Não sou de entrar em fóruns
“antifeedism” pra bater boca nem tentar explicar nada, pois é perda de tempo e
desgaste desnecessário. Aquele que já tomou algo como verdade, não haverá
argumentos que o faça mudar de ideia, ou abrir sua mente. Ele se fechou, e
somente ele mesmo poderá abrir-se para algo diferente. Então respeito à
idiotice e ignorância alheia.
Mas gostaria de responder ou nem
responder, mas explanar alguns tópicos que ficaram como comentários na página
de A Liga, no facebook e canal Uol, que
passou uma matéria sobre o feederismo (termo adotado pelo programa e que muitas
pessoas também adotam), como já postamos aqui. Não respondo com o intuito de rebater, mas desmistificar oq ue foi dito aos leigos e curiosos que não entendem e querem entender sobre o Feedism, também a quem interessar possa.
Vou dividir em blocos e este é o
primeiro.
Bloco 1
Na página podemos ver um foco muito
grande para a obesidade e o contrassenso entre a mulher ser gorda e o cara ser
sarado. Isso foi colocado como egoísmo, falta de amor por parte dele, que
deveria também engordar se gosta de engordar a mulher. Tipo assim “ eu te ferro, mas pra você não se
ferrar sozinha, serei solidário e me ferrarei também engordando junto.
Vamos lá. Primeiro é preciso se
entende o que é um fetiche, coisa que a massa burra, não sabe. Não sabe
diferenciar fantasia, fetiche e putaria. E aí entra a questão do
conservadorismo hipócrita. E sabe lá Deus o que esse povinho moralista de boca,
faz entre quatro paredes com a desculpa: “entre quatro paredes e entre o casal
vale tudo”. Hummmm sei.
Por que é tão complicado para as
pessoas entenderem que uma mulher, que uma pessoa simplesmente goste, queira e
ame engordar e ser gorda? Se pegarmos um machado, abrir a cabeça dessas pessoas,
mesmo assim isso não vai entrar. Por
isso as críticas. Acham que ela faz isso por amor ao monstro egoísta. Mas não
é. Como não conhecem acha que ela passou a engordar porque ele pediu. Pelo
contrario. Embora eu não a conheça, mas acredito que ela, assim como 90% das
feedees já eram gordinhas, com as mesmas tendências a gostar de engordar sem o
feeder. Então ela não engorda pra agradar, nem por amor. Engorda pro seu
prazer. Porque gostamos, sentimos tesão e prazer em ser gordo e grande, e não
aderimos, desculpem, os modelos ditados, como bois no rebanho. Sentimos prazer
em tocar nosso corpo e senti-lo fofo, macio. Como nos libertamos dos moldes
ditados do que DEVE SER BELO, somos livres pra dar vazão a um prazer inenarrável
que é comer de tudo que nos dê prazer e na quantidade que quisermos. Sem culpa,
ou ter que enfiar o dedo na garganta depois pra vomitar porque comeu demais e
não pode engordar, pois gordo não é bem aceito nem visto.
Pergunta: Por quem?
E apenas pra constar. Esse casal não
é o único. Eles fazem parte de um estilo de vida chamado de Feedism ou
feederism, como queiram. E há centenas de pessoas com o mesmo desejo e
tendências comportamentais que está relaciona a sua expressão sexual e sua
libido PELO MUNDO INTEIRO. Procurem ler o que é algo pra ter embasamento e
argumentos, antes de disparar a metralhadora com fezes aos quatro ventos. Então
não há apenas o feeder (alimentador) nem a feedee (a alimentada), há outros
personagens como o mutual, o foodee e outros que são apaixonados por bbws e se
colocam como estimuladores e incentivadores dos gainers (pessoas que tem prazer
e desejo erótico em engordar). E aos que tanto se incomodam com quem é gordo,
nem todos os fetichistas são gordos. Mutual, Foodee são em geral magros e não
tem necessidade de engordar a si e nem a outro.
E se quiserem saber qual o barato deles dentro do nosso estilo de vida e
fetiche, há a ferramenta de “busca” em nosso blog. Use-a, assim como sua
capacidade de melhorar e ser mais inteligente e usar seu cérebro atrofiado com
moldes que o meio moldou desde que nasceu.
Para resumir – o feeder sente desejo
por mulheres grandes, bbws. Gosta de servi-las e sente prazer erótico vendo-as
comendo. A feedee ama comer em grandes quantidades, e é livre pra isso porque
se libertou dos modelos estéticos atuais. Come sem culpa e engordar é uma
consequência pelo prazer de dar vazão a sua gula. A feedee tem prazer erótico
em comer, e o sabor dos alimentos estimula sua libido e excitação. Isso é algo
dela e não implantado pelo feeder. Logo ela não é a iludida, coitadinha e
babaca que come pelo feeder, engorda por ele. Ela somente faz isso, por ser o
seu maior prazer íntimo. Entendeu? Precisa de gráficos?
