O pré-conceito sobre Feedism!
O pouco material que se acha sobre o
assunto, esmagadora maioria sites em inglês, passa uma visão aterradora,
estranha, bizarra e todos os documentários que achamos, abordam o tema
explicitamente e implicitamente como algo doentio, passível de tratamento por
se tratar de um desvio psicológico. Poucos sites, todos americanos são instrutivos e servem como meio de interação entre os praticantes. A falta de bons materias sobre o tema, exposto de forma esclarecida e embasada, ajuda e muito aos poucos que lerão ou
verão sobre o assunto, sairem com a opinião formada que as pessoas ligadas
ao feedism são anormais, doentes, e porque não: perigosas. Simplesmente porque
muitos documentários adoram abordar a “versão mais hard” da prática, como se
isso fosse uma resumo do que é. Talvez porque seja a que conhecem, ou a que dá
mais ibope e é sensacionalista. E por essas matérias que os leigos acabam
comprando a ideia que o feedism se resume em um casal hetero onde o homem
(fedeer) é o alimentador de sua parceira que é a alimentada (feedee) até que
ela chegue a níveis mórbidos de não conseguir sair da cama e ter pouca mobilidade
devido ao peso que se chega e ser dependente completamente do parceiro até pras
necessidades mais básicas de higiene pessoal e alimentação. É verdade que há
casos do tipo, mas isso não resume a prática e faz parte de um pequeno grupo de
pessoas. Tal situação é inclusive questionada por muitos praticantes, mas esse é um tema que irei abordar em outra oportunidade.
Ainda esclarecendo sobre ideias "vendidas" pelos blogs e documentários por aí, é bom deixar claro que as
relações entre parceiros não são somente entre casais heteros, mas há muitos
casais homossexuais que tem o mesmo fetiche e são feedist*(praticantes em geral de Feedism)
Muito parecido, porém sem comparação
em vários aspectos, são as práticas S/M – BDSM- Sadomasoquistas. Seus adeptos
formam um pequeno grupo que em sua maioria vivem no anonimato. São mal
compreendidos pelos leigos e curiosos, julgados como doentes e anormais,
promíscuos, estranhos e bizarros. E
muito material sobre o assunto não esclarece e distorce cada vez mais,
mostrando cenas de fato perturbadoras de violência e alta tortura, zoofilia (o
que não é uma prática BDSM pois não estabelece sadismo de um e masoquismo de
outro), coprofagia que fazem parte de um pequeno número de pessoas dentro dos
BDSMs. Entretanto é importante frisar que diferente do Feedism (fetiche muito
mais recente do que o S/M em termos de material visual e escrito), o BDSM tem
pela internet vasto material de qualidade escrito por pessoas sérias de fato,
que tem o BDSM como estilo e filosofia para suas vidas e não como uma
curiosidade adolescente e nem como leigo que viu um vídeo sobre o assunto e se
achou conhecedor o bastante pra lançar sua opinião publicamente. Há grupos de
bate papo exclusivos para o público sado e se você ficar por vinte minutos numa
sala de chat com algum nick sugestivo a prática, com certeza terão pessoas que
identificarão e saberão do que se trata. Pois é algo mais “popular” que o feedism.
Como também é de mais fácil a interação entre os afins, graças a ferramenta da
internet e dos grupos para S/M. Mas dentro de nossa sociedade, ainda são
marginais – vivem a margem dos conceitos morais e éticos da nossa sociedade e
em vias gerais, são mal vistos e incompreendidos.
Da mesma forma são os que fazem parte
do Feederism. Todos são marginais por viverem a margem de vários conceitos
sociais, e aos que são gordos; dos conceitos ESTÉTICOS e do que é considerado
são pelo meio que vivemos. Ou seja, um feedist é discriminado pelo menos duas
vezes; primeiro porque não faz parte do modelo estético considerado o aceitável
e ideal, caso seja obeso, e segundo porque não é visto como uma pessoa normal;
afinal quem em sã consciência acha atraente pessoas obesas, ou tem prazer e
gosta de ser obesas, ou querem engordar, ou sentem excitação sexual associando
comida a sexo ou erostimo? Ninguém? Ou só os malucos, certo? É assim que todo o
resto da sociedade mundial nos vê, pois acredito que só quem é um feedist pra
entender de fato, outro feedist.
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