segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Um Dia Feedee



Você nesse momento deve estar no trabalho ainda, mas será que está pensando em mim? Talvez tenha lembrado pelo menos umas cinco vezes durante seu dia.

Bom, eu pensei em você bem mais do que cinco vezes...

Pensei todas às vezes que tomei banho nesse dia tão quente e que me toquei. Passei minhas mãos por minha barriga e quando toquei nela e a senti tão fofa e macia, com meus dedos deslizando sobre ela, seja porque estava ensaboada ou babando de desejo por vc... E continuei pensei  quando deslizei meus dedos pra dentro dela  bem suavemente imaginando q seriam os seus dedos tocando nela, tão gorda e lisinha...Fechei os olhos e vi você com uma expressão de puro desejo no rosto e fui invadida de tanto prazer nesse momento que cheguei a sentir um frio no ventre e meu corpo se contraiu de tanto tensão.

Contendo a respiração, me apoiei com a outra mão na parede do banheiro e quis continuar me tocando, passeando dentro dela entrando e saindo até explodir em um orgasmo, mas parei e resolvi terminar o banho com certa pressa. Estava com hora marcada para um compromisso. Vesti-me as pressas, maquiagem rápida, cabelos e só fui perceber que a blusa que eu vestia estava apertada na barriga e estava justa, subindo um pouco conforme eu andava...Pode imaginar que tesão me deu?  E nesse momento eu também pensei em você.

E andando pela rua comecei a reparar nas mulheres gordas que passavam por mim. Olhar pra seus corpos enormes, me fez desejar cada banha e quilos daqueles pra mim...E meu tesão em me imaginar daquele jeito só aumentou, e mais uma vez, eu pensei em você nesse momento.

... Não resisti e entrei numa lanchonete como uma leoa faminta e pedi um empadão inteiro daquelas embalagens médias e uma vitamina de morango... Ah meu amor, a vitamina foi minha perdição.

Comi primeiro o empadão com alguns goles da vitamina. Mas quando me concentrei nela eu senti uma onda de prazer quente a percorrer meu corpo todo e parar nela, me fazendo  pulsar e ficar encharcada de prazer, descendo até minhas coxas e deslizando uma na outra conforme eu mexia minhas pernas sentada.  E sentir isso, aumentava minha libido e eu fechei os olhos e até gemi baixinho.  Minha expressão naquele momento era de puro prazer e ate esqueci das pessoas a minha volta... Mas não me esqueci de você. Como queria que estivesse comigo naquele momento.

Sai de lá e vim pra casa e no caminho, eu também pensei mais em vc...

 Imaginei você fazendo sexo comigo sem carinho... Jogando-me num canto da parede de costas pra você e com vigor segurava meus cabelos com uma mão, enquanto a outra apertava fortemente meu seio como se não fosse mais largar. Em seguida, torcia minha cabeça prum lado e começava a morder meu pescoço e a sentir o perfume dele, beijava e mordia meu ombro, sussurrava no meu ouvido que eu era sua, sua feedee, sua gorda deliciosa... E quando eu me mexia, você me segurava mais forte e imprensava meu corpo contra a parede com sua força, me invadindo por baixo do meu vestido, apertando forte minhas coxas, nádegas, meu sexo. Esfregando seus dedos no meu clitóris e pelos lábios dele e me deixando gemendo e descontrolada. Mas você tinha o domínio do meu corpo. Ele te pertencia naquele momento, e pensando nisso,  eu quase passei do meu ponto. Mas dou sinal a tempo e desço, chegando em casa morrendo de tanto calor. Um calor insuportável e imediatamente quero um banho. Tiro a roupa e sinto dificuldade de tirar a blusa apertada; o que me deu novamente tesão em sentir o aperto dela.  Meu corpo está quente e nu sendo refrescado pela água do chuveiro. E voltei a pensar em você e dessa vez me dei ao prazer de atingir um orgasmo explosivo,  forte e delicioso como se você tivesse ali comigo, me penetrando com todo o desejo e volúpia do mundo e me feito gozar alucinadamente....

Você estava ali sendo dono e senhor do meu delírio e êxtase, do meu prazer e contentamento de me sentir  mulher. Mas mais que mulher,  de me sentir fêmea.
E agora estou aqui deitada nua escrevendo isso pra você de como foi parte do meu dia. E só estou te escrevendo isso, porque antes,  também estava pensando em você, e todo o desejo e volta de novo e meu corpo clama pelo seu. Meu desejo parece que não tem fim,  e como rastro de pólvora que qualquer coisa acende. E me lembro do pote de sorvete de chocolate que tem no freezer. Corro ávida pra pegar aquela delícia e volto pra cama. Sem nenhum pudor, abro o pote e começo a enfiar meus dedos com vontade no sorvete e levar a boca. Nossa! Indescritível sensação. E nesse momento, não poderia deixar de também pensar em você. Que aquele sorvete ficaria muito mais delicioso se você estivesse me dando à boca. Mas sentir o prazer me invadindo e tomando conta da minha razão, era quase como se você estivesse ali comigo. Estava nua, me sentindo mais gorda e querendo mais de tudo ... Querendo... Ansiando e desejando você por inteiro sobre mim. Será que pode imaginar o quanto estou excitada agora e o quanto estou te desejando? Sentada na cama de pernas abertas segurando meu pote de sorvete?

 E tudo o que vem agora em minha cabeça é você. E eu te segurando pelo colarinho e puxando pra mim dizendo despudorada e cheia de desejo nos olhos estreitos. .." vem meu feeder, tenta apagar meu fogo com gasolina".

Vênus de Willendorf


Se for repassar o texto, por favor, não esquecer de citar a fonte! Grata!  


domingo, 30 de novembro de 2014

MUNDO FEEDEE DA VÊNUS VI



Boa noite de domingo Encantadores Feedists!

Como prometido no grupo vou falar um pouco sobre algo que as pessoas realmente denotam muita dificuldade em entender; como uma mulher de corpo esbelto e que sempre foi assim, passa a querer engordar conscientemente e tendo como objetivos um alto peso corporal? Trazendo pra cá algumas perguntas que me foram feitas no grupo Feederism Brasil no Facebook.

Sem querer me alongar, apesar de que isso é quase impossível fazer algo objetivo e sucinto, pois Deus além de me criar linda, me fez cheia de detalhes e delongas... rsrs Mas tentando...


Acredito por experiência própria e analisando outras pessoas nas minhas andanças pelo mundo feedist, que uma pessoa nasce feedee através do desejo de comer e sua relação impar com a comida. Toda pessoa que ama comer, pensa em comida de forma apaixonada e consegue até sentir o sabor só de pensar naquilo, e é invadida de sensações maravilhosas, tem uma tendência a ser feedee. Mas isso não faz de ninguém uma feedee ainda. Porque muito mais da metade da população do mundo tem esse casamento com a comida. Eu fui assim desde criança. E como já declarei fui uma criança gordinha, mas bem “inha” mesmo. Nada de obesidade, apenas um sobrepeso. Nessa época sofri bullyng na escola que soube tirar de letra. Eu era aquela criança que 10 minutos antes da hora do recreio, eu não pensava com quem ia conversar ou brincar, mas no que de bom teria na cantina pra se comer. E ficava seriamente pensando se ia escolher misto quente, ou cachorro quente. E na hora de comer, eu me isolava porque não queria ninguém pedindo um pedaço do meu lanche. E quando pedia, dava chorando por dentro. Eu não estava triste, não sofria opressão em casa, apenas gostava de comer de uma forma diferente dos demais, eu curtia degustar cada pedaço da comida e conseguia sentir prazer com aquilo. (claro que não erótico, pois tinha uns oito, nove, dez anos nessa época). 

Mas como todos sabem com 13 anos minha mãe me levou a uma endocrinologista que me prescreveu remédios pra emagrecer e essa, me encaminhou a um nutricionista. O resultado é que fiquei bastante magra em pouco tempo, com 53 quilos. Depois da meta alcançada, até melhor que a expectativa, eu estabilizei com 55 quilos, variando por longos anos para 63 quilos.

Quando eu fui tomando independência e ganhava meu próprio dinheiro entre 17 e 18 anos, entrei para uma academia. Era assídua e disciplinada e vivia no meio de fisiculturistas. Também fazia tratamentos de modelagem do corpo para queimar as gorduras que eu supostamente via no espelho. Pois com a consciência de que gostava de comer e me dava ao luxo de comer e exagerar sempre que queria, sabia de minha tendência genética pra engordar, então não descuidava. Entrei na casa dos 20 anos com um corpo modelado, embora não malhado, pois não queria perder a naturalidade do meu corpo e ganhar músculos. Nunca pensei em ser uma bodybuilder. Mas eu vivia nas baladas da noite de minha cidade e tudo o que envolvia aquilo; vaidade, exigência por um padrão físico, homens e mulheres muito bonitos e se você quisesse ser notada ao chegar, tinha que ter uma apresentação visual modelo. E eu atendia a todas as exigências. Então podia escolher dentre os admiradores da noite pra quem iria minha atenção.

