Vamos as definições
Dicionário Michaelis– sm (fr fétiche) 1 V feitiço (acepção 2). 2 Manipanso. 3 Objeto de reverência
ou devoção extrema ou irracional.
Dicionário Aurélio -Objeto que supostamente tem poderes mágicos. &151; Muitos povos
adoram ossos, estátuas, pedra com formas estranhas e outros objetos. Em algumas
sociedades, certas pessoas conduzem consigo fetiches, como pés de coelho ou uma
figa para terem sorte. As ferraduras e os raros trevos de quatro folhas também
são fetiches comuns.
Dicionário Priberam -.Objeto a que é prestada adoração ou que é considerado como tendo
poderes sobrenaturais. = FEITIÇO
Objeto,
parte do corpo ou tipo de comportamento que provoca excitação sexual.
Dicionário Dicio - Objeto que se cultua por se atribuir valor
mágico e/ou sobrenatural.
Psicopatologia. Qualquer objeto ou parte do corpo que pode ser erotizado para satisfazer os desejos de alguém. Objeto possuidor de características mágicas.
(Etm. do francês: fétiche)
Psicopatologia. Qualquer objeto ou parte do corpo que pode ser erotizado para satisfazer os desejos de alguém. Objeto possuidor de características mágicas.
(Etm. do francês: fétiche)
Pegando essas definições, e o que sabemos
sobre o nosso fetiche, um ponto bem interessante a se destacar é sobre o ato de
adorar e ter um objeto de culto. E sendo assim, quando trata-se de uma pessoa
que detém o objeto de culto, ele passa a ser visto como um Deus ou Deusa. E
justamente por isso que na podolatria, quem tem os pés adorados é chamada de
Deusa.
Outro ponto interessante é que a palavra
Fetiche, vem de feitiço. E que nesse bojo, eu associo a estado hipnótico, de
profunda adoração. Um podolatra entra num estado hipnótico estando à frente de
seu objetivo de culto e adora os pés da deusa. Para ele é algo que provoca o
mais profundo desejo e o estimula sexualmente e sensualmente. Da mesma forma é
um feedist (quem pratica o feedism de um modo geral). Ele se excita e é estimulado mais e mais a níveis “hipnóticos”
quando está diante de seu objeto de adoração, seu “feitiço”. O mecanismo não é
diferente de nenhum outro fetiche, então se você tem o seu, respeite o meu!
Pessoas fetichistas podem ser despertadas
para o seu fetiche com as chaves certas. Mas somente se ela tiver o fetiche dentro de si.
Não adianta querer ser ou ter. É o mesmo que querer obrigar uma pessoa a gostar
de melancia. Você até pode apresentar a fruta, e se ela se sentir aberta a
experimentar, poderá ver se vai gostar ou não. Se o sabor estiver internalizado
dentro dela como algo agradável, ela passará a consumir melancia. Porém se
dentro de seus códigos mentais, ela não tem qualquer tipo de sensação agradável
ao paladar com a fruta, ela não aceitará como algo que possa consumir. Ou seja, na verdade, ela já tinha o gosto
pelo sabor da melancia, o que ela precisava era provar pela primeira vez. E ela
só provou porque estava aberta a experimentar um novo sabor. Porém gostar de novos sabores é fácil.
Difícil é se manter aberto a explorar novos desejos e satisfação sexual com
algo não convencional e que para todo o resto que você conhece é “esquisito”.
Mas o Feederism é só um fetiche? Dentro do
que entendo, não é apenas isso. Um fetiche simples, está associado a
estimulação, excitação sexual de um indivíduo. Geralmente ele funciona como um
gatilho que desperta o fetichista para elevados níveis de intensidade de seu
desejo sexual, onde culmina ou não com o orgasmo e a ejaculação.
Porém pessoas ligadas ao feedism têm uma
visão diferente e um perfil social também diferente. A começar pelo gosto
peculiar por pessoas fora dos padrões de beleza, achando-as atraentes e belas.
Isso já denota uma personalidade não convencional que cede a seus desejos e não
ao que é considerado bonito aos olhos alheios. Mas nem todas as pessoas ligadas
ao fetiche é gordo. Muitos têm corpos em forma, magros ou pouco acima do peso.
Os alimentadores em sua maioria são magros ou em forma, pois seu fetiche está em ver e alimentar e não ser
alimentado, logo não engordam por conta do fetiche. Com exceção dos que são
ambos, tanto feeder, como feedee, chamados de mutual gainer. Embora o ato de
engordar possa ser controlado e nem todos são realmente obesos.
Como o objeto de fetiche também está
interligado a mudanças corporais através da alimentação, isso influencia
diretamente na vida e no dia a dia de seus praticantes. Logo, diferente de
um fetiche mais simples que se liga apenas a excitação sexual, o feederism está
presente todos os dias na vida de seus fetichistas. Está na forma como ele é atraído sexualmente, na forma como ele conduz a sua alimentação ou de seu parceiro, na forma
como molda o seu corpo, como o aceita, o ama, ou como deseja o outro, e principalmente, como é sua relação emocional e psicológica com o resto do meio social em que
vive, norteado justamente por suas escolhas motivadas pelo seu fetiche. Sendo
assim, isso faz do fetiche, não somente um fetiche, mas um estilo de vida e uma
forma singular de ver e interagir com o meio.
E justamente dentro de todo esse contexto é que acho o Feedism- Feederism algo realmente complexo que vai muito além de um fetiche, puro e simples!
Perfeito! Mais que um fetiche, é um estilo de vida para os Feedist
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