quinta-feira, 31 de julho de 2014

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Quero registrar que o blog deu um salto grande depois que o programa A LIGA,  falando nosso estilo de vida, o Feedism, foi ao ar.

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Quero de verdade que mais e mais pessoas conheçam o Feederism, mas da forma como ele é e não através de lixos que temos na t.v e net. Que nós possamos ajudar a quebrar esses moldes e padrões de beleza, essa falsa moralidade, e hipocrisia das pessoas com relação a sexualidade. Que aos poucos as pessoas possam abrir suas mentes e sair do atrofiamento programado pela mídia e imposições morais e estéticas que não cabem mais nos dias de hoje. 

Esse blog é o primeiro em língua portuguesa e no Brasil pra feedist e pra promover, exaltar e desmistificar o Feederism.  E tenho orgulho disso e dessa iniciativa.

 Do blog surgiu a ponte para o programa, e sei que criará mais pontes pra nós brasileiros Feedists. 

VAMOS DERRUBANDO MUROS, CRIANDO MAIS PONTES ENTRE NÓS E ENTRE OS DE FORA DE NOSSO UNIVERSO. NÃO PRECISAMOS NOS ISOLAR E ESCONDER POIS NADA DE ERRADO FAZEMOS, MAS A SOCIEDADE PRECISA ESTAR PRONTA EM TERMOS DE MENTALIDADE PRA NOS RECEBER. AINDA FALTA MUUUITO, MAS ALGUÉM DEU O PRIMEIRO PASSO E ESSE ALGUÉM VAI ATÉ ONDE PRECISE IR. 

Acho que vivemos um grande e significativo momento para o Feederism no Brasil!

Bjos da Vênus!!

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Mundo Feedee Da Vênus IV


Bom dia, Boa, noite, Boa tarde!

Pra minha volta, trouxe o "Mundo Feedee da Vênus V, trazendo um texto que fala sobre as feedees e seus perfis. Destacando as que sempre foram cheinha e com tendências a obesidade.

Sei muito sobre feedee através dos feeders que conversei. E cada um dos feeders, trazia impressões e um pouco desse mundo feedee. E fui analisando e refletindo tendo em vista a mim mesma, e ao aspecto da obesidade e sobre peso nas mulheres, que isso é um assunto que domino bastante.

Não tem como falar sobre feedee e não falar sobre obesidade. Simplesmente não tem.  Então vamos dividir em partes até chegar a mulher feedee e suas nuances.

Não falarei sobre estatísticas, mas mais da metade da população feminina do Brasil tem geneticamente e metabolicamente tendências a engordar. Como outros poucos não têm. Comem de tudo e não engordam. “São os magros de ruim”. Isso está relacionado a metabolismo e genética. Não vamos entrar no assunto técnico sobre o que é e como funciona o metabolismo em nós. Se o Daniel quiser pode dar um help nesse tocante, a vontade. Mas o que quero abordar é que as mulheres, e vamos falar em termos de Brasil, têm tendências desde crianças à obesidade atualmente. Somada a costumes alimentares e regionais, ela irá ser uma criança com sobrepeso pelo menos. E no meio social onde não se aceita obesidade e tratam os obesos como atrações circenses e alvo de olhares espantados, ou de piedade, sem falar nas piadinhas, ser gordo não é nada fácil. Então temos o panorama de uma pessoa que desde criança tem problemas com a balança e sofre com pressões e gozações por isso. 

 E como é a vida de uma criança gorda na escola e entre amigos? Em minha época era o pior cenário possível. Eu sofri, o que hoje se chama de Bulling (o que na minha época era puro sarro) minha vida inteira escolar, de forma ostensiva e sem piedade. Chegaram a fazer musiquinha pra mim, tipo slogan! E quando eu passava eles começavam a cantar as risos a musiquinha da gorda, bojão, casa da banha, bolo fofo, balofa, rola de poço, e por aí vai. Mas o que eles gostavam mais era bojão e casa da banha. Porque em minha época na rua onde morava havia um mercado chamado Casa da Banha, cuja propaganda era de um porquinho muito fofo. Eu odiava aquilo, mas em vez de me retrair, chorar e me esconder, ou falar com meus pais, eu ignorava na maioria das vezes. E outras tantas vezes, arquitetava vinganças aos líderes da zoação contra a gorda. Certa vez joguei um deles num valão. Havia dentro de mim um desequilíbrio porque por mais que sejamos “to nem aí”, a forma ostensiva um dia vai nos atingir. Mas o que não me deu baixo estima, é que além de minha personalidade ser “brava”, pois eu não via em primeiro plano as ofensas a mim, via que estavam querendo me ferrar e isso merecia retalhação. Além disso, em contra parte, eu era gordinha, mas era bonita. Então muitos meninos viviam me paquerando e me mandando bilhetinhos pra me encontrar no recheio ou depois da aula. Inclusive, pasmem, um dos líderes da gangue do mal. Mas nos anos oitenta, a zoação escolar era contra tudo o que fosse alvo de preconceito e fora dos padrões, incluindo os negros. Nossa, eu sofria muito mais pelas zoações contra os negros do que contra mim mesma. Tinha uma menina negra na minha sala, que cortava meu coração, pois ela chorava, ficava horas no banheiro escondida e eu do lado de fora querendo dar porrada três por quatro nos garotos.

Vamos então imaginar um cenário de uma garota que sofre o que eu sofri na escola durante anos, e ela não tem a minha personalidade, mas a da minha amiga negra. Como essa criança vai crescer psicologicamente? Como será o olhar dela pra sua beleza, pro seu corpo? Ela vai entrar na adolescência talvez enfrentando menos zoações no colégio, mas sempre será vista como a gorda da sala. E poucos garotos chegaram até ela. E ainda tem mais. Quem chegar nela, será alvo de chacota pelos outros: “qual é ? tá querendo pegar a gorda, é?”

As crianças que sofrem de bulling passam a odiar o alvo do bulling porque ele é a razão de todo o seu sofrimento. E passam a não gostar e a ter vergonha do seu corpo, e consequentemente de si mesmas. Se sentem inferiores, menores e mais feias e indesejadas em comparação a outras mulheres. Somos formadas impiedosamente a crescer e ser um adulto com essa mentalidade. Muitas poucas pessoas não terão sérias consequências por isso na fase adulta.  Isso cria feridas e programações mentais difíceis de tirar e mudar.

Ela irá se tornar uma adulta complexada, de baixo estima, e envergonhada, de mal com seu próprio corpo, pois ele foi o agente de tantas humilhações e desrespeito que sofreu a vida inteira.

Agora vamos imaginar que essa mulher descobre um mundo onde ela pode ser capa de revista, modelo e desejada como a Viviana Araújo em seus tempos mais áureos? Que tem homens que a desejarão, a olharão com tesão e simplesmente a acharão linda? Que ela pode se exibir, mostrar seu corpo antes escondido por vergonha, mas que descobriu que ele pode ser considerado belo, excitante e fonte de prazer? Vamos esquecer a feedee. Ainda não entramos nessa parte. Se ela descobre sites como Stuffer31, Big Cuties sua cabeça irá girar. Ela vai entender que tudo o que sofreu a vida inteira, foi educada a pensar e não querer sobre si mesma, era apenas o que um grupo de pessoas achava. E tem outra parte do mundo que a deseja e a acha bonita, assim como ela é.