E quando você consegue atingir um nível desses, você não quer perder isso por nada. Eu fui “doutrinada” desde criança pra ser magra e entender que ter tal corpo era o correto e o aceitável. Uma coisa levou a outra. E não era somente na noite, mas no meu trabalho e em todos os locais sociais que eu frequentava. Sempre fui acostumada a ser muito assediada e ter o poder de escolher.

Mas o que eu não entendia na época é que essas coisas alimentam a sua vaidade e egocentrismo, mas raras vezes a sua alma. E é muito fácil se perder pra um mundo de aparências e futilidades, onde as conquistas materiais é o que importa. E tudo é calculado; aparência física, status, dinheiro e posição social. Mas acabamos nos esquecendo de coisas talvez muito mais importantes de se prestar atenção. Coisas como caráter e honradez por exemplo. Você se permite ser um produto do meio e por algum tempo, fui exatamente isso. Eu não me importava nenhum pouco com quem demonstrava amor e carinho por mim se ele não se encaixasse dentro dos parâmetros citados acima. E não me importava mesmo. Sequer eram dignos de minha atenção e gentileza. Apenas ignorava.

Talvez seja esse o tipo de poder que foi citado no grupo. “Como ter tal poder e simplesmente despreza-lo”?

Esse é um poder que realmente é muito perigoso e me alegro em entender sobre esse tipo de poder e ter mudado como ser humano e mulher por fatos psicológicos que não cabe aqui citar, mas consegui sair do centro das atenções e da mentalidade fútil e idiota que eu vivia, quando me tornei adulta de fato. E isso foi o grande, o maior poder que tive na vida. Ter o poder sobre mim mesma e não sobre as pessoas através da minha aparência e personalidade envolvente de conquistar troféus e “coisas” como uma criança mimada e caprichosa. Eu senti fome de ser alimentada de intelectualidade, de pessoas de conteúdo, valor, espiritualidade, virtudes e muitas outras coisas que o mundo onde eu vivia não se tinha muito essas opções.

Entendo que muitas mulheres que não possuem os atributos elevados de um padrão de beleza estipulado pelo meio, e se sentem rejeitadas ou suprimidas a “aceitar o que aparecer” por carência, sonhe com isso, mas eu estive lá e não é um mundo feito de muitas verdades no fritar dos ovos. E acabamos nos vestindo, cuidando assim ou assado do nosso corpo, da nossa alimentação pelos outros, pra manter um nível exigido e estar equiparada as outras mulheres e atender as exigências, mas no fundo, é uma ilusão de que fazemos sacrifícios e todo esse investimento por nós mesmas. Isso não é verdade no fundo, apenas não se enxerga isso, pela força coercitiva do meio.

Mudei completamente meus conceitos e modo de vida. Fiz escolhas e segui com total autoridade sobre mim. Vejam que eu saí da autoridade da minha mãe e passei pra autoridade da sociedade, e assim muitas pessoas passam toda uma vida.

Então deposta do poder explanado acima e livre da imposição de beleza, eu estava sem os grilhões e poderia fazer do meu corpo o que bem entendesse e ninguém, nem meu marido na época tinha o direito de dizer como ele deveria estar.

E com esse tipo de atitude perante a vida, eu engordei por questões não naturais, mas não pirei. Pelo contrário, continuava me achando linda e isso era o que de fato me importava. Com os filhos engordei mais um pouco, e também não me importei, pois continuei me achando mais linda ainda. E percebi que o tal poder e atrair olhares pra mim, não estava 100% ligado ao meu corpo perfeito magro, e no sorriso sedutor, mas em algo a mais que eu transmitia naturalmente sem precisar de muito esforço.

Entendi também que quando queremos de fato solidez com uma pessoa não é por toda a beleza física do mundo que você possa ter nem não é apontar o dedo, e aquela pessoa irá lhe amar. Porque atração física é uma coisa que nada tem a ver com amor, respeito, admiração e carinho pelo outro. Quando vamos pela capa e a relação se sustenta nisso, são relações vazias e frágeis que qualquer brisa derruba.

Como eu passei a desejar engordar?

Bom, aí é uma resposta mais complexa de se entender pra quem é de fora, e fácil de se entender quem tem o mesmo desejo. E a resposta é simples. Tornei-me feedee por uma série de fatores que envolvem minha personalidade, e óbvio uma tendência natural que sê-lo, como a relação apaixonada pelo prazer de comer. Mas isso não foi o fator determinante. Muitas mulheres tem a tendência, tem o potencial, mas não desenvolve porque são amarradas aos padrões de beleza que tentam desesperadamente manter ou alcançar com dietas. Muitas têm medo de se entregar ao que tanto lhe dá prazer que é comer, por medo de não conseguir controlar isso e acabar engordando. Outras sequer cogitam pensar, pois já estão muito dominadas por pensamentos condicionados pelo meio. E outras têm medo simplesmente porque não querem supor mudar suas vidas, e tem medo de novas experiências, somada a questão estética. Poucas realmente pensam no fator saúde.

Não é fácil ir contra o meio que lhe criou, que lhe educou e contribuiu pra que você seja a pessoa que é hoje. Porque pense que se você tivesse nascido no oriente médio, na Índia, Arábia Saudita, por exemplo, você seria uma pessoa completamente diferente do que é hoje. Teria outros valores e formas de pensar.

Nós somos pessoas que respondemos ao que somos e a nossa realidade como ser, quando situações batem a nossa porta. É o caso de uma pessoa que sempre teve a obesidade como sua realidade. Se essa pessoa tem a tendência feedee e a relação com a comida, e se aceita assim, e não se permite ser esmagada pela força do meio para que ela siga a “boiada”, ela será uma pessoa que só tende a engordar com o passar dos anos, porque se aceita assim, sempre foi assim e não se importa em mudar, porque o prazer em comer é maior do que de seguir o que outros dizem que ela deva fazer. Eu não digo que é mais fácil, mas a dinâmica é um pouco diferente a meu ver. Escolher passar a ser algo que você nunca foi, é mais complicado de lidar com a família muitas vezes.

E por que eu escolhi?

Eu não sei exatamente se escolhi ser. Apenas fui seguindo o que me era apresentando e despertado prazeres e vontades que não tive medo e não parei pra pensar se era errado. Parei pra tentar entender o que estava acontecendo comigo e quando veio de fato a vontade de engordar e via prazer nisso, a única preocupação que tive, foi analisar se essa vontade era por mim ou pelo meu parceiro. Pois não sei me entregar a nada que não seja por mim. Não queria mais ilusões em minha vida nem cogitar fazer algo porque alguém queria. Eu precisava ter a certeza de que aquilo tudo era por mim. E quando tive a certeza que sim, não tive muitos problemas de assumir o controle do que eu queria. E um novo prazer e alegria íntima entre mim e meu corpo estava nascendo e eu simplesmente aceitei e abracei aquilo pra mim. Era algo que vinha de dentro e não algo externo a mim, então não seria eu quem iria me negar aquela natureza minha que se apresentava. Não mesmo! Por nada e nem por ninguém.

Então a resposta é muito simples. Embora eu não tenha escolhido ser feedee, escolhi de uma forma muito consciente e madura, engordar. Pelo simples fato de descobrir ter prazer tanto íntimo como sexual com aquilo. E me reconectei com meu corpo de uma forma completamente diferente de tudo que pude ter na vida. Passei por vários tamanhos de corpo e de certa forma, modelos de beleza, mas hoje com quase uma super obesidade dentro do padrão da OMS, me sinto de bem comigo, e mais linda do que nunca. E ainda quero ir além no ganho de peso. E isso é o que realmente importa pra mim. O resto, eu como no lanche da tarde!

Bjos da Vênus!  


segunda-feira, 3 de novembro de 2014

O Desejo Feedee


Saudações Feedists, e público em geral.

Como falei na matéria anterior, estou trazendo agora uma pergunta que já foi feita por algumas mulheres de nosso núcleo. Se há a necessidade e vontade de engordar de uma mulher para que ela seja uma Feedee.

