quarta-feira, 30 de julho de 2014

Mundo Feedee Da Vênus IV


Bom dia, Boa, noite, Boa tarde!

Pra minha volta, trouxe o "Mundo Feedee da Vênus V, trazendo um texto que fala sobre as feedees e seus perfis. Destacando as que sempre foram cheinha e com tendências a obesidade.

Sei muito sobre feedee através dos feeders que conversei. E cada um dos feeders, trazia impressões e um pouco desse mundo feedee. E fui analisando e refletindo tendo em vista a mim mesma, e ao aspecto da obesidade e sobre peso nas mulheres, que isso é um assunto que domino bastante.

Não tem como falar sobre feedee e não falar sobre obesidade. Simplesmente não tem.  Então vamos dividir em partes até chegar a mulher feedee e suas nuances.

Não falarei sobre estatísticas, mas mais da metade da população feminina do Brasil tem geneticamente e metabolicamente tendências a engordar. Como outros poucos não têm. Comem de tudo e não engordam. “São os magros de ruim”. Isso está relacionado a metabolismo e genética. Não vamos entrar no assunto técnico sobre o que é e como funciona o metabolismo em nós. Se o Daniel quiser pode dar um help nesse tocante, a vontade. Mas o que quero abordar é que as mulheres, e vamos falar em termos de Brasil, têm tendências desde crianças à obesidade atualmente. Somada a costumes alimentares e regionais, ela irá ser uma criança com sobrepeso pelo menos. E no meio social onde não se aceita obesidade e tratam os obesos como atrações circenses e alvo de olhares espantados, ou de piedade, sem falar nas piadinhas, ser gordo não é nada fácil. Então temos o panorama de uma pessoa que desde criança tem problemas com a balança e sofre com pressões e gozações por isso. 

 E como é a vida de uma criança gorda na escola e entre amigos? Em minha época era o pior cenário possível. Eu sofri, o que hoje se chama de Bulling (o que na minha época era puro sarro) minha vida inteira escolar, de forma ostensiva e sem piedade. Chegaram a fazer musiquinha pra mim, tipo slogan! E quando eu passava eles começavam a cantar as risos a musiquinha da gorda, bojão, casa da banha, bolo fofo, balofa, rola de poço, e por aí vai. Mas o que eles gostavam mais era bojão e casa da banha. Porque em minha época na rua onde morava havia um mercado chamado Casa da Banha, cuja propaganda era de um porquinho muito fofo. Eu odiava aquilo, mas em vez de me retrair, chorar e me esconder, ou falar com meus pais, eu ignorava na maioria das vezes. E outras tantas vezes, arquitetava vinganças aos líderes da zoação contra a gorda. Certa vez joguei um deles num valão. Havia dentro de mim um desequilíbrio porque por mais que sejamos “to nem aí”, a forma ostensiva um dia vai nos atingir. Mas o que não me deu baixo estima, é que além de minha personalidade ser “brava”, pois eu não via em primeiro plano as ofensas a mim, via que estavam querendo me ferrar e isso merecia retalhação. Além disso, em contra parte, eu era gordinha, mas era bonita. Então muitos meninos viviam me paquerando e me mandando bilhetinhos pra me encontrar no recheio ou depois da aula. Inclusive, pasmem, um dos líderes da gangue do mal. Mas nos anos oitenta, a zoação escolar era contra tudo o que fosse alvo de preconceito e fora dos padrões, incluindo os negros. Nossa, eu sofria muito mais pelas zoações contra os negros do que contra mim mesma. Tinha uma menina negra na minha sala, que cortava meu coração, pois ela chorava, ficava horas no banheiro escondida e eu do lado de fora querendo dar porrada três por quatro nos garotos.

Vamos então imaginar um cenário de uma garota que sofre o que eu sofri na escola durante anos, e ela não tem a minha personalidade, mas a da minha amiga negra. Como essa criança vai crescer psicologicamente? Como será o olhar dela pra sua beleza, pro seu corpo? Ela vai entrar na adolescência talvez enfrentando menos zoações no colégio, mas sempre será vista como a gorda da sala. E poucos garotos chegaram até ela. E ainda tem mais. Quem chegar nela, será alvo de chacota pelos outros: “qual é ? tá querendo pegar a gorda, é?”

