Bom dia, Boa, noite, Boa tarde!
Pra minha volta, trouxe o "Mundo
Feedee da Vênus V, trazendo um texto que fala sobre as
feedees e seus perfis. Destacando as que sempre foram cheinha e com
tendências a obesidade.
Sei muito sobre feedee através dos
feeders que conversei. E cada um dos feeders, trazia
impressões e um pouco desse mundo feedee. E fui analisando e refletindo tendo
em vista a mim mesma, e ao aspecto da obesidade e sobre peso nas mulheres, que
isso é um assunto que domino bastante.
Não tem como falar sobre feedee e não
falar sobre obesidade. Simplesmente não tem.
Então vamos dividir em partes até chegar a mulher feedee e suas nuances.
Não falarei sobre estatísticas, mas
mais da metade da população feminina do Brasil tem geneticamente e
metabolicamente tendências a engordar. Como outros poucos não têm. Comem de
tudo e não engordam. “São os magros de ruim”. Isso está relacionado a
metabolismo e genética. Não vamos entrar no assunto técnico
sobre o que é e como funciona o metabolismo em nós. Se o Daniel quiser pode dar
um help nesse tocante, a vontade. Mas o que quero abordar é que as mulheres, e vamos falar
em termos de Brasil, têm tendências desde crianças à obesidade atualmente.
Somada a costumes alimentares e regionais, ela irá ser uma criança com
sobrepeso pelo menos. E no meio social onde não se aceita obesidade e tratam os
obesos como atrações circenses e alvo de olhares espantados, ou de piedade, sem
falar nas piadinhas, ser gordo não é nada fácil. Então temos o panorama de uma
pessoa que desde criança tem problemas com a balança e sofre com pressões e
gozações por isso.
E como é a vida de uma criança gorda na escola
e entre amigos? Em minha época era o pior cenário possível. Eu sofri, o que
hoje se chama de Bulling (o que na minha época era puro sarro) minha vida
inteira escolar, de forma ostensiva e sem piedade. Chegaram a fazer musiquinha
pra mim, tipo slogan! E quando eu passava eles começavam a cantar as risos a
musiquinha da gorda, bojão, casa da banha, bolo fofo, balofa, rola de poço, e
por aí vai. Mas o que eles gostavam mais era bojão e casa da banha. Porque em
minha época na rua onde morava havia um mercado chamado Casa da Banha, cuja
propaganda era de um porquinho muito fofo. Eu odiava aquilo, mas em vez de me
retrair, chorar e me esconder, ou falar com meus pais, eu ignorava na maioria
das vezes. E outras tantas vezes, arquitetava vinganças aos líderes da zoação
contra a gorda. Certa vez joguei um deles num valão. Havia dentro de mim um
desequilíbrio porque por mais que sejamos “to nem aí”, a forma ostensiva um dia
vai nos atingir. Mas o que não me deu baixo estima, é que além de minha
personalidade ser “brava”, pois eu não via em primeiro plano as ofensas a mim,
via que estavam querendo me ferrar e isso merecia retalhação. Além disso, em
contra parte, eu era gordinha, mas era bonita. Então muitos meninos viviam me
paquerando e me mandando bilhetinhos pra me encontrar no recheio ou depois da
aula. Inclusive, pasmem, um dos líderes da gangue do mal. Mas nos anos oitenta,
a zoação escolar era contra tudo o que fosse alvo de preconceito e fora dos
padrões, incluindo os negros. Nossa, eu sofria muito mais pelas zoações contra
os negros do que contra mim mesma. Tinha uma menina negra na minha sala, que
cortava meu coração, pois ela chorava, ficava horas no banheiro escondida e eu
do lado de fora querendo dar porrada três por quatro nos garotos.
Vamos então imaginar um cenário de
uma garota que sofre o que eu sofri na escola durante anos, e ela não tem a
minha personalidade, mas a da minha amiga negra. Como essa criança vai crescer
psicologicamente? Como será o olhar dela pra sua beleza, pro seu corpo? Ela vai
entrar na adolescência talvez enfrentando menos zoações no colégio, mas sempre
será vista como a gorda da sala. E poucos garotos chegaram até ela. E ainda tem
mais. Quem chegar nela, será alvo de chacota pelos outros: “qual é ? tá
querendo pegar a gorda, é?”