E aí elas descobrem o oposto. E o mais comum é querer desesperadamente tudo o que não teve quando adolescente e na idade juvenil. Vai querer elogios, se sentir desejava, linda, paparicada, disputada e fará de tudo pra isso. Quer se sentir uma modelo, posar pra fotos, fazer vídeos, pelo simples desejo de se sentir aceita, bela e querida. Ela é carente disso tudo, porque negaram a vida inteira pra ela, só por ser gorda. Isso é perfeitamente compreensível e até um caminho meio que inevitável. Não generalizando, mas digamos psicologicamente falando, é o comportamento que será o mais comum. Isso não é vaidade e egocentrismo? Dentro desse cenário, pode tornar-se. Mas o primeiro impulso não é a vaidade, mas sim, querer ser aceita e desejada. E aí pode desenvolver um egocentrismo e vaidade sim. Mas e daí? Quem quer sempre ser dito como feio, ridículo, magro ou gordo, ser sempre tratado como alguém inferior ou indesejado pelo sexo oposto? Quem falar que não liga pra isso, tá mentindo, me desculpe! Porque foge da nossa natureza humana. TODO E QUALQUER SER HUMANO, quer e precisa ser aceito pelo meio que vive. Reparem na criança. Uma criança que nunca recebeu carinho, estímulos positivos, palavras que a elevem, que elogie as coisas que ela faz, e que ela sempre pergunta: “Tá bonito, ficou lindo, To legal, to fazendo direitinho? O que ela quer com isso é aceitação, é incentivo, e ser elevada. Ela precisa disso pra crescer um adulto psicologicamente saudável e confiante. Agora uma criança que não teve isso, vai crescer um adulto frio e isolado do mundo, pois se acha inferior, que não faz nada certo, que é incapaz, é medroso, tema não ser aceito e ser criticado. E se viveu dentro de um ambiente violento, vai suprimir essa violência e ser violento também, pois somente somos capazes de dar o que recebemos.
Todos nos somos vaidosos e precisamos de incentivos. Precisamos estar inseridos dentro de grupos e ser aceitos. Essa é a natureza coletiva do homem.
Muitas mulheres, modelos dos sites citados e outros tem esse perfil acima. Em essência não são fetichistas. São bbws, gordas, ou ssbbws. Que podem até brincar de foodee ou feedee. Mas não são.   E outras sim. Mas nem todas.

Sem entrar em questões financeiras que é outro fator bem interessante e estimulador para se tornar a Miss BBW do ano. Dentro desse mundo, muitas mulheres ganham dinheiro com isso. Sendo modelos e porque não explorando um tipo de prostituição ao receber algum tipo de “prenda” como dizia a Gal Costa em Folhetim, para se exibir comendo ou mostrando o corpo? Por que não usar o corpo que foi tanto alvo de desprezo e chacotas para ser alvo de algo lindo, desejado e que ainda se podem render lucros? Apenas fazendo uma ressalva muito importante. Não me refiro aqui as modelos plus size. Esse grupo nada tem a ver com que o que estou falando. Estamos aqui discorrendo sobre as modelos dentro do mundo Feedist.

Calma aí. Não estou dizendo que o mundo feedee é assim. Que as feedees são assim. Longe disso. Mas a realidade é que muitas bbws e ssbbws que estão dentro disso, não estão pelo fetiche, mas por outras questões. Algumas citadas acima.

Então coloquei duas questões; a por necessidade de ser admirada, pela carência de atenção do sexo oposto, etc. E algumas somadas a oportunidade de ganhar dinheiro com isso.

Mas algumas delas, sim, se tornam de fato fetichista. A maioria foodee. Mas fato é que nem todas as lindas e grandes mulheres que vemos nos sites e vídeos são fetichistas.

Muitas se dizem feedee ou foodee, mas quando vamos adentrar no interior delas, vemos que na verdade não são.

Um costume bem americano é de oferecer comida para ver on line a feedee ou foodee comendo. Donna Simpson criou um site pago para que as pessoas pudessem vê-la devorando grandes quantidades de comida. E ela mesma em entrevista já revelou que recebia entrega de comida em casa e de suplementos. Não estou julgando isso, apenas relatando fatos e situações que existem dentro do feedism.

Eu mesma já recebi através de e-mail proposta do tipo. Ofereciam uma entrega de comida e mais um depósito em conta para que eu fizesse um stuffing on line. Coisas do nosso mundo!
Mas o mundo feedee é complexo. Tão complexo, que vejo muito mais difícil de entender e analisar do que o mundo mutual ou feeder.  Ah claro, né! Quando tem mulher no meio, complica! Somos complexas! Um universo inteiro e maravilhoso a ser desvendado!

Mas vamos pegar agora o primeiro perfil, a que sempre foi gorda e humilhada por isso, rejeitada e doutrinada no chicote a se achar feia.

Estamos quase chegando na feedee. Calma!

 Por todo o quadro que ela deve ter passado, imaginamos essa mulher com baixa estima, frágil psicologicamente por tanta bordoada que já levou dos homens e do meio que a cerca. Umas chegam ao extremo da revolta de um “ferrem-se! Amo meu corpo”. Mas na realidade, isso não é verdade. Ela precisa falar trilhões de vezes por dia isso, pra se convencer que ama seu corpo grande e gordo. Mas no fundo, almeja ser magra, só que não consegue. É sua forma de se defender do mundo. E ainda tem as outras sem defesa alguma, que vivem retraídas, escondendo as banhas, não indo á praia, tendo vergonha se tirar a roupa pro parceiro, apagando todas as luzes, odiando cada banha de sua barriga e celulite. Ela se sente feia e transmite essa feiura em timidez, traumas e baixo estima. Até o falar delas é retraída, pra dentro.

Imagine essa mulher sem defesas e frágil, encontrando um feeder. O feeder a fará se sentir a mulher mais linda do mundo. Fará de tudo pra quebrar todas as correntes psicológicas que a prendem a uma monstra gigante e ridícula gorda. Fará de tudo pra reprogramar a mente dela para a aceitação do seu peso e entender que ele é belo assim. Lindo, não?

 Mas isso tem um preço. A de engordar mais e mais. O feeder vai querer engorda-la mais. Se ele conseguiu quebrar as programações mentais grudadas com durapox nela, ela engordará tanto quanto ele quiser. Porque ele passa a ser o seu ponto de referencia de si mesma como alguém linda, alguém realmente desejada e amada. Agora pelo que ela é e mais ainda pelo que ela pode se tornar; maior e mais gorda. Esse perfil de mulher é manipulável facilmente e se pegar um feeder dominante e manipulador, com o agravante de egoísmo, ele a fará engordar até onde ele quiser. Sem se preocupar com o bem estar dela. E tão somente só consegue enxergar o que ele deseja ardentemente que é transformar uma mulher em bbw ou ssbbw a todo custo.

Mas os feeders são assim? Muitos são sim. Não adianta querer colocar panos com purpurina pra ficar bonitinho. Em nosso mundo existem pessoas egoístas que só pensam em si e no que desejam. O outro é apenas um objeto que o levará a sua satisfação pessoal. Isso é do ser humano, como colocado em outros textos e não um perfil Feeder. Péssimos companheiros e parceiros se acham em qualquer grupo.

Mas nesse cenário...Será mesmo que ela se tornou feefee? Ou uma mulher que coloca a relação e o amor pelo feeder acima de suas próprias ideias e vontades? Que sua vontade na verdade, passou a ser a vontade dele? Que pela relação, pela dedicação dele, pelos estímulos, e aceitação dele, ela é capaz de tudo o que ele quer? Ela come muito, tudo o que ele manda, ela engorda assustadoramente, por ele e não por ela, nem muito menos pelo fetiche. Será mesmo que essa mulher desenvolveu o fetiche?

Ela se tornou dependente dele, da relação e de tudo o que ele oferece a ela, de tudo que ele a alimenta. De “amor”, desejo, confiança, beleza. Ele a faz se sentir a mulher mais linda e mais desejada do mundo. Pra uma pessoa que nunca teve isso na vida, é algo de fato que ela tentará prender a todo custo com unhas e dentes.

Acredito e isso é algo meu que ninguém me convencerá do contrário, que o fetiche é algo que nasce de dentro pra fora. Não são atitudes, nem posturas que nos diz sermos isso ou aquilo. Mas o que sentimos, o que fantasiamos, que nos anima, o que nos faz esquentar por dentro, do que nos move inconscientemente como um instinto, o que faz nossa libido subir, sem precisar que alguém nos mande fazer ou sentir nada. Uma mulher pode engordar 50 quilos em dois meses. Pode comer muito de meia em meia hora. Pode ter prazer em comer, claro, isso todos nos temos, pode gostar e se excitar em filmar isso, pode gostar de se exibir fazendo isso. Mas isso tudo não quer dizer absolutamente nada.

Como assim Vênus?