As crianças que sofrem de bulling passam a odiar o alvo do bulling porque ele é a razão de todo o seu sofrimento. E passam a não gostar e a ter vergonha do seu corpo, e consequentemente de si mesmas. Se sentem inferiores, menores e mais feias e indesejadas em comparação a outras mulheres. Somos formadas impiedosamente a crescer e ser um adulto com essa mentalidade. Muitas poucas pessoas não terão sérias consequências por isso na fase adulta.  Isso cria feridas e programações mentais difíceis de tirar e mudar.

Ela irá se tornar uma adulta complexada, de baixo estima, e envergonhada, de mal com seu próprio corpo, pois ele foi o agente de tantas humilhações e desrespeito que sofreu a vida inteira.

Agora vamos imaginar que essa mulher descobre um mundo onde ela pode ser capa de revista, modelo e desejada como a Viviana Araújo em seus tempos mais áureos? Que tem homens que a desejarão, a olharão com tesão e simplesmente a acharão linda? Que ela pode se exibir, mostrar seu corpo antes escondido por vergonha, mas que descobriu que ele pode ser considerado belo, excitante e fonte de prazer? Vamos esquecer a feedee. Ainda não entramos nessa parte. Se ela descobre sites como Stuffer31, Big Cuties sua cabeça irá girar. Ela vai entender que tudo o que sofreu a vida inteira, foi educada a pensar e não querer sobre si mesma, era apenas o que um grupo de pessoas achava. E tem outra parte do mundo que a deseja e a acha bonita, assim como ela é.

E aí elas descobrem o oposto. E o mais comum é querer desesperadamente tudo o que não teve quando adolescente e na idade juvenil. Vai querer elogios, se sentir desejava, linda, paparicada, disputada e fará de tudo pra isso. Quer se sentir uma modelo, posar pra fotos, fazer vídeos, pelo simples desejo de se sentir aceita, bela e querida. Ela é carente disso tudo, porque negaram a vida inteira pra ela, só por ser gorda. Isso é perfeitamente compreensível e até um caminho meio que inevitável. Não generalizando, mas digamos psicologicamente falando, é o comportamento que será o mais comum. Isso não é vaidade e egocentrismo? Dentro desse cenário, pode tornar-se. Mas o primeiro impulso não é a vaidade, mas sim, querer ser aceita e desejada. E aí pode desenvolver um egocentrismo e vaidade sim. Mas e daí? Quem quer sempre ser dito como feio, ridículo, magro ou gordo, ser sempre tratado como alguém inferior ou indesejado pelo sexo oposto? Quem falar que não liga pra isso, tá mentindo, me desculpe! Porque foge da nossa natureza humana. TODO E QUALQUER SER HUMANO, quer e precisa ser aceito pelo meio que vive. Reparem na criança. Uma criança que nunca recebeu carinho, estímulos positivos, palavras que a elevem, que elogie as coisas que ela faz, e que ela sempre pergunta: “Tá bonito, ficou lindo, To legal, to fazendo direitinho? O que ela quer com isso é aceitação, é incentivo, e ser elevada. Ela precisa disso pra crescer um adulto psicologicamente saudável e confiante. Agora uma criança que não teve isso, vai crescer um adulto frio e isolado do mundo, pois se acha inferior, que não faz nada certo, que é incapaz, é medroso, tema não ser aceito e ser criticado. E se viveu dentro de um ambiente violento, vai suprimir essa violência e ser violento também, pois somente somos capazes de dar o que recebemos.
Todos nos somos vaidosos e precisamos de incentivos. Precisamos estar inseridos dentro de grupos e ser aceitos. Essa é a natureza coletiva do homem.
Muitas mulheres, modelos dos sites citados e outros tem esse perfil acima. Em essência não são fetichistas. São bbws, gordas, ou ssbbws. Que podem até brincar de foodee ou feedee. Mas não são.   E outras sim. Mas nem todas.