As crianças que sofrem de bulling
passam a odiar o alvo do bulling porque ele é a razão de todo o seu sofrimento.
E passam a não gostar e a ter vergonha do seu corpo, e consequentemente de si
mesmas. Se sentem inferiores, menores e mais feias e indesejadas em comparação
a outras mulheres. Somos formadas impiedosamente a crescer e ser um adulto com
essa mentalidade. Muitas poucas pessoas não terão sérias consequências por isso
na fase adulta. Isso cria feridas e
programações mentais difíceis de tirar e mudar.
Ela irá se tornar uma adulta
complexada, de baixo estima, e envergonhada, de mal com seu próprio corpo, pois
ele foi o agente de tantas humilhações e desrespeito que sofreu a vida inteira.
Agora vamos imaginar que essa mulher
descobre um mundo onde ela pode ser capa de revista, modelo e desejada como a
Viviana Araújo em seus tempos mais áureos? Que tem homens que a desejarão, a
olharão com tesão e simplesmente a acharão linda? Que ela pode se exibir,
mostrar seu corpo antes escondido por vergonha, mas que descobriu que ele pode
ser considerado belo, excitante e fonte de prazer? Vamos esquecer a feedee.
Ainda não entramos nessa parte. Se ela descobre sites como Stuffer31, Big
Cuties sua cabeça irá girar. Ela vai entender que tudo o que sofreu a vida
inteira, foi educada a pensar e não querer sobre si mesma, era apenas o que um
grupo de pessoas achava. E tem outra parte do mundo que a deseja e a acha
bonita, assim como ela é.
E aí elas descobrem o oposto. E o
mais comum é querer desesperadamente tudo o que não teve quando adolescente e
na idade juvenil. Vai querer elogios, se sentir desejava, linda, paparicada,
disputada e fará de tudo pra isso. Quer se sentir uma modelo, posar pra fotos,
fazer vídeos, pelo simples desejo de se sentir aceita, bela e querida. Ela é
carente disso tudo, porque negaram a vida inteira pra ela, só por ser gorda.
Isso é perfeitamente compreensível e até um caminho meio que inevitável. Não generalizando,
mas digamos psicologicamente falando, é o comportamento que será o mais comum.
Isso não é vaidade e egocentrismo? Dentro desse cenário, pode tornar-se. Mas o
primeiro impulso não é a vaidade, mas sim, querer ser aceita e desejada. E aí
pode desenvolver um egocentrismo e vaidade sim. Mas e daí? Quem quer sempre ser
dito como feio, ridículo, magro ou gordo, ser sempre tratado como alguém
inferior ou indesejado pelo sexo oposto? Quem falar que não liga pra isso, tá
mentindo, me desculpe! Porque foge da nossa natureza humana. TODO E QUALQUER
SER HUMANO, quer e precisa ser aceito pelo meio que vive. Reparem na criança.
Uma criança que nunca recebeu carinho, estímulos positivos, palavras que a
elevem, que elogie as coisas que ela faz, e que ela sempre pergunta: “Tá
bonito, ficou lindo, To legal, to fazendo direitinho? O que ela quer com isso é
aceitação, é incentivo, e ser elevada. Ela precisa disso pra crescer um adulto
psicologicamente saudável e confiante. Agora uma criança que não teve isso, vai
crescer um adulto frio e isolado do mundo, pois se acha inferior, que não faz
nada certo, que é incapaz, é medroso, tema não ser aceito e ser criticado. E se
viveu dentro de um ambiente violento, vai suprimir essa violência e ser
violento também, pois somente somos capazes de dar o que recebemos.
Todos nos somos vaidosos e precisamos
de incentivos. Precisamos estar inseridos dentro de grupos e ser aceitos. Essa
é a natureza coletiva do homem.
Muitas mulheres, modelos dos sites
citados e outros tem esse perfil acima. Em essência não são fetichistas. São
bbws, gordas, ou ssbbws. Que podem até brincar de foodee ou feedee. Mas não
são. E outras sim. Mas nem todas.