Existem muitas razões que podem levar uma mulher a adotar um comportamento feedee, ou foodee ou gainer. Isso já deu pra entender desde o começo do texto. Muitas razões, menos a única realmente necessária; a que o fetiche nasceu nela de dentro pra fora. E suas posturas passam a ser por ela, pelo seu mais puro prazer e desejo. E não por outras causas. Quando isso ocorre, ela sim, se tornou uma feedist.

Existe uma linha de pensamento que diz que há dois perfis de feedee. As que engordam por si porque tem prazer e as que fazem isso pela relação. Discordo categoricamente.

 As que fazem pela relação se encaixa no primeiro perfil, e portanto ela na verdade não é feedee. Ela apenas adotou um comportamento coordenado pelo feeder, e fará de tudo pra não perde-lo e irá seguir o que ele deseja. Porque quanto mais ela come, mais engorda, mais o desejo dele cresce e sentir isso é fantástico por si só. Somado a uma mulher que sempre foi rejeitada e pouco amada pelos homens, pode-se tornar o centro de toda sua vida. Perigo a vista!

Ser feedee ou foodee ou mutual, não é algo que podemos inventar e interpretar que nos fará ser. Muitas interpretam apenas. Ser na realidade, poucas o são. Muitas adotam o comportamento por carência e necessidade gritante de ser amada e desejada. Mas isso não a faz ser de fato. Essas podem realmente no meio do caminho desenvolver, aflorar a feedee ou foodee interior, mas somente se a tiver em si.

Entendam que não estou desmerecendo ninguém. Apenas tenho convicções que podem estar erradas, mas é assim que vejo e sinto.

Vênus, até que ponto então você é uma feedee de fato ou não adotou tal comportamento pelo parceiro?

ahahaha Já me fiz essa pergunta pelo menos umas mil vezes. Quem sabe, talvez eu não quisesse ser feedee. Talvez eu quisesse que fosse verdade que tudo o que faço não é por mim, mas pelo feeder. Pois tudo seria fácil. Bastava terminar a relação e eu voltaria a ser quem eu era e não comer tendo orgasmos. Pois ser feedee é maravilhoso e me orgulho disso, mas não é fácil e temos preços a pagar por essa alegria e paixão. Então é quem acha legal brincar de feedee, e não sabe onde está me metendo, fique na brincadeira mesmo.

 Mas a realidade é que o que eu sou, nasceu. E não tem como voltar atrás e desligar o botão feedee. Posso controla-lo. Mas desligar não. Mesmo que um dia me desligue do meu feeder, continuarei tendo o mesmo comportamento. Já vivemos afastados e isso em nada alterou meus desejos e como eles se manifestam e gritam em mim. Então não posso dizer que sou assim, por ele, ou pela relação. Sem contar que eu não me encaixo no primeiro perfil. Eu apenas fui gorda uma parte de minha infância. Mas quando entrei pra adolescência, emagreci assustadoramente, pois minha mãe que é contra obesos até hoje, me levou pra tratamento para perder peso. Sequei. Se eu ficasse de lado, era quase imperceptível no ambiente, dando pra me esconder facilmente. E me mantive magra e em forma até meu primeiro filho nascer já adulta. Eu era considerada muito bonita dentro dos padrões e nunca tive problemas com o sexo oposto. Só se fosse pra escolher com quem ir ao cinema aos sábados a noite. Sempre fui alto confiante, mas tinha certa neurose em me manter magra, pela educação que recebi e a linha dura que minha mãe fazia. Mas quando sai das asas dela, relaxei e foi quando comecei a engordar por causas não naturais como já foi contado aqui.

Como é uma feedee na real?

Pra mim, assim como no feeder,  existem duas situações. A relacionada à comida e a relacionada a engordar. Não entendo que as feedees que curtem engordar são gainer. Portanto não me acho gainer. Posso estar inclinada a engordar ou não. Mas a relação com a comida sempre, “always and forever” haverá. Com ou sem feeder. E é isso que faz uma pessoa ser feedee. É a sua relação com a comida. Ela pode ser gulosa, adorar comer até não aguentar mais. Mas isso não faz dela ainda uma feedee. Para que uma pessoa seja uma feedee legitima, ela precisa amar comer, ser gulosa, mas precisa sentir prazer erótico e se excitar com a comida que come, com a sensação que a comida provoca nela, acionando esse prazer ao estímulo sexual. Por isso não basta engordar, não basta ser glutona, não basta amar comer e assaltar a geladeira. Precisa do fator X, fundamental e determinante. É ai que o fetiche se estabelece. E isso NINGUÉM, nem o melhor feeder do mundo, pode fazer acontecer numa pessoa. Ele pode conduzir, dar caminhos, mas se vai realmente nascer esse prazer, não depende de ninguém. Ou ele nascerá ou não. Eu recebi portas e caminhos, mas o despertar é solitário. Porque é algo de dentro que se manifesta em atos, ações e vontades. E não ao contrário. 
Então podemos entender que o cerne de ser uma feedee é sua relação com a comida e não prioritariamente engordar. Isso é uma consequência que ela gosta, que lhe dá prazer, mas esse prazer não é como dos gainers “puros”.

Pode ser uma feedee e gainer ao mesmo tempo?

É complicado, porque eu acho que o comportamento gainer, faz parte da feedee. O modo como ela gosta de engordar é que é variável. Sou inclinada a entender o termo gainer, não como um personagem do fetiche, mas parte da feedee. Porém ainda não tenho uma opinião fechada sobre esse tocante. Toda feedee é uma gainer quando ela começa a ganhar peso. Mas nem sempre ela quer engordar mais. Já os gainers, se centram na engorda e esquecem um pouco o prazer da comida. Seu prazer estar em engordar, em perder roupas, em subir ponteiros. São perfis um pouco diferentes. Gainers geralmente são sozinhos e não se importam em engordar sozinhos. É um prazer íntimo e pouco compartilhado, diferente da feedee que tem em sua natureza a necessidade de ser alimentada e dividir seu ganho com o parceiro. Engordar sozinha, não é tão prazeroso quando se faz isso com um feeder junto. Já para o gainer, ele gosta e quer incontrolavelmente engordar. Gosta de ser estimulado por qualquer pessoa e tem prazer em mostrar o quanto já ganhou. Para os gainers o tesão está em engordar e a comida é apenas um meio para que isso aconteça. Ele calcula, mede, pensa o que poderá comer que o engordará mais. Que tem mais calorias e não o que lhe dá mais prazer. Todo esse esforço é recompensado quando ele sobe na balança e vê que engordou, que suas roupas estão apertadas e sente que a calça está marcando sua cintura de tão apertada. Ele se excita com isso. Se uma pessoa chega e diz: “poxa, acho que você engordou muito”. Isso pode causar uma ereção num gainer.  Já para a feedee ela apenas gosta e se sentirá orgulhosa, mas não ao ponto de ter um prazer “orgasmático”. Isso ela tem com a comida. A diferença entre um gainer e um feedee está justamente na intensidade de engordar e a relação com a comida.  Agora esses dois extremos podem pertencem a uma pessoa só. O que muitos entendem como uma feedee gainer. Eu prefiro dizer apenas feedee e sua relação com a engorda. Mas realmente há um diferencial aí que não há como desprezar, que é a questão de ser alimentada. A feedee necessita de seu par para alimentar sua gula e estimular sua engorda. Já o gainer não.  É comum ver gainers homens e mulheres que se lançam em engordar sozinhos e compartilha isso on line, recebem vários incentivos de feedists e são completos assim. Já a feedee necessita de um feeder. E ele de uma feedee. O fetiche de uma feedee só é completo junto ao par e vice versa. O que não ocorre com foodees, nem gainers. Que podem perfeitamente curtir o feedism sozinhos. Não que uma feedee não possa, mas quando a feedee está sem feeder, ela acaba sendo mais uma foodee pois o prazer de comer jamais será “desligado” dela. Pois lembrem-se que em minha opinião o que define a feedee não é a necessidade de engordar, mas sua relação com a comida.

Começo a navegar em águas perigosas porque uma feedee também pode curtir engordar sozinha, sem um feeder, mas de tudo o que já percebi e pude ver nas pessoas, elas em geral não se sentem inclinadas a altas engordas sozinhas. O que não ocorre com os gainers.