Sem entrar em questões financeiras que é outro fator bem interessante e estimulador para se tornar a Miss BBW do ano. Dentro desse mundo, muitas mulheres ganham dinheiro com isso. Sendo modelos e porque não explorando um tipo de prostituição ao receber algum tipo de “prenda” como dizia a Gal Costa em Folhetim, para se exibir comendo ou mostrando o corpo? Por que não usar o corpo que foi tanto alvo de desprezo e chacotas para ser alvo de algo lindo, desejado e que ainda se podem render lucros? Apenas fazendo uma ressalva muito importante. Não me refiro aqui as modelos plus size. Esse grupo nada tem a ver com que o que estou falando. Estamos aqui discorrendo sobre as modelos dentro do mundo Feedist.

Calma aí. Não estou dizendo que o mundo feedee é assim. Que as feedees são assim. Longe disso. Mas a realidade é que muitas bbws e ssbbws que estão dentro disso, não estão pelo fetiche, mas por outras questões. Algumas citadas acima.

Então coloquei duas questões; a por necessidade de ser admirada, pela carência de atenção do sexo oposto, etc. E algumas somadas a oportunidade de ganhar dinheiro com isso.

Mas algumas delas, sim, se tornam de fato fetichista. A maioria foodee. Mas fato é que nem todas as lindas e grandes mulheres que vemos nos sites e vídeos são fetichistas.

Muitas se dizem feedee ou foodee, mas quando vamos adentrar no interior delas, vemos que na verdade não são.

Um costume bem americano é de oferecer comida para ver on line a feedee ou foodee comendo. Donna Simpson criou um site pago para que as pessoas pudessem vê-la devorando grandes quantidades de comida. E ela mesma em entrevista já revelou que recebia entrega de comida em casa e de suplementos. Não estou julgando isso, apenas relatando fatos e situações que existem dentro do feedism.

Eu mesma já recebi através de e-mail proposta do tipo. Ofereciam uma entrega de comida e mais um depósito em conta para que eu fizesse um stuffing on line. Coisas do nosso mundo!
Mas o mundo feedee é complexo. Tão complexo, que vejo muito mais difícil de entender e analisar do que o mundo mutual ou feeder.  Ah claro, né! Quando tem mulher no meio, complica! Somos complexas! Um universo inteiro e maravilhoso a ser desvendado!

Mas vamos pegar agora o primeiro perfil, a que sempre foi gorda e humilhada por isso, rejeitada e doutrinada no chicote a se achar feia.

Estamos quase chegando na feedee. Calma!

 Por todo o quadro que ela deve ter passado, imaginamos essa mulher com baixa estima, frágil psicologicamente por tanta bordoada que já levou dos homens e do meio que a cerca. Umas chegam ao extremo da revolta de um “ferrem-se! Amo meu corpo”. Mas na realidade, isso não é verdade. Ela precisa falar trilhões de vezes por dia isso, pra se convencer que ama seu corpo grande e gordo. Mas no fundo, almeja ser magra, só que não consegue. É sua forma de se defender do mundo. E ainda tem as outras sem defesa alguma, que vivem retraídas, escondendo as banhas, não indo á praia, tendo vergonha se tirar a roupa pro parceiro, apagando todas as luzes, odiando cada banha de sua barriga e celulite. Ela se sente feia e transmite essa feiura em timidez, traumas e baixo estima. Até o falar delas é retraída, pra dentro.

Imagine essa mulher sem defesas e frágil, encontrando um feeder. O feeder a fará se sentir a mulher mais linda do mundo. Fará de tudo pra quebrar todas as correntes psicológicas que a prendem a uma monstra gigante e ridícula gorda. Fará de tudo pra reprogramar a mente dela para a aceitação do seu peso e entender que ele é belo assim. Lindo, não?