Sem entrar em questões financeiras
que é outro fator bem interessante e estimulador para se tornar a Miss BBW do
ano. Dentro desse mundo, muitas mulheres ganham dinheiro com isso. Sendo
modelos e porque não explorando um tipo de prostituição ao receber algum tipo
de “prenda” como dizia a Gal Costa em Folhetim, para se exibir comendo ou
mostrando o corpo? Por que não usar o corpo que foi tanto alvo de desprezo e
chacotas para ser alvo de algo lindo, desejado e que ainda se podem render
lucros? Apenas fazendo uma ressalva muito importante. Não me refiro aqui as
modelos plus size. Esse grupo nada tem a ver com que o que estou falando.
Estamos aqui discorrendo sobre as modelos dentro do mundo Feedist.
Calma aí. Não estou dizendo que o
mundo feedee é assim. Que as feedees são assim. Longe disso. Mas a realidade é
que muitas bbws e ssbbws que estão dentro disso, não estão pelo fetiche, mas
por outras questões. Algumas citadas acima.
Então coloquei duas questões; a por
necessidade de ser admirada, pela carência de atenção do sexo oposto, etc. E
algumas somadas a oportunidade de ganhar dinheiro com isso.
Mas algumas delas, sim, se tornam de
fato fetichista. A maioria foodee. Mas fato é que nem todas as lindas e grandes
mulheres que vemos nos sites e vídeos são fetichistas.
Muitas se dizem feedee ou foodee, mas
quando vamos adentrar no interior delas, vemos que na verdade não são.
Um costume bem americano é de
oferecer comida para ver on line a feedee ou foodee comendo. Donna Simpson
criou um site pago para que as pessoas pudessem vê-la devorando grandes
quantidades de comida. E ela mesma em entrevista já revelou que recebia entrega
de comida em casa e de suplementos. Não estou julgando isso, apenas relatando
fatos e situações que existem dentro do feedism.
Eu mesma já recebi através de e-mail
proposta do tipo. Ofereciam uma entrega de comida e mais um depósito em conta
para que eu fizesse um stuffing on line. Coisas do nosso mundo!
Mas o mundo feedee é complexo. Tão
complexo, que vejo muito mais difícil de entender e analisar do que o mundo
mutual ou feeder. Ah claro, né! Quando
tem mulher no meio, complica! Somos complexas! Um universo inteiro e
maravilhoso a ser desvendado!
Mas vamos pegar agora o primeiro
perfil, a que sempre foi gorda e humilhada por isso, rejeitada e doutrinada no
chicote a se achar feia.
Estamos quase chegando na feedee.
Calma!
Por todo o quadro que ela deve ter passado,
imaginamos essa mulher com baixa estima, frágil psicologicamente por tanta
bordoada que já levou dos homens e do meio que a cerca. Umas chegam ao extremo
da revolta de um “ferrem-se! Amo meu corpo”. Mas na realidade, isso não é
verdade. Ela precisa falar trilhões de vezes por dia isso, pra se convencer que
ama seu corpo grande e gordo. Mas no fundo, almeja ser magra, só que não
consegue. É sua forma de se defender do mundo. E ainda tem as outras sem defesa
alguma, que vivem retraídas, escondendo as banhas, não indo á praia, tendo
vergonha se tirar a roupa pro parceiro, apagando todas as luzes, odiando cada
banha de sua barriga e celulite. Ela se sente feia e transmite essa feiura em
timidez, traumas e baixo estima. Até o falar delas é retraída, pra dentro.
Imagine essa mulher sem defesas e
frágil, encontrando um feeder. O feeder a fará se sentir a mulher mais linda do
mundo. Fará de tudo pra quebrar todas as correntes psicológicas que a prendem a
uma monstra gigante e ridícula gorda. Fará de tudo pra reprogramar a mente dela
para a aceitação do seu peso e entender que ele é belo assim. Lindo, não?