Embora eu relute um pouco em criar estereótipos, e passar a ideia de que dito como um feedist deva ser, é inegável que há comportamentos comuns e inerentes a todas as “categorias”, “personagens” de nosso modo de vida que é comum a todos. Claro que haverá variações de intensidade, importância, foco, etc. O que depende de cada individualidade. Mas no geral, dentro do que pude observar como terapeuta e como adepta, além de muitas conversas com pessoas experientes ou não desse mundo, pude entender que dá pra traçar um perfil que define a inclinação e a natureza de um feedist. E esses comportamentos vão se aflorando e se moldando ao longo de sua vida. O que geralmente podemos ver os primeiros sinais na infância. Como também analisando em separado cada personagem vemos claramente tendências, desejos e comportamentos comuns a cada “sub grupo” , digamos assim. Isso nos dá um panorama, uma diretriz pra identificar cada feedists, e onde ele se encaixa dentro de nosso universo. Por mais que se tenham pessoas inclinadas a várias formas de se ter prazer dentro do Feederism, e que não seja uma unidade.

O que posso dizer é que sempre haverá um lado mais forte que domina sua essência como feedist. E é essa essência que é meu maior prazer desvelar. Afinal é onde temos a plenitude com o que somos.

Falar sobre a (o) feedee, é desafiador. Justamente porque não quero me tomar como base, mas explanar dentro de um estudo genérico e não íntimo, embora claro, não teria como não incluir própria experiência pessoal como mais um dado. E como sempre, ratifico que tudo que falarei faz parte do que aprendi com meu primeiro feeder e com outros, com gainers e feedees nos meios estrangeiros, e brasileiros, analisando tudo isso como adepta e psicoterapeuta através da observação de comportamentos. E centralizarei esse conteúdo se o ganho de peso define uma pessoa como feedee ou não.

Pra começar uma breve definição sobre o que é ser feedee.

É ser uma pessoa, homem ou mulher que tem uma relação única com a comida, ama comer e tem a gula como força motriz que a conduz a desejar sempre mais e a induz a pensar em cozinhar novos pratos pelo prazer e alegria de experimentar seus sabores. É aquela pessoa que fica ao lado de quem tá cozinhando com água na boca, quase como uma criança, vendo cada ingrediente misturado e só pensa naquilo pronto indo parar na sua boca e que delicioso vai estar. Ela pensa em comida mesmo quando não está com fome, porque é simplesmente delicioso, um prazer em sua vida, como ir ao cinema, sair com os amigos pra beber na sexta, ou curtir o lançamento daquele livro tão esperado, finalmente ir naquela festança de casamento aquela viagem tão planejada, ou simplesmente cair na cama e dormir tranquilamente depois de um dia de serviço onde seu trabalho foi reconhecido. É uma das forças que faz nossa vida ser alegre, empolgante, feliz.

A Feedee em essência, não come porque está deprimida, com raiva, ou desiludida da vida. Não é essa a causa primária que anima a relação de uma feedee com a comida. E sim, o prazer pelo prazer de comer, por pura alegria e satisfação indescritível que se propaga pelo seu corpo, quando ela mastiga, sente todo o sabor e engole algo realmente que adora comer; no meu caso, pudim de maria-mole. Chega a me dar um leve torpor, parecido como aquele torpor logo após um puta orgasmo. É por isso que criei há tempos atrás em nosso grupo o tópico: ‘Você tem fome de que?”. A essência da fome de uma feedee está na fome do prazer da comida. E não no alívio emocional que ela pode proporcionar.

Todavia, fato é que muitas pessoas, uma enorme parcela da população obesa, está justamente obesa porque descobriu na comida um Daforin, um Prozac que alivia ansiedade, stress, medos, tristezas, nervosismo e uma série de emoções negativas. Ou seja, se pensarmos no mundo louco e da pressão material que vivemos quem tem essas tendências irá comer pra se acalmar, serenar ou esquecer algo ruim. Não esqueço nunca da cena do filme “Professor aloprado”, quando ele se desilude com a moça que gosta e vai pra casa, se entupir de guloseimas bem americanas, pote de sorvete no colo e chorando de tristeza no sofá vendo T.V. Clássico isso! E o normal é que depois desse frenesi de comilança por questões de alívio emocional, venha um sentimento de culpa e arrependimento.

Mas não é essa fome que motiva a essência feedee de um indivíduo. Embora se passa desenvolver episódios de tais comportamentos. Mas este não define o ânimo primaz de uma feedee com relação a comida.

Menos ainda passar a querer comer desesperadamente porque se apaixonou por um FA, ou Feeder que a quer ver enorme de gorda e fica como um diabo sussurrando tentações ao pé do ouvido. Se ela só faz por outro, ou porque lhe é sugestionado por outros, ela não tem a força motriz de uma feedee dentro de si. Apenas está adotando um comportamento X por alguém para conseguir algo em troca. Seja amor, atenção, carinho, elogios, aceitação. Não importa. Assim como ninguém tem o poder de embutir a essência de um feeder ou foodee, não há como implantar a essência de uma feedee. O que se pode e ocorre é o despertar, fazer com que a pessoa veja a feedee que é. E não transforma-la em uma.

E já que estamos falando de feedee, vou aproveitar e tocar no seguinte ponto. O que difere um (a) feedee de um (a) gainer?

Muito parecido com o caso dos FA e dos Feeders; todo Feeder é um FA, mas nem todo FA, é um feeder. Vejo, embora isso seja bastante controverso, que nem todo gainer, é um (a) feedee. Mas toda feedee é um gainer. Por duas questões. Os gainers se centram no processo de engordar e a comida é um veículo pra isso. A Feedee no entanto, tem uma relação única com a comida, e além disso sente a necessidade de engorda. Ela gosta de engordar, mas pode passar períodos sem essa vontade gritante, mas mesmo assim, sendo gainer. E o outro diferencial. Assim como um feeder fantasia alimentando uma mulher, lhe dando comida e vendo-a comer. Faz parte do psique erótico da feedee, a mesma fantasia. Ela passa a fantasiar sendo alimentada, servida por um alimentador. Já um gainer não tem necessariamente essa fantasia. Ele se põe a engordar sozinho e não sente essa necessidade, nem faz parte de suas fantasias,(quem sabe como algum tipo de curiosidade ou vontade eventual, mas não compõe um elemento que o estimula eroticamente de forma constante) mas o simples processo de engordar. Imagina-lo maior, mais largo, grande em todos os sentidos. 

E com essa exemplificação, fica muito claro que o feeder e a feedee são partes que unidas se completam perfeitamente. Tudo o que é um fantasia, desejo e gosta, o outro sente a mesma coisa, só que em si mesmo. Simples, não?

Passemos agora para outro ponto que é o cerne da matéria. Como é a relação da feedee e o processo de engordar? Tenho que querer engordar pra ser uma feedee? Tenho que gostar de engordar para ser uma? Posso só amar comer e não querer engordar tanto assim ou não gostar?

Existe a diferença entre gostar, querer, não se importar e poder. Essas diferenças é que vão ser determinantes para dizer se alguém é uma feedee ou não;(dentro lógico do meu ponto de vista).

O que é gostar de engordar? É ter a vontade nata de crescer.
Mas pra nós mulheres o comum é que desde cedo, sejamos doutrinadas a pensar magro. Se você recebe essa educação desde criança, você se formará uma adulta com essa doutrina implantada. Foi meu caso. Essa programação mental foi em mim sendo desfeita aos poucos, fui relaxando, até o ponto da libertação total. Após o processo de libertação, seja por quais causas forem (no meu caso em fase adulta não era estética, mas outras questões). Entendi que gostava de me sentir mais gorda, de tocar meu corpo e senti-lo mais fofo e querer mais. Toda feedee se imagina como ficará seu corpo com dez, vinte quilos a mais, e isso a anima para engordar. Porém pra  pensar assim, as mulheres precisam passar pelo processo de dissociação dos padrões colados com durapox na nossa mente. Claro isso não vale pra todas. Refiro-me exclusivamente quem é feedee em estado latente. O que nem todas o são. Isso é o gostar, apreciar o processo de engorda.

 Agora o querer. Muitas pessoas que tive acesso que são gainers (estão tentando ganhar peso), são magros e alguns muito magros. Já conheci até extremamente magros por serem anoréxicos em nosso mundo. E assim como gordos, ou magros também sofrem preconceito por serem magros demais. Sofrem olhares na rua e muitos são rejeitados e são infelizes com seus corpos. E querem engordar, mudar o corpo, ser considerado gostoso e desejável pro meio e pra ele mesmo. Mas esse querer é um querer para atingir um padrão que ele em conjunto com o meio ache atração. Até então nós só reparamos que os gordos sofrem baixo estima, mas muitos magrinhos também sofrem. Tenho um primo que não sai na rua sem camisa nem usa short, porque se acha muito magro, tem complexo e acha que todos ficam olhando pra ele e pensando “nossa que cara magro, ossudo e feio”. E ele tenta ganhar peso a todo custo. Come bacias de comida, mas não consegue.