 Mas isso tem um preço. A de engordar mais e mais. O feeder vai querer engorda-la mais. Se ele conseguiu quebrar as programações mentais grudadas com durapox nela, ela engordará tanto quanto ele quiser. Porque ele passa a ser o seu ponto de referencia de si mesma como alguém linda, alguém realmente desejada e amada. Agora pelo que ela é e mais ainda pelo que ela pode se tornar; maior e mais gorda. Esse perfil de mulher é manipulável facilmente e se pegar um feeder dominante e manipulador, com o agravante de egoísmo, ele a fará engordar até onde ele quiser. Sem se preocupar com o bem estar dela. E tão somente só consegue enxergar o que ele deseja ardentemente que é transformar uma mulher em bbw ou ssbbw a todo custo.

Mas os feeders são assim? Muitos são sim. Não adianta querer colocar panos com purpurina pra ficar bonitinho. Em nosso mundo existem pessoas egoístas que só pensam em si e no que desejam. O outro é apenas um objeto que o levará a sua satisfação pessoal. Isso é do ser humano, como colocado em outros textos e não um perfil Feeder. Péssimos companheiros e parceiros se acham em qualquer grupo.

Mas nesse cenário...Será mesmo que ela se tornou feefee? Ou uma mulher que coloca a relação e o amor pelo feeder acima de suas próprias ideias e vontades? Que sua vontade na verdade, passou a ser a vontade dele? Que pela relação, pela dedicação dele, pelos estímulos, e aceitação dele, ela é capaz de tudo o que ele quer? Ela come muito, tudo o que ele manda, ela engorda assustadoramente, por ele e não por ela, nem muito menos pelo fetiche. Será mesmo que essa mulher desenvolveu o fetiche?

Ela se tornou dependente dele, da relação e de tudo o que ele oferece a ela, de tudo que ele a alimenta. De “amor”, desejo, confiança, beleza. Ele a faz se sentir a mulher mais linda e mais desejada do mundo. Pra uma pessoa que nunca teve isso na vida, é algo de fato que ela tentará prender a todo custo com unhas e dentes.

Acredito e isso é algo meu que ninguém me convencerá do contrário, que o fetiche é algo que nasce de dentro pra fora. Não são atitudes, nem posturas que nos diz sermos isso ou aquilo. Mas o que sentimos, o que fantasiamos, que nos anima, o que nos faz esquentar por dentro, do que nos move inconscientemente como um instinto, o que faz nossa libido subir, sem precisar que alguém nos mande fazer ou sentir nada. Uma mulher pode engordar 50 quilos em dois meses. Pode comer muito de meia em meia hora. Pode ter prazer em comer, claro, isso todos nos temos, pode gostar e se excitar em filmar isso, pode gostar de se exibir fazendo isso. Mas isso tudo não quer dizer absolutamente nada.

Como assim Vênus?

Existem muitas razões que podem levar uma mulher a adotar um comportamento feedee, ou foodee ou gainer. Isso já deu pra entender desde o começo do texto. Muitas razões, menos a única realmente necessária; a que o fetiche nasceu nela de dentro pra fora. E suas posturas passam a ser por ela, pelo seu mais puro prazer e desejo. E não por outras causas. Quando isso ocorre, ela sim, se tornou uma feedist.

Existe uma linha de pensamento que diz que há dois perfis de feedee. As que engordam por si porque tem prazer e as que fazem isso pela relação. Discordo categoricamente.

 As que fazem pela relação se encaixa no primeiro perfil, e portanto ela na verdade não é feedee. Ela apenas adotou um comportamento coordenado pelo feeder, e fará de tudo pra não perde-lo e irá seguir o que ele deseja. Porque quanto mais ela come, mais engorda, mais o desejo dele cresce e sentir isso é fantástico por si só. Somado a uma mulher que sempre foi rejeitada e pouco amada pelos homens, pode-se tornar o centro de toda sua vida. Perigo a vista!

Ser feedee ou foodee ou mutual, não é algo que podemos inventar e interpretar que nos fará ser. Muitas interpretam apenas. Ser na realidade, poucas o são. Muitas adotam o comportamento por carência e necessidade gritante de ser amada e desejada. Mas isso não a faz ser de fato. Essas podem realmente no meio do caminho desenvolver, aflorar a feedee ou foodee interior, mas somente se a tiver em si.

