a desequilíbrios emocionais e por vezes psicológicos, pois vivemos em guerra com nossa própria natureza instintiva porque nos é imposto veladamente abandona-la e aceitar o aceitável, o convencional. 

Mas o que eu aprendi muito jovem ainda, é que não se pode ir de fato, contra a correnteza de um rio. Não temos força o suficiente de chegar a lugar algum, pois a força das correntezas, sempre serão maiores que a nossa. Mas isso não me obrigada a desistir de chegar onde eu quero. Não preciso ir nadando de peito aberto. Posso ir de barco a motor. E ninguém precisa saber afinal, pra onde eu estou indo. Ser corajoso, não é declarar ao mundo, o que ninguém quer ouvir. Fazer bandeiras pintadas do que somos e como queremos viver.  Mas assumir pra si mesmo o que você é. Essa é a grande vitória sobre nós mesmos. É entender que querer sempre travar uma guerra diária contra nossos instintos é uma batalha perdida, pois cada um é o que é. Cientes disso, podemos finalmente nos respeitar de verdade, nos aceitar de verdade, sermos maduros e conscientes do que somos, do que queremos e nos que afinal, nos faz plenos e felizes e finalmente se amar. 

Mas isso não é viver escondido e mentindo sobre o que somos? E a quem de fato interessa saber o que trazemos dentro de nós de mais íntimo e profundo? Isso nos pertence. É nosso direito, sabe! E nem mesmo a pessoa mais importante da nossa vida, tem autoridade pra querer nos impor o contrário. 

Talvez vocês achem que pra mim falar é fácil. Mas eu nasci no seio de uma família muito conservadora, provinciana, preconceituosa, e rígida com padrões estéticos, raciais e sociais. Por vezes, pensei que tivesse nascido na família errada, pois sou tudo o oposto que me ensinaram a vida inteira. E eu tive meus momentos de conflitos também. De querer ser o que queriam de mim, porque queria dar orgulho, satisfazer, ser a garotinha do papai e da mamãe. E por muitos anos da minha vida, cedi ao que se esperavam de mim. E não digo de forma alguma que fui infeliz. Mas chegou um tempo em que eu queria mais da vida, mas esbarrei no medo de enfrentar todos a minha volta. Achei que estava errada, e não era digna daquelas pessoas que faziam tanto por mim a sua maneira. E eu quis entender o que afinal era bom e mau, o que era certo e errado, pois no fundo, não via nada de errado comigo e com meus desejos íntimos. E fui perguntar a um grande mestre que vou beber de sua sabedoria sempre que preciso até hoje. E ele me disse que o bom e o certo era tudo o que animava a sua alma, o que lhe dava a sensação de plenitude, de felicidade, alegria, bem estar, repouso, o que te trazia vivacidade e festa em seu coração, sem que isso fosse destrutivo pra si mesmo e que não fizesse mal a outras pessoas. E essas simples palavras tiraram um peso enorme das minhas costas, e entendi que sempre estive certa comigo mesma. Pois nunca me privei ou me limitei de nada que me trouxesse alegria e prazer. Mesmo que isso não fosse o que os outros esperavam de mim. Mesmo que aos olhos dos outros eu não fosse uma mulher tão digna, correta, moral ou respeitosa. Porque quando paramos de guerrear conosco, nos abraçamos e podemos ser de fato felizes com o que somos. E podemos mergulhar numa viagem tão magnífica que é seu próprio interior, sem reservas, medos ou censuras. E isso nos leva ao real auto conhecimento.

Na verdade, eu tive uma vida cheia, fiz o que quis. Quando quis a simplicidade, a vivi. Quando quis ser "transviada" , fui. O que meus instintos queriam, fui pra onde meus desejos me levaram, experimentei o que quis, e jamais me achei "suja" por conta disso, como meus pais achariam se soubesse do  meu interior. Pois antes que alguém me respeitasse, eu respeitei a mim mesma.  Permite vivenciar de forma intensa cada emoção boa ou ruim. Tive perto da morte por muitas e muitas vezes Superei e passei de plataforma nos pés por um tumor cerebral, por um choque séptico, apanhei, cai, fui derrotada, e venci, amei, chorei, quis matar e morrer. Mas nunca fechei as portas por tudo o que eu era e tudo o que podia ser ainda. E por isso, hoje eu sou feedee. E jamais deixarei de ser, pois é parte de minha natureza. Talvez não tenha  mais a chance de externar essa parte de mim, mas ela fica aqui dentro linda, redonda e gulosa.  