Então há muitos em nosso meio que querem desesperadamente engordar, e muitos entram num processo de obsessão. Só pensam nisso, constantemente sobem em balanças, experimentam roupas pra ser se apertaram, e soltam fogos quando percebem que engordaram um pouco, ganhou gramas ou uns quilinhos, ou alguém pergunta “ vc engordou?”. A maioria não tem a relação feedee com a comida como explanei no começo do texto. Seu único objetivo é comer muito e do que calórico possível pra engordar. Mas a maioria quando chegar a um nível de engorda considerável legal, encerra o ganho e passará a controlar o peso por questões estéticas. Embora muitas dessas pessoas vá se tornar um foodee, porque passou tempos dentro de um comportamento gainer e comendo muito. Seu organismo se adaptou, se estomago ficou mais largo, e cresceu. Logo ela sentirá mais fome e poucas quantidades não a saciará facilmente. E tantos outros não vão conseguir sozinhos parar de engordar e se frustrará com isso, precisando de ajuda médica pra interromper uma engorda indesejável. Esse grupo é o que eu entendendo como pessoas que entram para ganhar corpo para atingir justamente um padrão estético desejável pelo meio, por ser magros. Muitos são gulosos e adoram comer e unem o útil ao agradável. Mas não teve o instinto nato. Apenas passou a perceber que se engordar mais um pouco ganharia um corpo mais atrativo e considero bonito pelos moldes. Mas virar uma BHSM ou BBW, já é exagero e não é o que se deseja. Então deixo a pergunta no ar. Essas pessoas que apenas buscam atingir um padrão estético mais atraente para o meio, podem ser considerada Feedee? Ou Gainer dentro do Feederism?
Não sei se vocês estão percebendo as nuances dos tipos de processos que levam alguém a ganhar peso. Mas leiam com atenção, porque as diferenças são sutis mesmo. 

Agora vamos passar pra “não se importar”. O que é isso? São pessoas de dois tipos: uma é que tem a relação foodee com a comida e não se importa nem um pouco se vai engordar. A vontade de comer é mais forte que pressões externas pra emagrecer. Ela não engorda porque engordar é um desejo, querer ou prazer, mas sim, porque é uma consequência de comer muito. Afinal, quem come muito não pode achar que ficará magra, salvo que a pessoal realmente não tenho nenhuma tendência genética a obesidade.

O outro tipo: são as que tem a relação prozac com a comida, mas forte do que o prazer puro e simples em comer. Ela descobriu na comida um alívio pra tudo de ruim que lhe acomete. E a comida vira um vício, como um remédio que ela precisa de doses diárias pra se sentir melhor e confortada. E engordar é um preço baixo a tudo que a comida tem o poder de lhe proporcionar.  Esse tipo de pessoa realmente tem muitas feridas emocionais que precisam de ajuda especializada. A comida não deve ser a muleta pra seus rombos emocionais, porque ela se torna algo ruim, viciante, descontrolada, com rompantes de compulsão. E esse aspecto não é o aspecto do fetiche, da feedee, nem é saudável. Mas de qualquer pessoa que usa a comida para suprir carências e desequilíbrios emocionais. A comida na verdade não traz alegria ou prazer. Traz a falsa sensação de alívio e prazer momentâneo que a faz se sentir melhor. E quando uma pessoa passa a ser gainer por tais causas, ela é a que vai viver sempre em conflitos íntimos, por mais que não fale pra ninguém e esconda. Vai viver em conflitos se continua ou não engordando. Ela tem medo de engordar, ficar doente, mas não consegue largar o vício da comida. E pra piorar, dentro desse panorama, se a pessoa sofre de problemas de baixo estima e aceitação, ela irá ter enormes problemas em mudar o modo de vida que foi empurrada pelos seus desequilíbrios emocionais, porque ali ela é aceita, é desejada e tem admirados. Seja dentro do Feederism ou simplesmente dentro de núcleos FAs. E as consequências futuras do “não me importo’, são fatais e chegará à cavalo ou de táxi, mas chegará no físico, porque no psicológico sempre esteve desde o começo.

Pessoas assim podem ser vistas como feedees? Sim. Podem e são vistas assim. Afinal ela come muito e engorda. Mas dentro do que entendo, ela não tem a essência nata de feedee. Ela não nasceu assim. Ela foi condicionada assim por problemas externos que mexeu com sua parte emocional e de convivência com o meio que ela não soube lidar de forma saudável e se voltou para a comida e a engorda é a consequência desse processo. E por isso o “não se importar” em engordar ou não.

E por último o poder.

Tem pessoas que tem a relação com a comida como a citada nos primeiros parágrafos; prazer por prazer e alegria. Tem o desejo irresistível de engordar, aumentar suas formas, não por uns quilinhos a mais, mas modificar realmente, ficar enorme, grande, gorda, em altas proporções que passe dos padrões de gostoso pro meio. Ela fantasia em se ver com 150 quilos, pensa que quando chegar lá, vai querer mais. Vai querer sentir o peso do seu corpo ao caminhar e subir escadas. Quer se olhar no espelho e ver sua barriga ficando gigante, maior, mais caída e mole. Ver banhas que espalhando pelos lados ao sentar, braços gordos. Ela quer ser gorda e grande. Seu desejo é esse, sua fantasia é essa. Isso ninguém implantou nela. Faz parte do conjunto de pensamentos natos que surgem sem ninguém mandar, nem enviar como mensagens subliminares. Se isso foi sufocado pela educação, um simples contato com meios feedists, podem desencadear a liberação desses desejos secretos e que ela tem como errados, por toda a lavagem que sofreu no seio familiar e da sociedade. Mas sem isso, ela passa a ser livre pra fantasiar, desejar, e ceder a essa força irresistível que faz parte de sua essência. Porém vem a questão do poder.

Muitos feedee/gainers natos não podem engordar por questão genéticas de saúde. Alguns levam a engorda até certo ponto, mas quando descobrem, precisam parar de ganhar, e muitos até, precisam retroceder. Muitos tentam de leve pois já sabem das limitações do dna da família, e acabam virando foodees. O fator “não posso engordar”, não desfaz, não tira, não descaracteriza NINGUÉM ser um feedee nato e em essência. Eles não engordam simplesmente porque não pode. E como feedee declaro aqui que isso é uma das maiores tristezas que pode acontecer a nós. Porque é negar exercer uma parte do que somos, e isso é horrível. É algo que por Deus, jamais quero passar. Quero a minha liberdade de expressão de agir como sou, como quero, como anima minha alma. E não ter que me aprisionar, negar-me algo que é tão gritante e me traz tanta alegria e prazer de viver. Prazer e ânimo este, que é sexual, é íntimo como pessoa, como mulher, como ser humano, é parte de mim todo um todo, é como conduzo minha vida. Mas se tiver que cercear esse aspecto de minha vida, não deixarei nunca de ser feedee. Talvez de estar, mas ser jamais. Não é o fato de estar engordando que nos faz ser quem somos, mas sim, o que temos em essência dentro de nós, e nos move pra os comportamentos típicos de cada personagem do Feederism.
Em minha opinião, aquele que engorda por não se importar porque a comida é um prozac ou viu no feederism um meio de ganhar a vida e ter uma legião de fãs aos pés e engordar é o preço, e que seja, não tem a alma feedee nata. E portanto pode ser apenas visto como feedee, mas se não tem em si a essência não é. Apenas está por causas externas e internas “doentes”; possíveis quadros de carência e necessidade de auto afirmação. Ao passo que aquele que não engorda nem se joga de cara na comida por prazer e satisfação íntima, mas porque não pode pela sua saúde. É um feedee, so que não está agindo como um feedee. O primeiro nunca deixará de ser. Já o segundo, pode deixar se tratar seus problemas emocionais, dependência de uma séria de fatores e suas carências. Revisar e fazer uma autoanálise em conjunto com profissionais e se descobrir de verdade.  