Entendam que não estou desmerecendo ninguém. Apenas tenho convicções que podem estar erradas, mas é assim que vejo e sinto.

Vênus, até que ponto então você é uma feedee de fato ou não adotou tal comportamento pelo parceiro?

ahahaha Já me fiz essa pergunta pelo menos umas mil vezes. Quem sabe, talvez eu não quisesse ser feedee. Talvez eu quisesse que fosse verdade que tudo o que faço não é por mim, mas pelo feeder. Pois tudo seria fácil. Bastava terminar a relação e eu voltaria a ser quem eu era e não comer tendo orgasmos. Pois ser feedee é maravilhoso e me orgulho disso, mas não é fácil e temos preços a pagar por essa alegria e paixão. Então é quem acha legal brincar de feedee, e não sabe onde está me metendo, fique na brincadeira mesmo.

 Mas a realidade é que o que eu sou, nasceu. E não tem como voltar atrás e desligar o botão feedee. Posso controla-lo. Mas desligar não. Mesmo que um dia me desligue do meu feeder, continuarei tendo o mesmo comportamento. Já vivemos afastados e isso em nada alterou meus desejos e como eles se manifestam e gritam em mim. Então não posso dizer que sou assim, por ele, ou pela relação. Sem contar que eu não me encaixo no primeiro perfil. Eu apenas fui gorda uma parte de minha infância. Mas quando entrei pra adolescência, emagreci assustadoramente, pois minha mãe que é contra obesos até hoje, me levou pra tratamento para perder peso. Sequei. Se eu ficasse de lado, era quase imperceptível no ambiente, dando pra me esconder facilmente. E me mantive magra e em forma até meu primeiro filho nascer já adulta. Eu era considerada muito bonita dentro dos padrões e nunca tive problemas com o sexo oposto. Só se fosse pra escolher com quem ir ao cinema aos sábados a noite. Sempre fui alto confiante, mas tinha certa neurose em me manter magra, pela educação que recebi e a linha dura que minha mãe fazia. Mas quando sai das asas dela, relaxei e foi quando comecei a engordar por causas não naturais como já foi contado aqui.

Como é uma feedee na real?

Pra mim, assim como no feeder,  existem duas situações. A relacionada à comida e a relacionada a engordar. Não entendo que as feedees que curtem engordar são gainer. Portanto não me acho gainer. Posso estar inclinada a engordar ou não. Mas a relação com a comida sempre, “always and forever” haverá. Com ou sem feeder. E é isso que faz uma pessoa ser feedee. É a sua relação com a comida. Ela pode ser gulosa, adorar comer até não aguentar mais. Mas isso não faz dela ainda uma feedee. Para que uma pessoa seja uma feedee legitima, ela precisa amar comer, ser gulosa, mas precisa sentir prazer erótico e se excitar com a comida que come, com a sensação que a comida provoca nela, acionando esse prazer ao estímulo sexual. Por isso não basta engordar, não basta ser glutona, não basta amar comer e assaltar a geladeira. Precisa do fator X, fundamental e determinante. É ai que o fetiche se estabelece. E isso NINGUÉM, nem o melhor feeder do mundo, pode fazer acontecer numa pessoa. Ele pode conduzir, dar caminhos, mas se vai realmente nascer esse prazer, não depende de ninguém. Ou ele nascerá ou não. Eu recebi portas e caminhos, mas o despertar é solitário. Porque é algo de dentro que se manifesta em atos, ações e vontades. E não ao contrário. 
Então podemos entender que o cerne de ser uma feedee é sua relação com a comida e não prioritariamente engordar. Isso é uma consequência que ela gosta, que lhe dá prazer, mas esse prazer não é como dos gainers “puros”.

Pode ser uma feedee e gainer ao mesmo tempo?