Mas quero parar aqui e deixar que vocês completem e enriqueçam com suas opiniões sobre essa complicada questão de feedee e gainer.

E uma última colocação... Meninos, nem todas as belas e lindas bbws que circulam borboleteando em nosso universo são o que dizem ser. Como nem todo feeder tem bom caráter e respeito por sua feedee, podendo manipula-la facilmente como um pet de estimação. Então observem, não caiam de cabeça assim, conversem e entendam primeiro o que é afinal uma feedee e um feeder. 

E mulheres... aprendam a se valorizar e a se amar. Deixem feridas velhas fecharem. Pois aquele que aprendeu a amar a si, não cai em armadilhas de filhos de chocadeira desequilibrados, porque elas simplesmente não precisam deles pra ser feliz e amada. Fica a Dica!

 E outra... Feeder tem aos baldes e a escolher. Você que é feedee não. Então se valorize e não ache que o seu feeder é o último biscoito recheado do pacote, nem a última gota de shake no deserto. Tem mais, muito mais por aí! Basta abrir a mente, os olhos e o coração!


Bjo da Vênus

A Liga e o Feederismo


Boa noite Feedists!

Sentindo-me pronta pra retornar as atividades do Blog, e agradeço ao Jusce por ter ficado cuidando da casa enquanto a Vênus estava fora, e espero que ele continue conosco.

Ele já postou sobre o programa, mas quero falar e trazer outra abordagem sobre. 

O Pedro Piva que é co produtor do programa há um tempo entrou em contato comigo para que eu o ajudasse a fazer uma matéria sobre o assunto. A equipe do programa que teria tentado fazer, mas não acharam personagens, pessoas para fazer a matéria. Ele conversou com algumas pessoas só blog também, mas enfim, não deu certo pra que ele conseguisse pessoas disponíveis para participar, pois ele priorizada a presença de um casal feedee e feeder. Até que o tempo passou e eu dei uma indicação de um membro do blog para que talvez desse certo a realização do programa. E deu. O programa foi ao ar ontem falando sobre o nosso fetiche.

Como é de se esperar, vários comentários sem noção na página da uol. Normalíssimo! 

Não tenho muito o que dizer, e espero que vocês possam me contar o que acharam sobre o nosso estilo de vida estar num veículo televisivo. 

Como também sobre como foi colocada a matéria pelos responsáveis do programa. Quero opiniões de Feedist e não de gente que não sabe sobre o que estão opinando como foi os comentários da galera no uol.
Quando estavam pra gravar o programa conversei muito com o Piva sobre formas de expor o assunto para a televisão. E meu maior medo era que fosse sem querer, passar algo bizarro como já estamos acostumados. Dei sugestões e ideias, mas é preciso fazer algo que seja visual pois trata-se de um programa de t.v. Mas acho que ficou bem colocado e saiu do foco da monstruosidade de imobilidade e exploração do casal como algo a ser estudado e colocado veladamente como doentes psicológicos. Mostrou o lado mesmo que o Piva priorizou desde o inicio; do fetiche, do tesão, do que dá e porque dá prazer. Gostei tam´bem que a matéria embora fale sobre fetiche e sexualidade, não foi explícito nem apelativo, achei leve e de bom gosto as abordagem, frisando o bem estar de ambos e a saúde. Enfim, gostei!  Teria algumas ressalvas a fazer sobre o que foi falado, mas tendo em visto que são pessoas que não entendem sobre o estilo de vida, é tem pouco tempo pra falar sobre um assunto deverás complexo, foi bom na média geral.  

E por fim, quero parabenizar o casal pela coragem e auto confiança de expor suas vidas, sua intimidade, seu tesão, seu estilo de vida. Acho que o Feedism agradece! Obrigada!

Aguardo opiniões de vocês sobre a matéria e sobre o que pode ou não influenciar positivamente pra nós esse programa. 

Bjos da Vênus

Um dia com um casal feedist

Ontem, 29 de Julho foi um dia importante para nós feedists. O programa A Liga da tv Bandeirantes exibiu pela primeira vez na televisão brasileira a experiência de um casal feedist, sem visão preconceituosa ou depreciativa.

O programa acompanhou um casal entre um feeder e uma feedee durante um dia. Mostrou-se imparcial em sua abordagem, desmistificando também questões como a dominação e a saúde da(o) feedee. 

Nosso mundo é ainda pouco conhecido em nosso país, mas principalmente mal conhecido, portanto uma vitrine como essa poderá tornar-se a saída para muitos feedists por aí que ainda não se descobriram.

Confiram a baixo o programa em três partes:

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Nota de afastamento

Bom dia a todos!

Acho justo e digno com todos vocês comunicar a decisão que tomei. Mas estou me afastando do blog e deixando em mãos muito confiáveis de meu amigo Juscelino. E não só do blog, mas do facebook e do grupo que criamos lá. Todos irão ficar agora sob os cuidados do Juscelino.

Ele é uma pessoa que teve a sensibilidade desde (e tempo também pra cuidar de tudo rsrs) o começo de entender a nossa proposta que é levar e mostrar o feederism como algo bonito, que pode ser levado com leveza, algo que trata-se de cuidado com o outro, parceiras, amor e dedicação. E não essas estranhezas, monstruosidades, babaquices de gente sem um mínimo de consciência com um grupo de pessoas, onde não há a preocupação de buscar saber o que é. Apenas tem o prazer de nos tachar como anormais, desequilibrados e bizarros. E o mais importante pra mim é criar mesmo esse espaço como algo nosso. Sem barreiras e julgamentos, onde cada um possa chegar e ser recebido como igual e poder compartilhar seus medos, inseguranças, experiencias e quem sabe amadurecer um pouco como feedist dentro dessas relações de troca. Pois somos muito carentes disso. Por mais que saibamos tudo o que significa os termos, os personagens, entendamos o que o feedism representa na vida das pessoas e o que ele pode representar e até mesmo senti-lo dentro de nós. Sem relações reais, ele não passa de teoria e fantasia íntima. Falei em algum momento no blog que nos vivemos de sonhos. O feeder vive do sonho e da fantasia de encontrar uma feedee, mas não somente que ele possa alimentar e dar shake de tubinho. Mas alguém de verdade, de alma, que ele possa compartilhar não so o seu fetiche, mas o seu amor e dedicação a ela, sua proteção e cuidado. A feedee também sonha com seu "feeder preferido", o mutual, enfim,  todos nós sofremos por esperar. Esperar encontrar pessoas que nos respeitem pelo menos e não nos chutem como anormais. Almejamos achar um outro feedists pra vivenciar tudo o que fantasiamos, imaginamos e pra tudo do somos impulsionados a viver de tudo que há dentro de nós. 

Apenas pra uma pessoa eu contei sobre a ideia de fazer um blog e conversávamos sobre isso. E achei que não ia ter muitos acessos, por se tratar de um tema que poucas pessoas conhecem. Mas isso não era o mais importante pra mim. O mais importante era que os poucos que conseguissem achar, pudessem saber que havia algo em português, feita por brasileiro e fetichista.  E fui escrevendo os textos iniciais. Sem criar o blog ainda. Escrevi bastante textos porque queria criar o blog já com material pronto. E muito ansiosa como uma criança que eu sou, acabei formando o blog antes do tempo que eu achei melhor. E postei uma ou duas matérias até pra ir me organizando e vendo como ficaria a ideia no real. N divulguei em lugar nenhum e pensei que ninguém fosse ver. Era como um projeto ainda de laboratório. Mas com menos de uma semana e uns três ou quatro textos publicamos, vi muitas visualizações, então percebi que não dava pra "ficar escondida" arrumando a casa. E entrei com tudo. Fui produzindo os textos todos os dias, e investindo em ideias sobre a aparência do blog. Fiz montagens e dei o melhor de mim pra que tudo ficasse além de visualmente legal e leve, sem apelações de mulheres em poses eróticas. Eu queria essa suavidade e sensualidade meio que "inocente". Por isso a preferencia por imagens de desenhos e não pessoas reais.
   