Em suma, ser feedee não é algo provocado pelo meio externo, mas assim como qualquer outro feedists, é algo que vem de nós, inexplicavelmente e sem razão de ser. Isso pode ser desperto. Sempre haverá um gatinho. Mas após o gatilho inicial, quem é realmente passará a desenvolver os mesmos padrões de comportamento motivados por desejos e fantasias que brotam em nossa mente. Como o caso dos feeders. A maioria quando criança se descobrem atraídos por mulheres gordas, e isso vai aumentando, vem a atração por barrigas, e por mulheres mais gordas ainda. E dá inicio a fantasia. Isso muda sua relação com as mulheres afetivamente e sexualmente falando. Ele passa a olhar pra uma e imaginar “e se eu a alimentasse pra ela engordar mais? Como ficaria com trinta quilos a mais, mais linda, mais cheia de curvas, mais cheia de banhas, mais pesada”. “E se eu tentar a sua gula, conduzi-la a comer mais?” E vai começar e fantasiar todo esse peso no sexo, vai querer alimentar uma mulher, e fazer com que ela cresça, vai fantasiar em vê-la com a maior gula e volúpia do mundo devorando um prato de comida, e gemendo de tanto prazer com aquilo. Nenhum feeder nato precisa ler sobre isso, pra desenvolver naturalmente esse tipo de atração e fantasia. Mas nem todos que gostam de uma mulher gordinha vão ter as mesmas inclinações para esse comportamento. Só Feeders realmente. E as Feedees não são diferentes. Apenas temos dinâmicas diferentes, pela educação recebida pelo meio com o quesito comida e engorda.  

Então pra resumir toda feedee e gainer tem a vontade irresistível de engordar e imagina-la maior. Ela não se sustenta com um ganho de dez quilos e pronto está bom. Como dito, por várias razões ela pode dosar esse ganho, o que é até aconselhável. Pode ter épocas que queira mais ou menos, mas nunca deixará de querer ter uma barriga maior, uma coxa maior, um corpo maior. Sua mente é totalmente dissociada dos padrões de beleza do meio. E o que a excita e a faz se sentir cada vez melhor e mais bonita é estar crescendo cada vez mais. Não por fama, não pelo efeito prozac da comida, não pra ser aceita, não pra dizer que faz parte de um grupo, não pra ter uma legião de  admirados aos pés. Mas porque comer com o maior prazer da vida todas as delícias que há no mundo pra se experimentar e sentir seu corpo inflando, ficando maior e mais gordo, é sua alegria e satisfação íntima; prazer pelo prazer e não por qualquer causa externa, nem por terceiros. Como feedee ela irá naturalmente ter a fantasia de ser alimentada por um feeder (alimentador) e aí é acrescido a parte erótica e sensual da alimentação. Essas fantasias naõ são meros episódios isolados de quem quer experimentar uma novidade, mas um padrão, uma constância que ela só se sentirá plenamente completa com essa parceria erótica. O que não significa que por sua relação com a comida ela não engorde sozinha naturalmente, nem seja encorajada por FAs ou outros Gainers a comer mais. O homem é um ser social, e naõ está em seu grupo de afins, se sente bem para exercer também sua essência. Logo o contato uns com os outros estimula claro, mas para uma feedee, lhe faltará a sua contraparte; o feeder. E pra todo Feeder e regra é a mesma.

Sou mega suspeita pra falar isso, Mas sou fascinada pela relação feeder e feedee, porque é um tipo de dupla, que me pego pensando muito sobre porque há tão perfeitamente essa combinação de comportamentos e desejos natos. Sem que se tenha um dito pro outro o que pensar, desejar, ou sentir. E tudo o que um deseja em si, o outro deseja no outro. É realmente duas faces que se encaixam perfeitamente, e somente são plenos juntos.

Bjo da Vênus!



















quinta-feira, 30 de outubro de 2014

O que não é Feederism


Jogos sexuais com comida não é Feederism!

Muitas vezes nos preocupamos em definir o que é esse modo de vida que chamamos de Feederism ou Feedism, mas vejo muitas confusões tantos de neófitos, como simpatizantes, curiosos e leigos que leu alguma porcaria por aí e tomou como verdade. Mas vamos esclarecer algumas coisas. Obviamente, dentro do meu e unicamente meu, ponto de vista, que certamente o defenderei sempre.

O Feederism não é fetiche por gordinhas, e as modelos plus sizes não tem ligação direta com o Feederism. Nem somos adeptos do “club dos bolinhas”! Não! Uma coisa é ser um (a) FA – apreciador de corpos gordos. E outra é ser feedists. Todo Feeder é um FA, mas nem todo FA, é um feeder. Portanto, ser um FA não faz de ninguém um feeder, nem um feedist (adepto do feederism).

Compartilhar fotos de mulheres gordinhas, gordonas, ou realmente gigantes faz parte da nossa cultura, mas não é esse gosto peculiar (pra nossa sociedade) que fará de você um feedists.

O Feederism não tem a ver com misturar comida com o ato sexual. Passar caldas pelo corpo pro outro lamber, espalhar brigadeiros pelo corpo pro outro comer, nem rolarem numa cama de nutela. Isso pode ser uma fantasia erótica, mas não é Feederism. Sequer é o ato de alimentar que um feeder proporciona a uma feedee.

O Feederism não deveria ser visto como um centro de engorda pra quem tem dificuldade de ganhar corpo. Pessoas que querem ganhar uns quilinhos, é sugerível que procurem um nutricionista pra engordar com qualidade na alimentação e de maneira mais saudável. Já vi muitas pessoas se ligando ao Feederism pra que os adeptos os ajudem a engordar, pois realmente se acham magras e não estão satisfeitas com seu corpo. Mas o Feederism não tem o papel de nutricionista, e nem é pra isso. Embora seus adeptos possam estimular pessoas a engordarem. Mas é preciso entender que esse processo de engorda dos gainers é diferente dos magros que querem apenas ganhar uns vinte quilos pra chegar a uns 80, 90 ou 100 e se sentirem mais gostosos e parar. Se você leu que o Feederism é algo que faz engordar, e quer experimentar, tome cuidado e se aprofunde mais aonde afinal está colocando seus pés.
O Feederism não é um centro de abrigo de gordinhos rejeitados. Embora a realidade é que ele cumpra socialmente esse papel. Já que infelizmente nossa sociedade é impiedosa contra quem está acima do peso. Se for muito gordo então, é motivo de olhares como se fôssemos atração circense. Arrumar namorado então? Nem com reza braba e vela acesa na mão! Principalmente mulheres, embora homens também sofram preconceito, e pressão pra emagrecer de seus entes mais próximos, todos sofremos. E acaba que o Feedism oferece conforto a essas pessoas, pois ali ela é objeto de desejo, linda, e pode “despir-se” sem apagar a luz nem encolher a barriga, ou usar roupas compridas pra esconder as estrias e celulites. Sim, é apreciável um corpo cheio de crateras de celulite e marcado de estrias pela maioria dos homens Feedists. Ela pode ser quem ela é. Não disfarçar que ama comer e por isso é gorda que não consegue emagrecer. E não precisa inventar desculpas de que não entende o porquê de não conseguir emagrecer se nem come tanto assim. Ou exagera no fim de semana e promete a todos: “segunda feira começo a dieta”. E essa segunda nunca chega por pura falta de força de vontade.

Esse modo de vida, oferece a liberdade que o meio nos nega. Mas é o mesmo caso dos FA, citados acima. Ser gordinha (o) ou gordona (o), não faz de ninguém um feedists. E a realidade é que abrigamos em nosso meio homens e mulheres que estão acima do peso e se sentem acolhidos e valorizados em nosso meio e com a estima levantada. Mas um conselho: separe o estar, do querer estar e se tornar. O que isso quer dizer? Significa que uma vez dentro de núcleos Feedists, você será tentada (o) a engordar cada vez mais e mais, sem limites. É isso que VOCÊ quer pra sua vida de forma consciente? É uma escolha madura e racionalizada. Ou está indo no embalo pra não perder a atenção e valorização das pessoas do meio? Se for isso que lhe dá prazer e é sua vontade por si mesma, beleza. Se não for, e você apenas se tornou dependente da atenção recebida, da aceitação e bajulações de fãs de suas curvas largas, cuidado! A estrada pode ser florida, de doces e bucólicos amanhecer no começo. Mas depois ela pode ser cheia de armadilhas, buracos sem sinalização, e abismos em meio a tormentas escuras. 

Algumas pessoas me perguntaram se pra ser feedee é necessário engordar. Responderei isso em outra matéria.

O Feederism no Brasil não é moda nem uma nova tendência sexual (copiado dos Estados Unidos). Muito longe disso. Ser Feedist está internalizado na natureza, no DNA, nos registros mentais, no inconsciente de cada um em estado latente que a maioria desenvolve os primeiros sinais de comportamento feedist na infância dentro do próprio núcleo familiar. Outros são despertos em fase adulta. É algo que permeia alguns seres humanos, logo não é moda, nem opção. Ninguém escolhe ser. Apenas é. E portanto se é algo que se é, não dá pra deixar de ser. O que dá é moldar a forma como conduzir o modo que vivemos com isso, e não deixar de ser. Afinal, temos um leque rico de possibilidades, ao contrário do modelo das relações limitadas a um casal hetero, onde um engorda assustadoramente e irracionalmente, e o outro tem prazer em alimentar e assistir essa engorda. É isso que os veículos de comunicação televisivos estrangeiros tentaram empurrar pra sociedade sobre nós aqui no Brasil.