Mas isso tem um preço. A de engordar mais e
mais. O feeder vai querer engorda-la mais. Se ele conseguiu quebrar as
programações mentais grudadas com durapox nela, ela engordará tanto quanto ele
quiser. Porque ele passa a ser o seu ponto de referencia de si mesma como
alguém linda, alguém realmente desejada e amada. Agora pelo que ela é e mais
ainda pelo que ela pode se tornar; maior e mais gorda. Esse perfil de mulher é
manipulável facilmente e se pegar um feeder dominante e manipulador, com o
agravante de egoísmo, ele a fará engordar até onde ele quiser. Sem se preocupar
com o bem estar dela. E tão somente só consegue enxergar o que ele deseja
ardentemente que é transformar uma mulher em bbw ou ssbbw a todo custo.
Mas os feeders são assim? Muitos são
sim. Não adianta querer colocar panos com purpurina pra ficar bonitinho. Em nosso
mundo existem pessoas egoístas que só pensam em si e no que desejam. O outro é
apenas um objeto que o levará a sua satisfação pessoal. Isso é do ser humano,
como colocado em outros textos e não um perfil Feeder. Péssimos companheiros e
parceiros se acham em qualquer grupo.
Mas nesse cenário...Será mesmo que
ela se tornou feefee? Ou uma mulher que coloca a relação e o amor pelo feeder
acima de suas próprias ideias e vontades? Que sua vontade na verdade, passou a
ser a vontade dele? Que pela relação, pela dedicação dele, pelos estímulos, e
aceitação dele, ela é capaz de tudo o que ele quer? Ela come muito, tudo o que
ele manda, ela engorda assustadoramente, por ele e não por ela, nem muito menos
pelo fetiche. Será mesmo que essa mulher desenvolveu o fetiche?
Ela se tornou dependente dele, da relação e de tudo o que ele
oferece a ela, de tudo que ele a alimenta. De “amor”, desejo, confiança,
beleza. Ele a faz se sentir a mulher mais linda e mais desejada do mundo. Pra
uma pessoa que nunca teve isso na vida, é algo de fato que ela tentará prender
a todo custo com unhas e dentes.
Acredito e isso é algo meu que
ninguém me convencerá do contrário, que o fetiche é algo que nasce de dentro
pra fora. Não são atitudes, nem posturas que nos diz sermos isso ou aquilo. Mas
o que sentimos, o que fantasiamos, que nos anima, o que nos faz esquentar por
dentro, do que nos move inconscientemente como um instinto, o que faz nossa
libido subir, sem precisar que alguém nos mande fazer ou sentir nada. Uma
mulher pode engordar 50 quilos em dois meses. Pode comer muito de meia em meia
hora. Pode ter prazer em comer, claro, isso todos nos temos, pode gostar e se
excitar em filmar isso, pode gostar de se exibir fazendo isso. Mas isso tudo
não quer dizer absolutamente nada.
Como assim Vênus?
Existem muitas razões que podem levar
uma mulher a adotar um comportamento feedee, ou foodee ou gainer. Isso já deu
pra entender desde o começo do texto. Muitas razões, menos a única realmente
necessária; a que o fetiche nasceu nela de dentro pra fora. E suas posturas
passam a ser por ela, pelo seu mais puro prazer e desejo. E não por outras
causas. Quando isso ocorre, ela sim, se tornou uma feedist.
Existe uma linha de pensamento que
diz que há dois perfis de feedee. As que engordam por si porque tem prazer e as
que fazem isso pela relação. Discordo categoricamente.
As que fazem pela relação se encaixa no
primeiro perfil, e portanto ela na verdade não é feedee. Ela apenas adotou um
comportamento coordenado pelo feeder, e fará de tudo pra não perde-lo e irá seguir
o que ele deseja. Porque quanto mais ela come, mais engorda, mais o desejo dele
cresce e sentir isso é fantástico por si só. Somado a uma mulher que sempre foi
rejeitada e pouco amada pelos homens, pode-se tornar o centro de toda sua vida.
Perigo a vista!