Mas de tudo o que eu imaginei sobre o blog, hoje eu colho alguns resultados. Pode parecer poucos, mas dentro do nosso mundo tão difícil, é muito significativo pra mim. Ver pessoas trazendo suas histórias, confiando nesse espaço e na Vênus, se sentindo queridas e respeitadas, acolhidas por todos, saber que o blog ajuda pessoas a se entenderem melhor, a se sentirem melhor, a se descobrirem e a amadurecer. É simplesmente maravilhoso pra mim. Até porque não me acho nada além do que qualquer um de vocês. Não sou nada além de uma pessoa que ama o feederism, e que se empenhou muito em entende-lo e entender o que acontecia dentro de mim. Apenas isso. Nunca sai a caça de um feeder para mim, ou qualquer outro personagem. Nunca tive esse intento. Todas as minhas interações foram em busca de conhecer cada personagem e entender como esse mundo se manifesta dentro de cada um. E vi tanta diversidade, tanto coisa bonita, mas vi também coisas ruins de pessoas ruins e desequilibradas. O que é normal, afinal o ser humano é imperfeito e grupos são feitos por seres humanos. 

Mas essa minha busca não me faz professora, mestre ou alguém superior a nenhum de vocês. Sou normal, tenho dúvidas, reflito sobre as coisas que ainda não consigo compreender desse mundo, pergunto se não sei, e mudo de opiniões quando alguém me chega com uma teoria mais plausível e lógica do que eu achava ser a mais certa. E estou aqui pra aprender também. Somos iguais. A Vênus não está em outro mundo. Está com vocês. Ela chora, sangra, tem fraquezas, fica confusa, perdida, tem defeitos.    

Estou deixando o blog, mas não quero que ele "morra". Que todo um trabalho que foi feito com muito, muito amor, carinho e dedicação, que não considero só um trabalho que pertença a Vênus, nem somente executado por ela, mas por todos os participantes e os que me incentivaram e estiveram desde o inicio comigo como o Daniel, o BarrigudoBoy, Pedro Pacheco e o Juscelino. Não quero que tudo isso simplesmente fique a deriva. E conto com a presença de todos vocês.

Mas a Vênus e a mulher que há por trás da Vênus precisa ir. Não vou dizer que nunca mais voltarei. Pretendo voltar, espero poder voltar. Quem sabe daqui um tempo breve ou longo não sei, estarei de volta publicando textos. No momento estou pra música interpretada por Marisa Monte:

Deixe-me ir
Preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir prá não chorar

Quero assistir ao sol nascer
Ver as águas dos rios correr
Ouvir os pássaros cantar
Eu quero nascer, quero viver...

Deixe-me ir
Preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir prá não chorar...

Se alguém por mim perguntar
Diga que eu só vou voltar
Quando eu me encontrar...

Quero assistir ao sol nascer
Ver as águas dos rios correr
Ouvir os pássaros cantar
Eu quero nascer, quero viver...

Deixe-me ir
Preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir prá não chorar...

Se alguém por mim perguntar
Diga que eu só vou voltar
Quando eu me encontrar
Quando eu me encontrar
Quando eu me encontrar
Depois que eu me encontrar
Quando eu me encontrar
Depois, depois
Que eu me encontrar
Quando eu me encontrar
Depois, depois
Depois que eu me encontrar


Bjo da Vênus



quinta-feira, 17 de julho de 2014

Minha história com o Feederismo

Boa dia Feedists! 


Sinto-me muito feliz e presenteada com o que recebi da Luana. E queria antes de compartilhar a história dela, agradece-la de todo coração, pois além de ser uma história de vida tocante, me sinto honrada de verdade por ela ter tido coragem de trazer a público através do nosso blog.

Luana, não sei o que lhe falar. Só o que sinto que é alegria pelo nosso trabalho ter feito a diferença e ter te ajudado a ser mais feliz com sua natureza feedist. Isso me anima a continuar, me inspira, me dá mais vontade de me esforçar cada vez mais pra atingir um objetivo que, sinceramente, analiticamente me parece tão distante e improvável, mas meu lado paixão me move e me dá força pra ir adiante. E receber palavras como a sua me diz que estou no caminho certo, que posso conseguir se der tudo de mim. Que não é mudar o mundo. Não sou mais criança em achar isso. Não mudarei o mundo e a mentalidade atrofiada das pessoas. Mas almejo mudar o nosso mundo. Porque uma das coisas que mais me entristece é ler histórias como a sua. De que não temos espaço, não temos com quem fazer amizades, curtir isso tudo juntos, seja de forma amorosa, ou somente dentro do companheirismo de amizade. Sermos empurrados a viver dentro de universos tão distante de nós, e de relações frias e mecânicas, que só serve pra uma brincadeira solitária depois da meia noite e escondidos. Seja on line, ou assistindo vídeos. Não poder sentir nosso fetiche na pele, no corpo, nos sentidos com outra pessoa, nos limitando apenas a fantasiar vendo mulheres e homens em vídeos, não faz ninguém inteiro. E quero que as pessoas tenham condições de serem inteiras e não metades ou nada do que podem oferecer e receber. Oportunidades de realidades pra nossas vidas é tudo o que eu quero.  

É, eu sei que é difícil por uma série de fatores. Talvez eu desista no meio do caminho, mas relações como a sua, palavras como a sua me motivam cada dia mais. Eu quem agradeço você. Muito Obrigada por tudo!  

E a mensagem da imagem abaixo, claro é pra você querida! Esteja sempre entre nós. Com certeza, tem nosso carinho e respeito! 
      



Vencendo a timidez e me inspirando na coragem da Vênus pra trazer minha história pra vocês.

Pra falar a verdade, não sei onde exatamente começou a manifestar  tendências em mim. Não sei se na  infância. Acho que não. Está mais pra adolescência quando eu comecei a desenvolver interesses sexuais. Mas uma coisa é certa: eu sempre senti atração – não sexual – por mulheres altas e grandes mesmo criança e homens também. 

Cresci numa família de pais disfuncionais e com certa violência doméstica. E me sentia desprotegida e desampada. Acho que ver pessoas grandes me passava a ideia de que poderiam me proteger e me dá a segurança que eu precisava, como um super héroi. E na escola e vizinhança, eu sempre me apegava a pessoas: homens e mulheres com essas características físicas; altas e grandes, fortes, gordas.  

Quando fiz 13 anos, aconteceram  alguns eventos trágicos em minha família que me levaram a morar com minha avó em outro estado. E isso foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida. Sai de um ambiente violento, sem expectativas de nada, de futuro algum. Sem amparo e orientações, com abusos psicológicos e físicos pra começar a viver realmente com meus avós. Por anos me sentia mal por me alegrar pelo episódio trágico que abateu minha família; a morte de meu pai e mais dois irmãos. Mas, fico imaginando como seria minha vida hoje se isso não tivesse acontecido.  Tudo isso, sei que deixou marcas muito profundas em mim psicologicamente. Guardo mágoas, rancores, raivas e culpa. Mas já superei muita coisa com a ajuda da minha maravilhosa avó. Sem ela, não sei o que teria sido de mim. Ela me deu uma chance de um futuro, me fez estudar e aceitou-me com minhas limitações e me fez vence-las e não me achar inferior por elas, porque eu sofro de dislexia e excesso de timidez por tudo que passei na infância. Hoje posso dizer que sou outra pessoa. Ainda com barreiras a vencer; medo baixo estima, insegurança e tendências ao isolamento. Mas posso respirar hoje e dizer que sou feliz com o que consegui.

E por toda essa turbulência de vida, fui me voltar pra minha parte sexual meio tarde em comparação as outras pessoas. E daí surgiu um conflito de me entender homossexual. E me aceitar assim, porque morria de medo de ser rejeitava pelos meus avós e de decepciona-los. Não conseguiria lidar com isso, pois devo tudo o que sou a eles. Então tentei lutar contra minha atração por mulheres e me envolver com rapazes. Mas me sentia mal e estranha. Não tinha desejo e às vezes certa repulsa com avanços sexuais. E vi que não daria certo e me isolei.