Mas hoje o assunto já foi parar na T.V brasileira sob produção brasileira também, com uma nova cara e perceptiva, e muitos viram a matéria e se identificaram, mas nem todos que leem ou veem sobre o Feederism, e simpatizam, são de fato feedists. Talvez tenham uma afinidade, simpatia pela questão da comida ou por ser ou gostar de gordinha (o). Mas não esqueçam do segundo parágrafo dessa matéria.

O Feederism não é coisa de adolescente rebelde que quer desafiar os moldes de beleza da sociedade simplesmente sendo gordo. Alias, ser gordo e gostar de ser gordo e querer mais ainda, é apenas uma parte que compõe o que é o Feedism. Não estamos desafiando sociedade alguma pra engolir um padrão de beleza obeso. Alias, particularmente sou da opinião que beleza não deve ser padronizada. Não é a troca de um padrão pelo outro. É justamente a liberdade de não termos que ter esses modelos. De sermos livres para expressar em nós, no que nos atraem e o tipo de corpo que melhor nos cabe. Se é magro, muito magro, malhado, médio, gordo, ou muito gordo. Não importa. Isso não deveria ter modelos prontos. Todos os outdoor  na rua e propagandas na televisão sobre moda, beleza, roupas, joias, dentistas, cursos, hospitais, e qualquer outra coisa, sempre há pessoas magras ou malhadas como modelos. Essa semana vendo um outdoor de um salão de festa havia uma mulher magra muito bonita por sinal, toda produzida, vestida de noiva como modelo. E pensei: “e se no lugar essa magra aí, fosse uma modelo gorda? Como as pessoas iam ver? Chamaria atenção? E se vários outros anunciantes começassem a colocar vários tipos de tamanhos de corpos tanto de mulheres como homens? Mudaria a padronização? Embora esse seja um assunto social que não está ligado diretamente ao cerne do Feederism, é um assunto que me interessa como mulher, gorda, e de saco cheio dessa mesmice e falta de liberdade de expressão que a sociedade nos impõe e aceitamos. Pior, nem nos damos conta disso. Mas a realidade é que sentimos o peso da cobrança por corpos enxutos e esbeltos, principalmente nós mulheres. E apesar do Feederism não ser um movimento contra a gordofobia, acabamos, pelo menos no que confere aos gainers, tendo uma ligação indireta a isso, como dito acima. Podemos ficar na nossa e fingir que isso não nos incomoda e o que importa mesmo é como vamos curtir o fetiche e engordar, e o resto que se dane. Mas somos sem dúvida, atingidos pelo preconceito contra obesos. Pelo menos a parte de nós que tem o ganho como seu modo de vida. Além dos que são magros, mas amam os gainers e não sentem vergonha de desfilar com os parceiros e seus corpos redondos por aí. Sim, esses também sofrem com os olhares abismados e julgadores. Sem contar das piadinhas dos amigos e familiares. Fatal!

O Feederism não é 1 fetiche. É um conjunto de comportamentos que está relacionado mais comumente a libido, erotismo, prazer, desejos, vontades particulares e expressão sexual, formando não apenas 1 fetiche, mas vários fetiches dentro de um modo de vida que conduz seus adeptos a várias formas diferentes de ter prazer e satisfação em si mesmo e dar prazer ao outro. Vejo o feederism dentro de uma pluralidade e não singularidade, que nem sempre temo teor sexual. Logo existem várias formas de se ter e oferecer prazer tanto pessoal íntimo, como sexual. Mas pra alguns é algo que oferece uma alegria, satisfação e bem estar muito particular, que não chega a ser prazer nem vontade sexual. Embora a realidade é que a maioria dos feedists sintam em algum momento a parte sexual e erótica relacionada a ações e comportamentos que cada um desenvolve pelo Feedism. Logo, ele nunca deixará de ter sua parte fetichista, que pode ser entre um casal, ou solitário. Fica claro portanto que o Feederism é um modo de vida que tem em si, vários fetiches e formas de viver esse estilo de vida tanto sexualmente falando como numa alegria e satisfação secreta, seja em aumentar o tamanho do seu corpo, ou ver o aumento no outro, ou sentir as sensações corporais quando se joga no ato de comer até atingir o limite suportável de seu corpo, não importa como você tem o feederism em si. Pode ser diferente de como eu tenho, mas todos vamos conduzir ações, planejamentos, sentir satisfação, alegria, empolgação, saciedade, estimulação de um desejo sexual ou sensualidade, ou simplesmente ir dormir com um sorriso feliz nos lábios porque comeu mais da conta, passa a mão em sua barriga e a sente maior por isso e pensa: ” como é bom essa sensação”. Simples assim!  

“Aquele que conhece a si mesmo, é um homem livre”.

“Aquele que aceita a si mesmo com alegria, não há correntes familiares ou sociais que o diminua, limite ou prenda”.

Todos os dias recebemos ordens do que comer, onde comer, o que vestir, o que calçar, que marca usar, o que é bonito, onde ir no fim de semana, que música não ouvir, que modelo de beleza é desejável, que tipo de corpo você deve ter. E aí? Quem você vai escolher pra ouvir? Quem vai escolher mandar em sua vida e ditar como você tem que ser? Na dúvida, ligue o “dane-se” e seja você mesmo. Não sabe quem você é por anos de sugestões do meio? Então leia a primeira frase que está logo acima entre parênteses e procure a liberdade íntima. E se ainda tiver dúvidas no que escolher, escolha sempre: SER FELIZ CONSIGO MESMO, NÃO IMPORTA O QUE OS OUTROS DIZEM. Afinal se você não escolher, haverá quem escolha por você. Se você não aprender a colocar suas vontades e opiniões, você será esmagado pela sociedade e vira mero fantoche, sem identidade própria.

Espero que esse texto tenha esclarecido sobre o que não é Feederism. Lembrando sempre que essa é minha visão íntima sobre meu modo de vida; o Feederism.


Bjo da Vênus! 



quarta-feira, 15 de outubro de 2014

RESPOSTAS AO GRUPO FEEDERISM BRASIL


Vamos esclarecer alguns pontos, mesmo sendo repetitiva. Mas parece que tem gente que precisa ler cinquenta mil vezes a mesma coisa pra entender.  

Não devo explicações a quem me acusa. Não preciso me explicar pra nenhum acusador, e se alguém comprou mentiras, azar de quem as comprou.   

Mas acho que hoje alguns membros do Grupo Feederism Brasil podem estar confusos, principalmente os que criaram de certa forma uma relação de confiança com a Vênus. Estes merecem uma posição de minha parte e é por eles que faço essa nota de esclarecimento.

Primeiro ponto: É fácil pegar várias fotos recentes de menos de dois anos atrás e dizer “olha aqui a mentirosa” ! Concluindo portanto que inventei lorotas, quando declaro que sou feedee e já passei de gordinha, logo todo a resto não passa de uma grande farsa. Burra é a pessoa que engoliu essa história. Mas aqui não está em jogo se eu sou gorda ou não. Mas se o que passei ser é verdade ou mentira, não somente nas matérias do blog, mas de tudo o que converso com os membros do grupo, seja in box, em particular ou através dos comentários do grupo e blog.

Então vamos lá; É fato declarado inúmeras vezes que eu fui magra a maioria dos anos de minha vida. Também é fato exposto que comecei me descobrindo como feedee gordinha, com dois dígitos. Também não é segredo minha declaração que engordei aproximadamente trinta quilos ou mais em poucos meses. Logo, as fotos irão oscilar muito. Basta usar o poder divino dado por Deus de raciocínio.

Sei que estão divulgando fotos. E desta vez são de fato, minhas sim. Mas antigas. Algumas outras um pouco recentes, mas antes de eu entrar para o Feedism.

Agora eu desafio quem quer que seja, a postar uma foto minha de cabelo curto e de forma magra. Quem tem? Pago dez mil reais aquele que aparecer com uma foto dessa. Sabe por que? Porque ela simplesmente não existe.  Fiz uma cirurgia de retirada de um tumor no cérebro pouco antes de ser desperta para o feederism, e raspei a cabeça. Logo meu cabelo atualmente está na altura do ombro. Portanto não existe no mundo foto minha de cabelo curto e magra. Mas você é o cara! E aí? Tem? Se tiver a hora é agora! Mostre quem é a mentirosa, quem criou uma farsa.