O que estou querendo deixar aqui pra quem tiver a paciência de ler tudo isso, é que a vida passa rápido, sabe! Podemos não estar aqui amanhã. Podemos não ter mais condições de saúde pra vivenciar o que estamos protelando por medos, insegurança, ou priorizando o lado material que também é fundamental, mas esquecemos de equilibrar isso, quando nosso nome é trabalho e o sobre nome é hora extra. Deixamos momentos, oportunidades únicas passarem por medo de errar, por calcular demais, por medir demais, por nos fechar demais, por medo de nós mesmos, por insegurança de medir tanto o futuro, deixamos de viver o presente de forma plena com que trazemos de valoroso dentro de nós. Deixamos pra amanhã, pra mês que vem. Nos afundamos muitas vezes em orgulhos e vaidades, e não deixamos de falar como aquela pessoa que vive com você, como ela é especial, o quanto você a ama, perdemos tempo com rancores, alimentando mágoas, ódios, e não nos damos a dádiva do perdão. Abraçamos de menos, e nos silenciamos demais. Temos medo de mostrar carinho, amor, dizer que estamos com saudades, que queremos tal pessoa mais perto. Abraçamos pouco nosso filhos, nossos pais, nossos irmãos, quando poderíamos estar transbordando mais amor, Poderíamos estar aproveitando a companhia de quem nos dá tanta felicidade, mas as vezes por medir e pensar demais, deixamos as coisas irem por entre nossos dedos. E sempre pensamos, ainda tenho tempo, verei isso amanhã ou depois. Mas quem te garante isso? 

Se você sabe o que você é, e tem a chance de viver isso junto a outra pessoa, não se anule por nada. Se ainda não encontrou, não desista de buscar sua realização, não desista de seus sonhos e imponha metas e as busque realiza-las todos os dias. Mesmo que se sinta cansado, se apoio no vislumbre da realização e siga em frente. Não precisa fugir de quem você é , aceita, respeite isso e seja feliz consigo mesmo, se permitindo, e aproveitando cada oportunidade de vivenciar isso. E estou falando sim do nosso estilo de vida e de todos os outros que possam ser "inaceitáveis". Porque já aprendi há muito tempo que ninguém tem o poder de nos dá a felicidade, nos é quem a codificamos com o que tal pessoa nos faz sentir. O amor que sentimos pelo outro, não está nele, nem no que ele é, mas no que ele faz e nos provoca pela sua simples presença, dentro de nós. 

Então viva mais! Calcule sim, mas entenda que todo calculo, pode ter sua margem de erros, e a vida é feito justamente disso, de erros e acertos, e nem por isso, devemos deixar de viver todos os dias, como que temos dentro de nós. Não aceite da vida menos do que a grandiosidade, a fartura e a felicidade plena. O universo está para nós, mas nós temos que saber o que queremos e nos anima a alma, e eles conspira a nosso favor e traz exatamente o que pedimos, Não no nosso tempo, mas no tempo dele.

E esse acontecimento trágico de hoje, me fez ver um filme que durou muitas horas. O filme da minha vida. E a trilha sonora foi My Way de Frank Sinatra.  

...Viajei por cada e todas as estradas
E mais, muito mais do que isso
Eu fiz do meu jeito.
Arrependimentos, eu tive poucos
Mas, novamente, muito
Poucos para mencionar
Fiz o que tinha de fazer
E fui até o fim, sem exceção
Planejei cuidadoso cada passo
do percurso...


..sim, houve vezes, eu sei que você sabe

Que mordi mais do que podia mastigar
Mas apesar de tudo quando havia dúvida
Eu engolia e cuspia fora
Eu encarei de tudo e continuei de pé
E fiz do meu jeito

Eu amei, ri e chorei, tive minhas falhas, e minhas derrotas
E agora como as lágrimas descem
Em pensar que eu fiz tudo, e talvez eu diga, não de uma forma tímida
Oh não, não eu, eu fiz do meu jeito

Pra que serve um homem, o que ele tem?
Se não ele mesmo, então ele não tem nada!
Para dizer as coisas que ele sente de verdade
E não as palavras de alguém que se ajoelha
Os registros mostram, que eu recebi as pancadas
Mas fiz tudo do meu jeito! 

Mas todas as emoções ruins que me invadiram hoje com esse acontecimento totalmente inesperado, eu reforcei minhas convicções de que é preciso medir menos e viver mais do que realmente te faz feliz, do que realmente te anima a alma, leva festa pro seu coração. A necessidade de se amar e se respeitar acima de qualquer coisa, pois pessoas vem e vão na sua vida. Padrões mudam, filhos se vão viver suas vidas, pais se vão, a sociedade muda, e nunca conseguiremos agradar a ninguém totalmente. Então comecemos a agradar primeiramente a nós mesmos, a viver por nós. Se precisar de máscaras, use-as, mas não as use pra você mesmo. Encare de frente o que você é, abrace o que te faz feliz e siga em frente sem olhar pra trás. Porque há muito tempo, descobri meu maior medo, e não é da morte, mas de chegar a velhice e ver que eu não fiz de tudo pela minha felicidade, deixei coisas que queria muito pelo caminho, e sentir o gosto amargo do arrependimento por isso, de não ter dado todos meus esforços até meu limite, e olhar pra trás sentindo pesar e amargura. Não! Recuso-me a me limitar e me conformar com o inho, com o pouco dessa forma.

Embora eu tenho tido até hoje uma vida plena, tenho tanto pra buscar e expandir (não somente em tamanho corporal), mas posso dizer com serenidade, que se fosse hoje meu dia de fazer a "grande viagem" , como diz uma amiga minha, eu iria em paz, orgulhosa e feliz comigo mesma.  

Obrigada a todos que tiveram paciência de ler até aqui! 

Saudações Feedists e boa semana pra todos vocês!

 Vou deixar um vídeo que fala bastante de tudo o que eu quis transmitir a vocês hoje.