Mas conforme vamos crescendo e amadurecendo nossos desejos e instinto acha que vão batendo mais forte em nossa porta ao ponto de não podermos mais ignorar.
Quando estava no segundo período da faculdade, fiz amizade com um rapaz. Pra mim foi o meu primeiro amigo de verdade, além dos meus avós. Fazíamos tudo juntos na faculdade, estávamos sempre juntos e saímos juntos também fora a faculdades. Éramos amigos demais. Ele me passava confiança e segurança, como se quando eu tivesse do lado dele, nada de ruim iria me acontecer. Ele era grande, alto e forte.

 Mas mesmo assim,  ainda muito retraída com relação a revelar sobre minha parte amorosa. Mas ele insistia em conversar sobre isso, e eu confiava tanto nele que me abri e falei que não sentia desejo por homens. Ele riu muito e disse que já sabia e queria me mostrar uns vídeos.  

Ele me mostrou uns vídeos de mulheres grandes comendo e em poses sensuais, tocando e acariciando suas barrigas. Mulheres sendo alimentadas por homens, e se exibindo, fazendo  poses eróticas de roupa íntima. Aquilo fez meu coração disparar e perde a noção do que estava sentindo naquele momento. Aquelas visões nunca passaram pelo minha cabeça. Eu apenas fantasiava com mulheres de todos os tipos de corpo. Não havia uma preferencia, mas ver aquelas mulheres gordinhas comendo com vontade e alegria, me fez querer fazer parte daquilo. Ser o prazer delas e saber o que elas sentiam.

Esse meu amigo é foodee e gainer e a partir daquele dia nossa amizade se tornou de cumplicidade completa. Ele gostava de se estufar e eu às vezes fazia junto com ele apenas creio eu, pra saber qual a sensação daquelas mulheres em comer tanto, fazer a barriga crescer até não aguentar mais. Queria entrar nelas, saber o que elas sentiam e ter a chance de proporcionar isso a elas.  

Passei a desenvolver um comportamento foodee e isso me dava grande excitação, mas porque eu imaginava sempre o que estava acontecendo em mim, numa outra mulher. Era como se eu pudesse transferir minhas sensações com o estufamento para a fantasia de proporcionar aquilo a mulher e toda e imaginação que podemos criar nesses momentos. 

E com o tempo aquilo já não me satisfazia e chegou a me frustrar. Eu queria algo de verdade com uma parceira de verdade. Eu conversa com meu amigo sobre isso, mas ele achava besteira, que eu curtia ser foodee, que era aquilo que eu era, e só estava querendo uma namorada. Mas eu sabia que havia algo a mais. Ele me sugeriu criar um perfil e procurar mulheres na internet. Cheguei a me sujeitar a isso, porque a necessidade de compartilhar aquilo com uma moça era muito forte. Mas os sites todos americanos, e isso me desestimulava. Quando conversava com as pessoas, não tinham conteúdo e só chegavam com um tarado falando em comida e te vendo como um porco pro abate. No começo eu queria fazer amizades, sair somente do convívio com meu amigo, mas percebi que ali jamais iria acontecer alianças de amizade. Já conversei com algumas feedees e foodes, mas praticamente todas eram heteros, e, só me usavam pra se exibir via web pra que eu as visse comendo e as estimulasse. Sentia-me muito mal depois, sabe. E isso acontecia eventualmente,  com as poucas que me davam atenção. Mas nesse momento, eu não sabia o que na verdade eu queria, porque não entendia bem os personagens. Não sabia o que era feedee, gainer ou foodee. Meu sonho era encontrar uma mulher gordinha ou não, mas que tivesse aquela gana de comer, aquela felicidade e prazer que eu vi naqueles primeiros vídeos e poder oferece-lhes comida, como eu via os rapazes fazendo com elas.

E nessa busca de achar mulheres lésbicas que me aceitassem, achei uma. Mas ela era da Alemanhã. Ficamos um tempo mantendo contato via internet,  mas com o tempo, eu queria mais e o fato de não poder acabou me dando muita depressão e achei melhor não falar mais com ela. E voltei ao meu iglu. Todavia, Confesso que andei em salas de bate papo de gordinhas e lésbicas em busca de alguém que correspondesse as minhas expectativas, mas no começo ia bem, até em deixar transparecer o que me dava prazer em fazer. E aí é como todos os outros já relataram aqui. Era vista como uma anormal, estranha e bizarra. E me entristecia com aquilo e até chegava a me achar mesmo anormal e não gostar de mim.

Até achar esse maravilhoso blog e me sentir acolhida e respeitada. Sinto-me tão bem aqui que nunca falei nada disso pra ninguém. Sei que podem achar que é fácil, pois não sabem quem eu sou na vida real, e estou através de uma imagem. Mas pra eu expor sobre minha sexualidade e sobre o feederismo, é extremamente difícil. Entretanto aqui as pessoas me motivaram e me sinto a vontade. Sabe, como se eu tivesse encontrado minha família, meus irmãos e parentes que todos são diferentes, mas que se entendem e se respeitam. Acho que o blog deu um up grande em meu entendimento sobre mim e sobre o que procuro.  E entendo melhor, embora não possa dizer que me aceite ainda completamente, queria ser diferente sim. Mas essa mulher espetacular que é a Venus, tem inspirado a ser quem eu sou, a me aceitar e me amar assim.  E que vou me descobrir cada vez mais à medida que me entrego ao feederismo e deixo-o fazer parte de mim. E assim como o Pedro Pacheco disse, o blog também já faz parte da minha história de vida. Pois ele me ensina tantas coisas, me mostra que eu posso ser feliz com minha natureza, me dá ânimo e coragem. Como falei Venus, queria ser só um pouco do que você é, só ter um pouco da sua coragem e determinação de afirmar; sou assim , gosto disso e me amo desse jeitinho assim”. E pro resto você adota o protocolo equino. Rsrsrs adorei isso! Não sei se você consegue vislumbrar quantas pessoas acessam o seu site e o quanto você é querida e tem feito a diferença pra muitos, como fez pra mim. E porque não dizer desejada, porque achar uma feedee não é fácil. Achar com essa alma linda de mulher  que você tem, pior ainda. Acho que todos nós somos brindados com seus posts que trazem informações técnicas vindas de estudos sérios que nos ajudam a entender o feederismo. Mas além disso, traz paixão, traz verdade, traz a sua feminilidade e traz VOCÊ; Sua beleza, inspiração, paixão e conteúdo. E por isso mesmo, somos todos, acho eu, brindados com sua presença mesmo que através desse blog. E imagino o quanto deve ser, quem tem a chance de fazer parte afetivamente de sua vida real. Pois basta ler um pouco de você pra perceber como você deve ser uma maravilhosa amiga, mãe, companheira, mulher e feedee. Você acolhe, é doce e gentil, mas ao mesmo tempo é corajosa e guerreira. Que luta pelo que acredita, por quem colocou sob sua proteção e é firme. Desculpa se falo demais nisso, é porque você está sendo demais pra minha vida íntima. Obrigada por tudo, pelo espaço, por você. E claro, por essa iniciativa pioneira e audaciosa de criar um site brasileiro pra nós. Parabéns por tudo!   

Luana Almeida

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Prévia Gainer

Boa noite meus doces!

Está pronto do texto sobre Gainers mas ainda vou revisa-lo. E pra esquentar o assunto....




segunda-feira, 14 de julho de 2014

O Feeder


Como foi pedido pra que eu produzisse um texto de maior profundidade sobre feeder, aceitei o desafio. Vamos lá!

Falar sobre eles pra mim é sempre muito complexo, pois não é algo que pertence a minha natureza, então tudo o que escreverei é fruto de observações dentro de minhas relações e conversas com muitos feeders que já falei on line de vários países, idades e culturas.

Quem é o feeder dentro do feedism?

É o alimentador, o engordador. Sempre usamos o artigo (o) pra referirmos ao feeder, mas na verdade não existe somente feeders homens, embora seja a maioria, como a maioria feedee é de mulheres.