Francamente, não vivo escondida. Se a Vênus não mostra o rosto, não é por algo que tenho vergonha de mostrar. Muito pelo contrário. Sou vaidosa e orgulhosa de mim e teria o imenso prazer de publicar uma foto minha e dizer “olhem como o Feederism me engordou, como estou gorducha, pançuda e estou bem com isso”. Meus amigos mais chegados, família, meus filhos sabem o que sou em essência, embora não tenham a capacidade de entender sobre Feedism. Meu mundo é um orgulho pra mim e não motivo de vergonha que deva me esconder atrás de um avatar. O que ocorre é que a Vênus já foi construída na mente de todos dessa forma. E não vou descontruir isso dando um rosto a ela. A Vênus está além de mim agora. Ela não tem rosto, além do dela mesma: a Deusa da fartura e fertilidade. O que por ironia, a própria estatueta não tem rosto. E se não mostro fotos minhas, é por essa simples questão. Porém agora, torna-se até necessário por motivo de proteção de malucos como esses, e outros que surgiram antes dele (se não for a mesma pessoa). 

Não é a primeira vez que passo situações desagradáveis e pior, indo mais intimamente, criando fakes pra tentar causar uma separação entre meu feeder e eu (o que parece algo inusitado, mas aconteceu). Como também acusações por e-mails de gente dizendo que sou um feeder que criou a Vênus pra ganhar notoriedade, de que os textos não são meus, que não acreditam no que eu declaro, que sou uma marqueteira. Fakes me cercando e tentando achar meu perfil pessoal, vejo conversas minhas divulgadas por aí. Já tive que lidar com uma invasão de hacker nos meus computadores e ter meu perfil pessoal deletado e minhas páginas bagunçadas, sem falar na conta de e-mail que tomaram posse e deletaram todos os meus arquivos guardados de mais de sete anos de endereço eletrônico. O que diretamente nada pode ter a ver com a Vênus, mas com meu modo de lidar com pessoas via internet. Mas sinceramente hoje, mediante a isso, não sei se esses eventos estão interligados. Ou talvez o peso de ser  a Vênus está me deixando meio paranoica.

 Mas o fato é que vira o mexe tenho que lidar com situações do tipo. Por que? O que de interessante as pessoas veem tanto na minha vida pra perder tanto tempo assim? Depositar tanto esforço em invadir minha máquina e bagunçar minha vida on line? Por causa de fotos? Ler conversar minhas? Porque me roubar através de contas bancárias nem documentos foi, pois nunca tive nenhum problema nesse sentido. Não! Nunca entenderei completamente a razão disso. Se eu ainda fosse alguém famoso, um artista da vida, um político, até entenderia. Mas sou alguém comum. Mais uma no meio da multidão. E por incrível que pareça, passei por tudo isso e embora hoje as acusações sejam públicas, com o claro intento de denegrir a imagem que a Vênus construiu ou só me sacanear e rir as minhas custas, de alguém que me conhece na vida real ou quem eu sou fora do Feedism, não sei dizer. Só digo a quem quer que seja: Você é só mais um, meu caro.  

Acusações em nada me abalam, mas sei que essas pessoas ou essa pessoa que está por trás da Patrícia, é o cérebro mal intencionado e atrofiado. Quer avacalhar a imagem da Vênus? Tudo bem. Tente! Continue com suas brincadeiras, mas fique em mim, ok! Porque sei que você tem fotos minhas com meus filhos. E isso realmente eu não aturo. Que você nunca em sua vida use a imagem das minhas crianças pra qualquer fim. Se acha que ter fotos minhas é o máximo, e vou ficar com medo disso, parabéns! Se acha que manipular uma desiquilibrada psicológica contando mentiras a fim de usa-la contra mim, é divertido, congratulações. Devo ser uma Diva pra você. Mas pra ti, adoto o protocolo equino. Entretanto pro seu bem, não ouse usar a imagem dos meus filhos pra propósitos levianos e sujos. Por enquanto nem me importa quem seja você. Mas experimente usar a imagem deles, pois saiba que tenho meios de descobrir quem é você. Não sou de ameaças, porque cão que ladra não morde. Mas se me conhece, sabe a importância dos meus filhos em minha vida e do que sou capaz de fazer pra defendê-los. Então mexa comigo, mas não mexa com meus filhos.

Francamente, a única forma de ter essas fotos com meus filhos é através do meu antigo perfil de Orkut, já que nunca mostrei fotos com meus filhos pra alguém de nosso meio. Ou se você é o mesmo hacker que invadiu meu pc tempos atrás. Seja como for, você deve ser alguém bem insignificante e que não tem nada melhor a fazer na vida do que criar discórdia e encher o saco de quem está quieta no canto e só quer paz. Faça-me o favor, né! 

Segundo ponto; sou apenas uma pesquisadora? Sempre declarei que sou uma estudiosa sobre fetiches, trabalho com psicoterapia, e sou sim uma pesquisadora sobre o feederism quando passei a saber de sua existência. Não tem segredo nisso. Agora se sou feedee? Sim. Eu não conhecia o feederism. Era do mundo BDSM. Apenas passei a pesquisar sobre, quando me descobri como feedee. Ser feedee existe em mim, antes de eu saber sobre a existência do Feederism. Basta ler o Mundo Feedee da Vênus III, onde declarei que já vivia como feedee, e somente tempos depois foi que meu feeder me indicou caminhos de leitura me falando palavras chaves pra busca: Feedism, feeder e feedee. E a partir dai que comecei a ler sobre o que antes apenas vivia. Então a Vênus só existe, porque existia uma feedee muito antes da ideia de criar um blog. Não criei a Vênus em cima de algo que não existia. Pelo contrário. Ela embora seja uma personagem, somente existe pelo que eu sou como Feedee e não o inverso como muitos pensam. Absolutamente nada do que declarei esse tempo todo como Vênus feedee, foi invenção de um personagem. Ela é o que eu sou como feedee. E não a feedee que ela é tomou conta de mim. Até porque ela não nasceu pautada numa ficção. Mas na realidade, na minha realidade que vivi. Apesar de poder parecer que eu não sei quem sou e me misturo com a Vênus, sei muito bem quem eu sou e o que eu sou. E o que a Vênus é; nada além de uma parte de mim.  Agora quem quiser acreditar, acredite, quem não quiser, paciência. Minha vida em nada mudará por isso. E vou continuar comendo, gorda e redonda feliz da vida. Não estou aqui vendendo nada, nem preciso convencer ninguém. Talvez eu seja a Feedee que a maioria do grupo ou dos seguidores do blog nunca viram parecida e embora eu não seja a única com certeza, (talvez umas das poucas mais bem resolvidas do mundo sob algo tão complexo pro universo feminino), dúvidas se de fato sou assim, ou se invento pra conquistar algo, pode acontecer. Mas não é de minha natureza me promover à custa de algo que não sou. Então pela última vez, sou uma feedee que tem orgulho e amor por ser o que é, que embora tive momentos de dúvidas, hoje estou convicta do que sou. E não é a Vênus quem está declarando isso, é a feedee que há dentro de mim. Agora se o fato de eu ser uma feedee assumida, feliz e descomplicada que ama seu corpo gordo e o deseja maior ainda; incomoda, só lamento. Se essa feedee resolveu meter as caras e criar o primeiro blog pros feedists do Brasil ter um canto só deles onde a ideia deu certo, e isso incomoda os que tiveram a mesma ideia antes, mas fracassaram e não fizeram acontecer, também só lamento. 

Terceiro ponto: O que eu ganho com o Blog, o grupo e essa dedicação toda? Pois falaram que eu quero me promover. Promover a que? O que afinal eu ganho, além de muita pentelhação de saco? A única coisa que eu ganho é algo muito valioso pra mim, que é satisfação pessoal em poder ser útil dentro de um mundo que eu amo de todo coração. Mas não quero ser nenhuma deusa, mãe de nada, papisa de coisa alguma e nem quero ser famosa, pois se quisesse, já teria ido pra televisão. Nem quero que concordem com tudo o que eu digo. Declaro minhas visões da coisa. Se concordam legal. Se discordam ótimo! Sinal de que tem vida ativa inteligente no meio de nós. “Toda unanimidade é burra”. Sou uma pessoa flexível e aberta a mudar de opiniões mediante a argumentos inteligentes. Mas tenho minhas convicções e formas já definidas de ver as coisas e vou defendê-las sempre. É meu jeito e gosto dele assim. E esse era o motivo de ser admirada e odiada ao mesmo tempo nas comunidades que moderava no Orkut. Sou debatedora há mais de dez anos e vivo dentro de grupos de discussão defendendo o que acredito com vigor, sempre discutindo ideias e não pessoas. Quem não suporta minha forma de ver as coisas sobre o feederism, ou como conduzo as coisas, é fácil. Pegue o seu banquinho e vá. Crie um blog, um grupo. Quantos mais sobre nosso mundo melhor. Faça do jeito que acha certo, que achar melhor. Agora o que é feio é ficar minando o grupo e metendo o malho pelas costas. Quer debater? Tem argumentos? Então exponha ideias, vamos conversar. Adoro falar sobre Feederism. Mas não fique de cochichos nos becos virtuais, pois isso é coisa de gente burra e medíocre.