Ser feedee ou foodee ou mutual, não é
algo que podemos inventar e interpretar que nos fará ser. Muitas interpretam
apenas. Ser na realidade, poucas o são. Muitas adotam o comportamento por
carência e necessidade gritante de ser amada e desejada. Mas isso não a faz ser
de fato. Essas podem realmente no meio do caminho desenvolver, aflorar a feedee
ou foodee interior, mas somente se a tiver em si.
Entendam que não estou desmerecendo
ninguém. Apenas tenho convicções que podem estar erradas, mas é assim que vejo
e sinto.
Vênus, até que ponto então você é uma
feedee de fato ou não adotou tal comportamento pelo parceiro?
ahahaha Já me fiz essa pergunta pelo
menos umas mil vezes. Quem sabe, talvez eu não quisesse ser feedee. Talvez eu
quisesse que fosse verdade que tudo o que faço não é por mim, mas pelo feeder.
Pois tudo seria fácil. Bastava terminar a relação e eu voltaria a ser quem eu
era e não comer tendo orgasmos. Pois ser feedee é maravilhoso e me orgulho disso, mas não é fácil e temos preços a pagar por essa alegria e paixão. Então é quem acha legal brincar de feedee, e não sabe onde está me metendo, fique na brincadeira mesmo.
Mas a realidade é que o que eu sou, nasceu. E
não tem como voltar atrás e desligar o botão feedee. Posso controla-lo. Mas
desligar não. Mesmo que um dia me desligue do meu feeder, continuarei tendo o
mesmo comportamento. Já vivemos afastados e isso em nada alterou meus desejos e
como eles se manifestam e gritam em mim. Então não posso dizer que sou assim,
por ele, ou pela relação. Sem contar que eu não me encaixo no primeiro perfil.
Eu apenas fui gorda uma parte de minha infância. Mas quando entrei pra adolescência,
emagreci assustadoramente, pois minha mãe que é contra obesos até hoje, me
levou pra tratamento para perder peso. Sequei. Se eu ficasse de lado, era quase
imperceptível no ambiente, dando pra me esconder facilmente. E me mantive magra
e em forma até meu primeiro filho nascer já adulta. Eu era considerada muito
bonita dentro dos padrões e nunca tive problemas com o sexo oposto. Só se fosse
pra escolher com quem ir ao cinema aos sábados a noite. Sempre fui alto
confiante, mas tinha certa neurose em me manter magra, pela educação que recebi
e a linha dura que minha mãe fazia. Mas quando sai das asas dela, relaxei e foi
quando comecei a engordar por causas não naturais como já foi contado aqui.
Como é uma feedee na real?
Pra mim, assim como no feeder, existem duas situações. A
relacionada à comida e a relacionada a engordar. Não entendo que as feedees que
curtem engordar são gainer. Portanto não me acho gainer. Posso estar inclinada
a engordar ou não. Mas a relação com a comida sempre, “always and forever”
haverá. Com ou sem feeder. E é isso que faz uma pessoa ser feedee. É a sua
relação com a comida. Ela pode ser gulosa, adorar comer até não aguentar mais.
Mas isso não faz dela ainda uma feedee. Para que uma pessoa seja uma feedee
legitima, ela precisa amar comer, ser gulosa, mas precisa sentir prazer erótico
e se excitar com a comida que come, com a sensação que a comida provoca nela,
acionando esse prazer ao estímulo sexual. Por isso não basta engordar, não
basta ser glutona, não basta amar comer e assaltar a geladeira. Precisa do
fator X, fundamental e determinante. É ai que o fetiche se estabelece. E isso
NINGUÉM, nem o melhor feeder do mundo, pode fazer acontecer numa pessoa. Ele
pode conduzir, dar caminhos, mas se vai realmente nascer esse prazer, não
depende de ninguém. Ou ele nascerá ou não. Eu recebi portas e caminhos, mas o
despertar é solitário. Porque é algo de dentro que se manifesta em atos, ações
e vontades. E não ao contrário.
Pode ser uma feedee e gainer ao mesmo
tempo?
É complicado, porque eu acho que o
comportamento gainer, faz parte da feedee. O modo como ela gosta de engordar é
que é variável. Sou inclinada a entender o termo gainer, não como um personagem
do fetiche, mas parte da feedee. Porém ainda não tenho uma opinião fechada
sobre esse tocante. Toda feedee é uma gainer quando ela começa a ganhar peso.