Essas duas palavras talvez defina bem o feeder; alimentador e engordador. É uma pessoa que tem desejo por mulheres ou homens acima do peso. Tem um olhar pra esse biótipo diferenciado e é sua preferencia sempre. O que não significa que somente vá sentir atração e se envolver com mulheres fofas. Mas entre uma e outra, ele sempre preferirá a mais gorda. E isso vale pra mulheres também. Tenho amigas que somente gostam de homens grandes. Não digo obesos, estilo buda, mas grandes, que ocupe bastante espaço na cama. Do tipo que onde você esticar seus braços pra tocar, ainda terá homem ali. E isso é o que tanto homens quando mulheres feeder, gostam: cama cheia e pesada! Se quebrar então, beleza. Sinal que tudo corre como o desejado. rsrs
Mas isso ainda não faz a pessoa ser um feeder.  Isso ainda é uma preferencia. Como existem pessoas que preferem negros, brancos, altos, morenos, ruivos, marombados, magros e por aí vai. Isso ainda não é fetiche. Salvo se ele ou ela somente e unicamente sinta atração e se excita exclusivamente por um tipo de corpo. Pois fetiche é uma exclusividade por algo específico que através daquilo o indivíduo sempre estímulo sexual. Mas enquanto estamos na preferencia, mesmo que exagerada, ainda sim, é uma preferencia. Então o feeder tem preferencia por mulheres obesas e fofas. Ou pode ser realmente fetichista por mulheres com esse estilo de corpo, abolindo de suas relações por pura falta de atração e excitação mulheres fora dessas medidas corporais. E mesmo que ele seja um fetichista por gordinhas, isso ainda não o define como feeder.

Mas então o que faz a pessoa ser um feeder?

Lembram da história do Pedro Pacheco? Ele se relacionava com outras mulheres, mas a preferencia era gordinhas e bbws. Mas o que o animava e excitava no envolvimento com a prima, mesmo ainda na pré adolescencia, era acompanha-la engordando e imagina-la maior. E outro ponto é vê-la comer e fantasiar dando-lhe comida em um clima sensual e amoroso. Esse cara é um feeder. Quando esses dois fatores nasce numa pessoa, ela tem tendências feeder.

Todo feeder sem exceção sente prazer em acompanhar um corpo crescendo e ver uma mulher comendo com uma gula selvagem. Entregando-se ao prazer da comida e das sensações que ela provoca aos sentidos dela. É como se aquilo pudesse toca-lo de uma forma alucinante que causa grande prazer erótico e o excita sexualmente. Vê-la comer grandes quantidades de comida com prazer, gemendo, de olhos fechados pra sentir melhor o prazer do sabor, é algo enlouquecedor pros feeders. Sem exceção.

Mas as metas e objetivos de engordar são variáveis. Existem feeders que querem, desejam e fantasiam com parceiras muito grandes. Com 170 quilos pra começar. Quanto maior, melhor. E outros que não desejam tanto assim. Mas o fator em comum é que todos querem engordar suas parceiras, querem vê-las ganhar mais dobrinhas, ficar mais larga, mais cheias de tudo. Mais e mais sempre. O imaginário de um feeder, é sempre pra mais e nunca pra menos. Ele nunca vai desprezar sua parceira se ela atingir um peso elevado do tipo: “nossa, engordou demais, vamos diminuir um pouco”. Nunca. Ela jamais será feia pra ele, simplesmente porque engordou demais. E ao passo que ele vê a engorda da pessoa, mais ele a imagina maior e mais pesada. Assim com um gainer se excita ao subir na balança e ver que aumentou seu peso, o feeder se excita pela mesma causa, só que no outro.

Existem feeders que são considerados meio radicais, que conduzem suas feedees a um processo de engorda extremo e rápido. Faz parte da maneira de sentir mais prazer. E apenas ratificando que isso não é ele quem impõe. Mas a dupla sente igual prazer dentro desse processo intenso e acelerado de engorda. Acho válido desde que isso seja prazeroso pra ambos. Resultados rápidos, requer medidas de engorda que já é conhecida da maioria. Dietas hiper calóricas com refeições frequentes, somada a estimulador de apetite e suplementos calóricos. Mas isso não significa que a feedee tenha que viver nesse ritmo pra sempre. Geralmente esse ritmo é mantido para se atingir uma meta de peso de forma rápida. Isso é considerado algo que oferece um intenso prazer e estímulo erótico dentro de uma relação, mas somente se ambos estiverem curtindo. É necessário ser uma parceria que se combine e gere alegria e leveza. Mesmo dentro de um processo que para muitos, pode ser radical. Mas é válido, repito, se ambos são felizes dessa forma e de verdade. Nada pelo feeder ou pela feedee. Mas pra ambos.

Porém existem feeders que não desejam um corpo tão grande assim, ou processos rápidos demais e curtem algo mais lento e suave. Se concentrando mais no prazer de alimentar e admirar sua feedee comendo, estimular seu apetite, e ve-la engordar aos poucos. Entendo que o maior prazer está nesse caso na alimentação e no jogo sensual que existe nisso. Levar a feedee para comer junto, vê-la devorando grandes quantidades de comida, podendo levar alimentos que ela goste, servindo-a, estimular que ela coma mais e sempre. Ver sua barriga crescendo porque está comendo muito. Vê-la ficar mole, lenta, sonolenta e preguiçosa porque comeu demais e poder deita-la e  somente curtir esse momento, óbvio com muitos carinhos na barriga que faz parte dissociável de toda relação feeder e feedee. A barriga de uma feedee tanto pra ela, como para um feeder é algo realmente muito “sagrado”. Não sei realmente porque e ainda reflito sobre. Não como feedee, porque já desiste de tentar analisar esse lado. Acho que é muito melhor não racionalizar isso e simplesmente se entregar e sentir. Se é algo que brotou em mim, que seja, e me faça mais feliz. Cansei de parar pra analisar o porquê desse mundo em mim. Sou pura sensações e quero mais de tudo. Mas como pesquisadora, realmente, analiso essa relação profunda com barrigas dentro do feedism, de todos os personagens, e não somente do feeder e da feedee.

Então para alguns feeders o maior prazer está em engordar enquanto que pra outros, o maior prazer está em alimentar. Embora curtam a mesma coisa. Não dá pra não sentir prazer com esses dois lados. O diferencial é a intensidade e foco somente, onde um se centra mais em engordar e ver resultados, o outro curte mais os meios e claro, também os resultados do crescimento.  Uns querem altos resultados, enquanto outros não tanto. Mas estou falando aqui, de resultados, mas tanto um quanto o outro, desejam grandes resultados. Pra ficar mais claro, uns preferem bbw – mulheres que giram em torno de 130, 150 quilos. E outros desejam suas feedees se tornando ssbbw; mulheres acima de 190, 200 quilos. Então em termos de quilos, tanto um quanto outro perfil, gostam de mulheres “ de  peso” e grandes. E ser o fator engordador e que estimulará uma mulher pequena se tornar uma super mulher redonda e roliça é um dos maiores prazeres e que estimula a libido dos feeders. Ser aquele que será o agente estimulador para que ela se entregue por completo ao prazer indescritível de comer sem culpa, sem medo e ser livre é um orgulho aos feeders.

E por falar nisso....

Acredito que na cabeça dos feeders há um grande desagrado com os moldes que o meio estabeleceu atualmente e a cobrança disso para as mulheres de um modo geral. Somos empurradas a detestar-nos gordas, a nos achar feias gordas, a não aceitar isso, caso contrário seremos desprezadas pelo sexo oposto. Isso creio eu, seja algo que os feeders abominem. Essa imposição, essa cultura magra. Não somente por eles preferirem justamente o oposto. Mas porque isso causa grandes frustrações a mulheres com tendência a sobrepeso e gera culpa, medo, ansiedade, e baixo estima, se estão acima do peso considerado desejável. E muitos, ou todos os feeders, mesmo sem ter essa consciência, acabam sendo um agente libertador dessas amarras estéticas, sociais e psicológicas. E as conduzem a se entregar aos seus desejos e prazeres referente a comida e a gula que sentem para comer. Que se autoflagelam por simplesmente serem educadas a controlar a boca, que é feio comer demais, é doentio, deselegante, etc. E para o feeder que tem consciência desse fato nas mulheres, ter o prazer de liberta-las disso, é motivo do seu mais profundo orgulho e auto satisfação. Não é algo somente por eles, mas por saber que estará oferecendo um mundo de prazeres e alegrias para elas, como se pudessem tira-las de dentro de uma prisão de limitações, deixando-as livre pra dar vazão aos seus prazeres mais profundos. Claro que nem todas as mulheres, nem todas as gordinhas sentem essa frustração e aceitam ser libertas. Essas não têm tendências feedee. E o desejo de estar em forma é muito mais forte do que seu prazer em comer. Porque pra essas realmente a alegria está em comer pra manter e moldar um corpo em forma. Não há dentro delas aquela gula e paixão por comer e se entregar a comida, saborear cada mordida, o sabor que desce pela garganta liberando grande prazer e satisfação. Nem todas as mulheres sentem isso. E as que sentem, se podam, porque não querem engordar. E vive em conflitos, numa guerra diária entre se entregar a isso e lutar contra. Ah mas por que?