Li o seguinte: Quero ver quando ele
der um pé na bunda dela, o que ela vai fazer. Como se submete a isso por um
homem”.
É o prazer dela e não o dele. Ele apenas a satisfaz, pois satisfaze-la é o seu fetiche, o seu prazer. Logo ela não é vítima dele,
nem manipulada por ele. Com o tópico acima já ficou claro. E se a relação
acabar, o que ela fará? Nada. Vai continuar linda, gostosa e gorda, porque é o que ela
é; linda sendo gorda. Não se esqueçam que nossos moldes de beleza não são os mesmos padrões da maioria. E provavelmente irá arrumar outro feeder. Nossas relações são como todas
as outras. Acaba, sofremos e logo nos relacionamos com outra pessoa. A vida é
assim e a nossa não é diferente. Então não há submissão. Há duas pessoas cujos prazeres e desejam se completam. Ele ama vê-la comer, seu corpo grande,
crescendo e alimenta-la. O dela é comer e ser alimentada por um homem que tem
prazer com isso e aprecia quando há ganho de peso dentro dessa dinâmica. Então
ela não se submete, ela deseja isso por ela mesma. Simples!
Ninguém precisa aceitar isso. Eu não entendo
quem curte fazer sexo com animais ou gente morta (alias o último dá cadeia –
violação de cadáver), curte encenação de estupro e violência (o que pra mim é
uma tendência a psicopática reprimida dentro de fantasias sexual apenas) Mas
também não vou perder meu tempo criticando e massacrando essas pessoas. Permito
que cada um tenha liberdade dentro de si de expressar sua forma de sexualidade
desde que isso não faça mal a ninguém e seja de comum acordo entre ambos. Isso
é respeitar o ser humano e sua liberdade sexual. Há muitas décadas atrás o
homossexualismo era entendido (e é ainda até hoje por muitas pessoas) como
doença, depravação, palafilia, aberração. Conseguiram ter seus direitos de
respeito garantidos por lei e a maior vitória; a união estável. Mas gays, cross
dressers e transgêneros em geral sofrem ainda com a violência física de grupos
“xiitas” criminosos e com a intolerância. Até quando temos que aturar gente que
não respeita a forma que cada um tem de expressar sua sexualidade? Por que se incomodam tanto com a vida alheia?
Olhe pra dentro de si mesmo. O que te provoca raiva por um comportamento alheio
que não esteja ferindo outrem, é ranço e preconceito e essa raiva apenas está
dentro de você (e até talvez expresse tendências sufocadas e reprimidas).
Exploda-se com ela. Mas não precisa contaminar outras pessoas. Porque raiva e
preconceito, faz mal pra alma. Não seja um contaminador. O mundo não precisa
disso. Ele precisa de pessoas como você pra servir de exemplo, de como não criarmos
nossos filhos e ensinar a necessidade de respeito a todos, mesmo que outros
estejam fazendo algo que não achamos bom ou não entendemos.
Não me admiro com a estupidez do ser humano, e
sua incrível capacidade de ser pequeno. Respeito o direito de qualquer um de
sê-lo. Vivemos numa sociedade de mentira, hipócrita, falsa moralista e de
aparências, onde é valorizado a capa e não o conteúdo de dentro, onde somos controlados e guiados como bois num grande espaço para
onde quiserem nos levar. E não nos damos conta disso, pois permitimos sermos
programados e por isso somos chamados de massa. A grande massa, é igual, burra
e foi chipada pra pensar conforme a maioria. Poucos são questionadores e
assumem ser diferente. E menos ainda é o número de pessoas que tem coragem de
levar adiante suas convicções e seus desejos e estilo de vida com o massacre
que sofre por estar “fora da casinha”. Mesmo que isso seja silenciosamente
dentro de si mesmo.
Ah sim... e por falar em monstros... Antes
de apontar o dedo pra um feeder, apontem pra si mesmos. Porque com a cobrança
brutal, injusta e impiedosa que a sociedade impõe a mulher de ser magra,
perfeita, sem barriga, malhada, esguia, é que transformaram mulheres obcecadas por
academias, cirurgias, silicone, lipo (que já matou muita gente e deformou também)
por dietas absurdas e tratamentos malucos pra perder isso ou aquilo. Sem falar
na anorexia, que isso sim, é uma doença que já matou e pode matar muitos, sem contar
ainda no sofrimento pra quem tem um anoréxico na família.
Termino esse primeiro bloco com um comentário de uma menina na página referida: “To cansada dessa sociedade que padroniza tudo..... Tem que ser magra tem, que ter cabelo bom tem que ser bonita e ainda por cima ter que ver um idiota desses se achando. lixo humano”.
Bjo da Vênus e o meu dedo do meio
gordo pra quem não respeita a vida e as escolhas alheias.
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