terça-feira, 26 de agosto de 2014

Moda por padrões de beleza e comportamento feedist?

Li em algum lugar que não lembro agora, um questionamento se agora a moda era ser gordo demais.

Vamos falar sobre padrões de moda.

Já ouvi de alguns feedists que seria muito mais fácil nossa vida se os padrões de beleza fossem como na época onde se valoriza um corpo grande e obeso. Realmente, seria mais fácil.

Porém não um caminho que acho viável. Primeiro que acredito que não deveria trocar um pelo outro. O formato que nosso corpo deve tomar, não deveria ser algo passível de “moda” ou um padrão estipulado pelo meio, mas algo que cada um possa escolher pra si, sem que seja mentalmente direcionado pra um padrão considerado ideal e perfeito.

Não queremos mudar moda, padrões, mas justamente que as pessoas aceitem como cada um gosta de modelar seus corpos. Acho que o X da questão é esse. Mas o fato é, que ser gordo é ser massacrado e no mínimo criticado, pressionado e temos que lidar com olhares atravessados ao passarmos na rua. SSbbw praticamente são vistas como atração circense, fora do nosso mundo. Quando eu apenas queria ver um dia que todos os tamanhos fossem respeitados e vistos como algo natural e do prazer e gosto de cada um o querer seu corpo maior, assim como é visto quem entra pra academia pra aumentar a bunda e as coxas. Que não existisse moda pra corpos assim ou assado.

Mas a história da humanidade nos conta outra coisa. Sempre houve modelos de corpos considerados mais admirados e isso também é passível de mudanças em culturas diferentes. No Brasil, temos uma tendência a copiar o que vem de fora, e isso não foi muito diferente na época do império até porque éramos dominados por europeus. Mas mesmo com o passar do tempo, copiamos modelos inclusive em vestuário vindos da frança, e outros cantos europeus. Hoje ainda vemos essa tendência de que tudo que vem de fora, é melhor do que temos aqui, principalmente dos Estados Unidos. É obvio que os Estados Unidos está a frente de nós brasileiros em muitos aspectos. Não temos como comparar a qualidade cinematográfica com nenhuma outra parte do mundo, apenas exemplificando. O Feederism começou a ser exposto como algo concreto na internet lá, bem antes de chegar aqui. Mas o que devemos entender e que parece ser difícil pra alguns, é que o Feedism, não é uma moda. Não é uma tendência de estação de ano, que venha e vá. Ma sim, é um conjunto de comportamentos que direcionam os indivíduos a pensar e sentir-se de forma que os conduzem a um estilo de vida diferente.

O Feederism só passou a existir como algo concreto de forma externa, ou seja, como conteúdo passível de ser lido e estudado, quando a partir de pessoas, se começou a exterioriza-lo na internet em vídeos e sites de compartilhados. Esse fato não criou uma moda, apenas expôs algo natural que existe dentro de alguns indivíduos. Tanto é que podemos aflorar e passar a nos conduzir como feedists sem sequer nunca ter ouvido ou lido sobre ele como foi meu caso e de N pessoas mais. Qualquer pessoa pode simplesmente despertar o seu eu feedist como vimos em muitas de nossas histórias aqui no blog, sem sequer ter a menor ideia da existência de que outras pessoas sentem e desejam como ele. Esse fenômeno por si só, ratificava que o feedism é algo que está dentro de cada um, e não modelos que pegamos através de conversas e leituras e decidimos querer ser. Já nascemos com ele dentro de nós. O que acontece é que um dia, ele irá sair do estado latente e crescer e manifestar-se conscientemente em cada um.  Então essa ideia que com a propagação de textos e do próprio Feederism no Brasil, e portanto achar que ele é uma nova moda, ou que algumas pessoas estão querendo copiar isso dos Estados Unidos é completamente infundada. Até porque onde houver ser humano, pode haver um feedist em potencial. É por isso que ele existe em pequenos grupos espalhados pelo mundo todo. Já falei com pessoas da Turquia, Austrália, Israel, Rússia, Grécia, Nova Zelândia, China, e praticamente todos os países da América latina.
 