Porque é feio e ridículo ser gorda. Gorda é desprezada e que ninguém quer. Que as amigas convidam pras baladas, só pra que elas fiquem em evidencia. Daí vem a baixo estima, a insegurança, a carência e a fragilidade e muitas acabam se entregando a qualquer um porque quer companhia, se sentir um pouco desejadas e bonitas. Muitas são tão treinadas a se sentirem feias, que não acreditam quando um homem chega pra elas e fala: “ nossa você é linda assim. Toda fofinha”! Elas acham que estão de sacanagem, so pra leva-las pra cama.

E para um feeder ter a chance de tira-las dessa visão ilusória e embutida pelo meio preconceituoso e idiota, é uma honra, um prazer, uma conquista.
Então eu vejo o feeder, muito além do cara que quer engordar as gurias pra comer depois. Tipo a bruxa má de João e Maria. Vejo muito mais do que um cara egoísta que quer moldar as mulheres para o que ele gosta e lhe dá prazer. Isso é a visão de muitos de fora, e digo até de dentro também que mantém uma visão superficial e distorcida.
Ele é a pessoa que abre a porta para que a natureza feedee que está adormecida dentro de cada um simplesmente aflore, e floreça.

Ele é uma pessoa sensível, zelosa e protetora. Que ama cuidar da feedee. Se preocupar com sua saúde, com sua alegria, e bem estar. Que compartilha da alegria dela no ganho de peso, ou o quanto se acabou de comer na ceia de natal, ou no final de semana e o que de mais gostoso ela comeu. E que mesmo a contra gosto, a entende e aceita se ela decidir por um tempo, manter suas medidas como estão. Pois a feedee nem sempre está disposta a engordar sem parar. É o cúmplice que ela pode dividir e abrir seus desejos mais íntimos e profundos. É quem irá entendê-la, aceita-la e guia-la a cada vez mais se entregar a esses prazeres. Ele analisa o que lhe dá mais prazer e alegria e a forma como acontece isso, para justamente poder oferecer-lhe o melhor do que ela sente e gosta de receber. Estimula-la para o seu melhor. Todo feeder tem em seu perfil o poder de ser sensorial, assim como a feedee e os feedists de um modo geral. Mas esse poder sensorial ele investe em observar e sentir sua companheira. Como ela sente prazer, o que lhe dá mais satisfação, quais sentidos nela é mais aguçados e lhe conecta com seu eu feedee mais profundo. O feeder deve conhecer sua feedee como ninguém. E isso só ocorrerá se ele prestar atenção nela e não focar no que ele quer e gosta. Porque uma coisa que entendi dentre muitos feeders que conversei, é um perfil muito doador. Seu maior prazer é ver e sentir o prazer da feedee. Sem isso, ele murcha e não tem alegria no fetiche. Se ela não sente aquele entusiasmo em comer bem, em crescer, em perder roupas, em aumentar os ponteiros da balança, em olhar pra uma pizza gg com os olhos arregalados e famintos de uma gulosa que está dois dias sem comer; o que tudo isso é fantástico pra ele, mas sem o prazer, diversão e alegria dela, perde todo o sentido de ser pra ele. Porque na verdade, o maior prazer e excitação dele, é ver e acompanhar o prazer dela. Então uma pessoa que acha que pode forçar outra a ser feedee, ainda não entendeu o que de fato é ser um feeder.  O feeder pode encaminhar, conduzir, mas jamais forçar. E quem pensa diferente, não é muito destoante dos babacas que circulam no meio das gordinhas, achando que somos “uma comidinha fácil”. Ele não sabe o que é feeder e nem tem a capacidade de entender o que é feederism. Afinal o feedism não é pra qualquer um mesmo. Nem todos têm a capacidade e sensibilidade de entender esse mundo. Existem pessoas que são tão programadas que ficam cegas e se fecham por completo a tudo que fuja do convencional que lhe foi ditado.

Tenho prazer e grande contentamento em falar sobre feeder, embora no começo do texto me sentisse meio insegura. Pra mim é uma responsabilidade tudo o que escrevo no blog, porque querendo ou não, estou falando sobre um assunto que foge do meu mundo íntimo. Falo sobre um fetiche e um estilo de vida de um grupo grande de pessoas. E por mais que eu fale o que eu, e tão somente eu pense e veja, como estou em público, acabo sendo formadora de opiniões. Mesmo que eu não queira nada disso. Mas não se faz um omelete bom sem quebrar os ovos e desembalar o queijo, né! Escolhi criar esse espaço, escolhi me expor publicamente, pelo menos mentalmente através de textos e não me arrependo disso. Só assim acho que as pessoas entendem que no Brasil há outros como eles e que há um espaço onde lhe entendem, lhe respeitam, que poderá fazer amigos e quem sabe até conseguir um par pertinho que se encaixe com seu modo de viver o feedism. E que há sim matérias escritas no Brasil por fetichitas e bem elaboradas. Tenho responsabilidade porque quero criar um conteúdo de qualidade. Porque cansei de ler babaquices sem noção sobre o feedism. Isso sim é que são aberrações sem tamanho.  Então, tudo que trago e exponho aqui, com certeza, foi feito com o maior esmero possível e compromisso. Portanto, falar justamente sobre feeder, que é uma figura colocada como o diabo egoísta, manipulador e ditador, que só quer entupir as mulheres até explodir por seu bel e exclusivo prazer, sem um pingo de preocupação com suas saúdes e suas vidas. E afirmar categoricamente que isso não é verdade e explicar porque não é, pra mim é especial e significativo. Não digo que não haja feeders assim, porque nas minhas andanças virtuais, já tive o desprazer de conhecer um. O que não admito é colocar pessoas assim como um perfil padrão, modelo ou arquétipo dos feeders. Mas paro pra analisar. Podemos entendê-los como feeders realmente? Ou um fetichista desequilibrado, egoísta, egocêntrico com síndrome de deus, sem o perfil que compõe, mesmo com suas nuances, um feeder legítimo? Prefiro não responder e deixo a cargo do leitor a resposta.

Bom, pra finalizar, eu sei que ele não vai gostar, mas não posso deixar de fazer um texto sobre alimentador e não agradecer meu feeder.  A Vênus não existia sem a intervenção dele em minha vida, pois a Vênus de Willendorf só existe, porque por trás dela, existe uma feedee. E declaro publicamente toda a minha admiração e respeito por ele, não de feedee para feeder, mas de feedist para feedist. Você abriu a porta e eu fui adiante. Foi fácil. Porque já existia dentro de mim o que eu sou. E te agradeço por me fazer enxergar isso. Mesmo que eu diga as vezes que, você deveria ter me oferecido a opção das duas pílulas. Ter a sensibilidade e capacidade de conduzir uma mulher normal e completamente leiga no assunto, a florescer como uma feedee, não é pra qualquer um. Somente aos que entendem, sentem, são e sabem manifestar com primor o feeder que há dentro de si. E você sabe como poucos. Detém a beleza de ser um legítimo feeder, sendo o cuidador, o tentador, o engordador e o protetor. Obrigada!

E todo Feeder acima de qualquer desejo seu deve valorizar, respeitar e zelar por sua feedee, pois sem ela, ele simplesmente não tem como exercer seu fetiche e desejo mais íntimo, secreto e profundo que Só ELA é capaz de proporcionar, de verdade, com carne, osso e "fofura", sem relações frias, vazias e distantes on line, com alguém de outro país ou estado, que não fale a sua língua, nem nunca vá sentir o calor do seu corpo e nem você o dela. Fica a dica!  

Bjo da Vênus