Mas no meio de tudo isso, não posso reclamar, porque afinal, de certa forma escolhi. E o que mais gosto em poder ser a Vênus, é exercer não o papel de detentora da verdade. A Verdade não está com ela, mas dentro de cada um. Não sou eu quem dita regras e diz o que cada coisa é, justamente porque acredito que ninguém tem esse poder. Cada um vai sentir o Feederism de uma forma única. Apenas coloco o meu parecer e opinião sobre as coisas. É meu direito assim como de qualquer um. Mas o que me impulsiona ser a Vênus é justamente poder agregar as pessoas. Oferecer-lhes meios para que possam se conhecer melhor estando em contato com outras pessoas de mesmos desejos e pensamentos afins. Ter a oportunidade de ajudar a quem viva num isolamento, ou se achando bizarro ou esquisito. Pois acreditem, no meio das minhas pesquisas e interação com pessoas desse meio, isso foi algo que mais me chamou a atenção; Carência, isolamento, frustração, conflitos. E quando descobri que a Vênus podia fazer algo útil sobre isso através do blog e do grupo, entendi o que afinal me animava em superar e lidar pacientemente com todos esses efeitos colaterais ruins. Era alegria pra mim quando pessoas chegavam pra Vênus e agradecia o espaço, pelo acolhimento, carinho, pelo incentivo ou apoio, ou até mesmo pelo “colo” que ouve desabafos de quem vive sufocada dentro de si mesmo, e ter a oportunidade de aconselhar. Isso fazia tudo valer a pena. Vi também que com o assunto indo parar na T.V por causa do blog, entendi que quanto mais pessoas conheçam o feedism de forma legal, aos poucos, mais pessoas vão se identificando e olha hoje: quantas pessoas há no grupo e seguem o blog por terem visto a matéria da Liga e se identificado, se descoberto, ou entendeu que ele não era o único a desejar e sentir as coisas daquela forma. E se há quem não entenda porque aturo tudo o que aturo, é somente por conta do que acabei de expor; ser útil ao criar meios para agregar e acolher potenciais feedists e ajudar de certa forma a uma aceitação íntima de quem sabe que o feederism está dentro de si ou pensa que está por conflitos íntimos, pois os mais experientes sabem que todos nós passamos por certos conflitos até nos assumirmos de verdade e com consciência madura pra si mesmo. Não é fácil ser o que somos. E claro, unir os feedists espalhados em sites americanos pra que possamos trocar ideias, nos conhecer e fazer amigos. Nada diferente do que já expus no blog na matéria: “Vênus, Feedee”. E pra mim, o quanto eu puder levar o Feederism como algo libertador e popularizar seu lado positivo, desmistificando distorções e explicando os efeitos negativos, colocando em analises, tirando o ranço de submundo obscuro, bizarro, marginal, modismo ou promiscuidade pueril, eu farei. Ninguém é obrigado a concordar que isso seja bom para o Feederism. Muitos dos que estão nisso há tempos, sequer se preocupam com o Feederism com um teor ”social”, mas apenas em como se satisfazer dentro disso. Não julgo ninguém e cada um que viva esse estilo de vida ou fetiche como bem quiser. Todos são livres pra pensar e fazer diferente, eu também sou. Respeito quem acredita que o feederism é algo pra ser mantido dentro de um véu social, escondido nos becos humanos como mais um fetiche sexual, tudo bem. Mas eu não penso assim.

E aí entra a Vênus que conseguiu ser mais do que uma feedee apaixonada por batata frita, smothie e ver sua barriga e seu corpo crescer. Ela criou meios possíveis e palpáveis pra fazer o Feederism algo de conhecimento público no Brasil. E embora nunca tenha pensando disso como um movimento, como essa semana um amigo comentou comigo, as coisas estão caminhando e hoje vemos mais sites e blogs tratando do tema não mais como monstruosidade, mas com a boa vontade de expor e deixar que outros analisem. E tenho certeza que o blog foi muito importante pra isso. Acho que temos muito a ganhar com a popularidade do Feedism no Brasil e quem sabe, passaremos a viver realidades, ao invés de muitas fantasias e sonhos  por falta de encontrar pessoas afins com os mesmos desejos e afinidades.

Porém o peso dessa possibilidade que ela abriu e uma possível conquista, está sendo grande demais pra mim, porque o que tenho hoje? Fotos dos meus filhos aí em mãos que gente que não sei quem é. Quando a proteção da imagem de meus filhos e família é responsabilidade minha. Agora fotos minhas? Tudo bem. Não vivo escondida como feedee. E tudo isso só me faz pensar: Porquê? Não consigo entender. Mas todas as situações negativas gerou em mim uma paranoia sobre qualquer fake que se aproxime puxando conversa. Fechei-me e por mais que seja gentil com as pessoas, não consigo mais ser eu mesma e espontânea. Medir o que falar? Nunca precisei disso. Mas sendo a Vênus, entendi que não dá pra ser diferente. E isso não está legal pra mim. Então me pergunto, preciso disso? Talvez a Vênus tenha ido até onde deu. Porque é um preço alto a ser pago. E por mais que eu tente convencer as pessoas a me deixar em paz, não tem jeito, sempre aparece um filho da puta pra causar bafafá e propagar disse me disse.

Quarto: Por que sai do grupo? Resolvi dar um tempo, pois acredito que vocês podem movimenta-lo sem mim e acolher bem os recém chegados, além de promover debates inteligentes e produtivos. Tem muita gente boa lá e experientes dentro do Feedism. Quis apenas me dedicar aos livros que estou escrevendo e ao blog. Senti-me um pouco desgastada pelas situações que se acumularam e quis investir minha energia em outras coisas tanto pro feederism como pra outras questões particulares, pois tenho uma vida fora do feederism, não sei se muita gente sabe. E pensava em voltar assim que me sentisse bem pra isso. Mas hoje não sei mais. O Daniel é meu amigo íntimo e assim como o Juscelino é de minha total confiança e poderá tocar o grupo com o mesmo zelo e compromisso que eu tocaria. Então estão em boas mãos.

Quanto a Vênus. Amigos mais chegados falam porque não me livro da Vênus e acabo com tudo isso, todas as especulações e disse me disse?

Bom, a Vênus não me pertence mais. Sem querer ser arrogante e me gabar, mas ela se tornou algo mítico. Ela tem vida, tem história e alma. Que eu dei mediante ao que eu sou como feedee, ao que vocês dão e ao que muitos precisam; alguém que os entenda e der um lar onde muitos feedists possam ser aceitos e entendidos, e que todos falem a mesma língua. Parece meio piegas, mas é essa necessidade que percebi nas minhas andanças no mundo feedist. E eu me sentiria egoísta se simplesmente a destruísse, apagasse de vez tudo o que ela fez. Além do mas, quando eu não puder mais estar por trás da Vênus, outra pessoa pode assumir sua pele, o personagem e continuar o trabalho dela. Hoje a Vênus é o que eu sou. Mas amanhã pode ser outra pessoa que a assumirá e aí sim, ela será um personagem de ficção (baseada em fatos reais ahahaha), porque a pessoa na qual ela foi espelhada existiu, mas já não estará por trás dela.  

Estão me perguntando sobre o blog. E esclareço que o blog nada tem a ver com o grupo. Não o abandonei nem o abandonarei. Vou continuar com ele e meus projetos. Mas atualmente quero me afastar do convívio mais íntimo, talvez de tudo um pouco. Preciso respirar. E ser só a feedee, a mãe, a mulher, a pessoa. Por quanto tempo não sei dizer.

O perfil da Vênus no facebook, vai ficar off e não entrarei mais nele por um tempo, pois a única causa dele, era o grupo e a página Feederism Brasil.

Mas quem quiser falar com a Vênus, o e-mail do blog feedismbrasil@gmail.com está ativo. E no Hangouts vez ou outra apareço quando abro os e-mails do Blog.

Obrigada a todos que tem REAL carinho pela Vênus e confiam nela. Obrigada também a todos os detratores e filhos de chocadeiras, que enquanto querem jogar minha idoneidade na lama com mentiras e intrigas, me fortalecem cada vez mais. E saibam que a única lama que me deito é de calda de chocolate pra me acabar de tanto rolar e me lambuzar como uma boa, roliça e gorda porquinha! 

É isso!

Termino com uma frase que gosto muito:

“Aqueles que atravancam meu caminho, passarão. Eu, passarinho” Mario Quintana.