É complicado, porque eu acho que o comportamento gainer, faz parte da feedee. O modo como ela gosta de engordar é que é variável. Sou inclinada a entender o termo gainer, não como um personagem do fetiche, mas parte da feedee. Porém ainda não tenho uma opinião fechada sobre esse tocante. Toda feedee é uma gainer quando ela começa a ganhar peso. Mas nem sempre ela quer engordar mais. Já os gainers, se centram na engorda e esquecem um pouco o prazer da comida. Seu prazer estar em engordar, em perder roupas, em subir ponteiros. São perfis um pouco diferentes. Gainers geralmente são sozinhos e não se importam em engordar sozinhos. É um prazer íntimo e pouco compartilhado, diferente da feedee que tem em sua natureza a necessidade de ser alimentada e dividir seu ganho com o parceiro. Engordar sozinha, não é tão prazeroso quando se faz isso com um feeder junto. Já para o gainer, ele gosta e quer incontrolavelmente engordar. Gosta de ser estimulado por qualquer pessoa e tem prazer em mostrar o quanto já ganhou. Para os gainers o tesão está em engordar e a comida é apenas um meio para que isso aconteça. Ele calcula, mede, pensa o que poderá comer que o engordará mais. Que tem mais calorias e não o que lhe dá mais prazer. Todo esse esforço é recompensado quando ele sobe na balança e vê que engordou, que suas roupas estão apertadas e sente que a calça está marcando sua cintura de tão apertada. Ele se excita com isso. Se uma pessoa chega e diz: “poxa, acho que você engordou muito”. Isso pode causar uma ereção num gainer.  Já para a feedee ela apenas gosta e se sentirá orgulhosa, mas não ao ponto de ter um prazer “orgasmático”. Isso ela tem com a comida. A diferença entre um gainer e um feedee está justamente na intensidade de engordar e a relação com a comida.  Agora esses dois extremos podem pertencem a uma pessoa só. O que muitos entendem como uma feedee gainer. Eu prefiro dizer apenas feedee e sua relação com a engorda. Mas realmente há um diferencial aí que não há como desprezar, que é a questão de ser alimentada. A feedee necessita de seu par para alimentar sua gula e estimular sua engorda. Já o gainer não.  É comum ver gainers homens e mulheres que se lançam em engordar sozinhos e compartilha isso on line, recebem vários incentivos de feedists e são completos assim. Já a feedee necessita de um feeder. E ele de uma feedee. O fetiche de uma feedee só é completo junto ao par e vice versa. O que não ocorre com foodees, nem gainers. Que podem perfeitamente curtir o feedism sozinhos. Não que uma feedee não possa, mas quando a feedee está sem feeder, ela acaba sendo mais uma foodee pois o prazer de comer jamais será “desligado” dela. Pois lembrem-se que em minha opinião o que define a feedee não é a necessidade de engordar, mas sua relação com a comida.

Começo a navegar em águas perigosas porque uma feedee também pode curtir engordar sozinha, sem um feeder, mas de tudo o que já percebi e pude ver nas pessoas, elas em geral não se sentem inclinadas a altas engordas sozinhas. O que não ocorre com os gainers.

Mas quero parar aqui e deixar que vocês completem e enriqueçam com suas opiniões sobre essa complicada questão de feedee e gainer.

E uma última colocação... Meninos, nem todas as belas e lindas bbws que circulam borboleteando em nosso universo são o que dizem ser. Como nem todo feeder tem bom caráter e respeito por sua feedee, podendo manipula-la facilmente como um pet de estimação. Então observem, não caiam de cabeça assim, conversem e entendam primeiro o que é afinal uma feedee e um feeder. 

E mulheres... aprendam a se valorizar e a se amar. Deixem feridas velhas fecharem. Pois aquele que aprendeu a amar a si, não cai em armadilhas de filhos de chocadeira desequilibrados, porque elas simplesmente não precisam deles pra ser feliz e amada. Fica a Dica!

 E outra... Feeder tem aos baldes e a escolher. Você que é feedee não. Então se valorize e não ache que o seu feeder é o último biscoito recheado do pacote, nem a última gota de shake no deserto. Tem mais, muito mais por aí! Basta abrir a mente, os olhos e o coração!


Bjo da Vênus

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