Então em suma não estamos aderindo moda alguma. O Feederism não é moda que queremos copiar e trazer dos Estados Unidos. Ele é o país simplesmente que foi o primeiro a criar veículos de interação e análise sobre o assunto, e, portanto, aqui no Brasil até então, ninguém tinha se ocupado disso, já que os Feedists brasileiros se acomodaram durante anos em sites de relacionamento americanos e fóruns de sites igualmente de língua inglesa e outros estrangeiros. Nosso blog foi o primeiro conteúdo brasileiro com o intento de agregar os feedists e passar conhecimentos embasados e não “curiosos” sobre o tema. Não por aderir à moda americana, mas por ser Feedist e querer um canal nosso, brasileiro que possamos nos conhecer e trocar ideias dentro de nossa realidade. Hoje ele está tomando outra proporção. Dele saiu a página e o grupo no facebook, prioneiros sobre o  feederism no Brasil. Dele saiu a matéria da Liga que está ajudando a popularizar e alcançar mais pessoas a saber da existência do Feedism. E muitas passaram a entrar no blog e no grupo justamente porque se identificaram, viram que pode haver algum Q feedist em si.

E com relação a moda agora por padrões obesos, já falei que não queremos implantar moda, ou mudar padrão algum. Apenas alguns feedists tem preferencias por corpos grandes. Mas o que quero deixar claro aos iniciantes feedists e que ainda estão descobrindo e entendendo o que é de fato o Feederism. PREFERIR OU MESMO QUERER APENAS UM TIPO DE CORPO GRANDE E OBESO, GOSTAR DE BBWS NÃO FAZ DE NINGUÉM UM FEEDIST, OU UM FEEDER. Então esse lance puro e simples de ser adepto ao “club das gordinhas”, não irá caracteriza-lo como um feeder e consequentemente como Feedist.

Outra coisa que acho importante salientar que as modelos Plus Size, as quais, tenho maior respeito, pois elas ajudam a quebrar padrões rígidos de beleza magra, e mostrar a beleza também de uma mulher mais corpulenta. Mas isso não faz delas FEEDEES, ou FEEDISTS. São de universos completamente diferentes. Portanto não vamos confundir as coisas. Então vem a outra questão: ser gordinha, fofinha, gorda, ou gordona ou mesmo gulosa, NÃO FAZ DE MINGUÉM FEEDEE E PORTANTO FEEDIST.  E uma noticia triste aos feeders novatos. Nem todas as belas e irresistíveis SSBBWS de sites já conhecidos, sequer são feefees, ok? Mas mulheres realmente muito gordas que viram ali um meio de vida e obviamente levantar sua estima sendo vistas como uma linda modelo, desejada e admirada pelo mundo. Quem não gostaria disso, né? Mas não olhem pra elas achando que todas ali são feedees. Ledo engano!

E por fim gostaria de deixar um conselho aos novatos e iniciantes nesse mundo fascinante, mas que tem sua dose de complexidade, como tudo que envolve o ser humano e seus comportamentos. Procurem conhecer de fato sobre o Feederism, sobre seus personagens, sobre as relações que se estabelecem entre nós que são muito singulares do mundo dito “convencional”. E ainda procurem entender como a questão sexualidade e libido é sentida dentro desse estilo de vida. Antes de se lançar em campanhas desenfreadas em achar uma feedee, um mutual ou foodee pra realizar suas fantasias e sonhos. Entendam primeiro onde estão pisando, que chão é esse e de que ele é feito. Não se coloquem como arrogantes que leram meia dúzia de sites americanos e falaram no Fantasy feeder com meia dúzia de Feedees, e acham que sabem o suficiente. Quem sabe, se realmente houve um real interesse em entender o Feedism com mais profundidade, podem se descobrir apenas como FA e não como feeder. Porque uma coisa é uma fantasia sexual e outra é ter dentro de si de forma nata, todo um “ser” Feeder/Feedee/Foodee/Feedist.


Fica a dica da Vênus pra hoje!  







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