Mas nem sempre ela quer engordar mais. Já os gainers, se centram na engorda e
esquecem um pouco o prazer da comida. Seu prazer estar em engordar, em perder
roupas, em subir ponteiros. São perfis um pouco diferentes. Gainers geralmente
são sozinhos e não se importam em engordar sozinhos. É um prazer íntimo e pouco
compartilhado, diferente da feedee que tem em sua natureza a necessidade de ser
alimentada e dividir seu ganho com o parceiro. Engordar sozinha, não é tão
prazeroso quando se faz isso com um feeder junto. Já para o gainer, ele gosta e
quer incontrolavelmente engordar. Gosta de ser estimulado por qualquer pessoa e
tem prazer em mostrar o quanto já ganhou. Para os gainers o tesão está em
engordar e a comida é apenas um meio para que isso aconteça. Ele calcula, mede,
pensa o que poderá comer que o engordará mais. Que tem mais calorias e não o
que lhe dá mais prazer. Todo esse esforço é recompensado quando ele sobe na
balança e vê que engordou, que suas roupas estão apertadas e sente que a calça
está marcando sua cintura de tão apertada. Ele se excita com isso. Se uma
pessoa chega e diz: “poxa, acho que você engordou muito”. Isso pode causar uma
ereção num gainer. Já para a feedee ela
apenas gosta e se sentirá orgulhosa, mas não ao ponto de ter um prazer
“orgasmático”. Isso ela tem com a comida. A diferença entre um gainer e um
feedee está justamente na intensidade de engordar e a relação com a
comida. Agora esses dois extremos podem
pertencem a uma pessoa só. O que muitos entendem como uma feedee gainer. Eu
prefiro dizer apenas feedee e sua relação com a engorda. Mas realmente há um
diferencial aí que não há como desprezar, que é a questão de ser alimentada. A
feedee necessita de seu par para alimentar sua gula e estimular sua engorda. Já
o gainer não. É comum ver gainers homens
e mulheres que se lançam em engordar sozinhos e compartilha isso on line, recebem
vários incentivos de feedists e são completos assim. Já a feedee necessita de
um feeder. E ele de uma feedee. O fetiche de uma feedee só é completo junto ao
par e vice versa. O que não ocorre com foodees, nem gainers. Que podem
perfeitamente curtir o feedism sozinhos. Não que uma feedee não possa, mas
quando a feedee está sem feeder, ela acaba sendo mais uma foodee pois o prazer
de comer jamais será “desligado” dela. Pois lembrem-se que em minha opinião o
que define a feedee não é a necessidade de engordar, mas sua relação com a
comida.
Começo a navegar em águas perigosas
porque uma feedee também pode curtir engordar sozinha, sem um feeder, mas de
tudo o que já percebi e pude ver nas pessoas, elas em geral não se sentem
inclinadas a altas engordas sozinhas. O que não ocorre com os gainers.
Mas quero parar aqui e deixar que
vocês completem e enriqueçam com suas opiniões sobre essa complicada questão de
feedee e gainer.
E uma última colocação... Meninos, nem todas as belas e
lindas bbws que circulam borboleteando em nosso universo são o que dizem ser.
Como nem todo feeder tem bom caráter e respeito por sua feedee, podendo
manipula-la facilmente como um pet de estimação. Então observem, não caiam de cabeça
assim, conversem e entendam primeiro o que é afinal uma feedee e um feeder.
E mulheres... aprendam a se valorizar e a se amar. Deixem feridas velhas fecharem. Pois aquele
que aprendeu a amar a si, não cai em armadilhas de filhos de chocadeira desequilibrados,
porque elas simplesmente não precisam deles pra ser feliz e amada. Fica a Dica!
E outra... Feeder tem aos baldes e a escolher. Você que é feedee não. Então se
valorize e não ache que o seu feeder é o último biscoito recheado do pacote,
nem a última gota de shake no deserto. Tem mais, muito mais por aí! Basta abrir
a mente, os olhos e o coração!
Bjo da Vênus
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