domingo, 4 de maio de 2014

Somos Feedists 24 horas por dia?


Pegando o gancho dos comentários das últimas matérias, onde foi colocado a questão que é título desse texto, gostaria de explanar mais essa temática. 

Como falei, desde as primeiras matérias desse blog, não vejo o feederism como apenas um fetiche, pois ele é muito rico e complexo pra ser só um fetiche. Vejo como um estilo de vida. 

Então se é um estilo de vida, isso significa que é parte de nossa vida, então o vivemos, o SOMOS 24 horas por dia. Pois recai como interagimos com o meio, como o vemos e reagimos a ele, compondo aí uma filosofia de vida. E ser feedist significa que você não pensa como a maioria, não vive como a maioria nem se comporta como a maioria. Não somos anormais, e vivemos de um modo geral como todo mundo, mas pensamos diferente, desejamos diferente. E quem sabe não nos vemos diferentes, e ao mesmo tempo igual a todo mundo. Enquanto outros nos acham loucos e não aceitam nossos desejos e gostos, damos vazão a eles. 

Quem realmente se entende como feedist e o vive, e não está "experimentando o fetiche", o assumiu como algo que é dissociável de si mesmo.  Então se é dissociável, é algo que é parte de você mesmo, sem ter um botão de liga e desliga.

Porém para que o fetiche de fato se manifeste no meio precisamos de práticas e exterioriza-lo sozinhas ou acompanhados seja dentro do erotismo, seja na forma como nos alimentamos associando isso a estimulação sexual ou prazer e satisfação erótica. O que não tem que se voltar pro sexo sempre, mas para um estímulo sensual e erótico o que é diferente de sexo. E nesse tocante, não estamos 24 horas do dia voltados para isso. E dentro desse prisma não ESTAMOS feedists 24 horas do dia. 

Nem sempre vamos comer voltados pra nossa parte fetichista, ou erótica. Nem sempre estaremos comendo com nosso parceiro e vamos nos voltar para o fetiche, principalmente quem tem uma relação mais ampla como casal. E vejo como um casal comum que nem todos os dias vão praticar sexo, porque afinal, nem todos os dias, irão ser despertados ou terão essa vontade mesmo que estejam dormindo juntos. 

Nós temos uma carência de vivenciar relacionamentos fetichistas e de ter impressões e reflexões ancoradas em experiencias vividas no mundo real como um casal feedist. Justamente porque é raro achar outro par compatível conosco ao ponto de se estabelecer de fato uma relação mais sólida. Já é raro achar outro. Achar um que combine e se forme alicerces é pior ainda. E isso tudo nos faz muitas vezes especuladores ou quem sabe sonhadores do que poderia ser, pois não conhecemos a realidade do convívio diário ou contínuo com outro dentro de nossa vida real e não virtual.   

E isso é uma realidade que somente o tempo poderá sanar. Quando talvez mais pessoas se vejam como feedist e o fetiche se torne algo mais comum no meio social. Para uma feedee no Brasil o negocio não é tão feio, pois somos raras, mas para um feeder ou Mutual realmente é bem complicado. Conheci poucos feeders,Mutuals e feedist de um modo geral que realmente viveram uma relação com um par dentro do fetiche. O que faz do nosso fetiche ser algo que com o tempo, talvez a nossa mentalidade e forma de levar ou ver o fetiche  mude quando vivenciarmos muitas experiencias reais com outras pessoas dentro dele. Ou seja, estamos em pleno amadurecimento de ideias, visões, pensamentos, fantasias, etc. E essa oportunidade de discutir, refletir juntos, expor opiniões e formas de ver com outros fetichistas, é fundamental pra esse amadurecimento, pra nos entendermos melhor, entender o que sentimos, como sentimos como fetichistas, pois o que eu pude apurar com tanto bate papo com feedists do mundo inteiro, é que a maioria ainda não sabe afinal qual é a sua dentro do fetiche. Não se reconhecem e hora tendem a uma coisa, hora pra outra e são indecisos no que querem, pois no fundo, falta-lhes realidade para sentir e viver pra finalmente se identificar dentro desse estilo de vida. Além de tudo, a maioria são jovens na casa dos 20,o que dificulta mais ainda se achar e entender dentro disso tudo que é algo muito amplo. 

Não sei se pela minha idade e já experiencia de vida, ou a forma como o feedism me achou, que essa dificuldade não tive. A dificuldade mesmo foi aquela já referida, mas saber o que me dava desejo, prazer, qual afinal era minha praia, nunca foi dilema. 

E voltando a falar sobre exposição... Sinto-me muito a vontade nesse espaço que vejo como um espaço feedist onde não precisamos ter vergonha, medo de ser mal entendido, nem nos esconder sobre o que pensamos e sentimos, afinal, mesmo que o ambiente seja público, estamos entre afins, para afins. Não fiz este espaço pro público em geral, e sim pra nós mesmos termos uma "casa" em língua brasileira onde possamos achar outros feedists e trocar ideias.  

Sendo assim, entendendo que somos feedist 24 horas por dia, mas dentro dessas 24 horas nem sempre estaremos feedist, é que como feedee sinto-me segura em começar um programa de emagrecimento e manutenção de certo peso abaixo do que estou hoje, e saber que isso não me fará deixar de ser uma feedee nem abalará minha forma de abraçar o fetiche pra mim. E como falamos de metas e números, pela primeira vez me voltei pra números. Tirei minhas medidas, fotos e várias posições e ver o que consigo enxugar dentro de 30 dias. Nunca fiz isso para engordar, e para emagrecer so foi feito uma vez, mas não por mim e sim pela nutricionista que me acompanhava na época quando tinha uns 13 anos. 

Então uma feedee deixa de ser feedee porque está emagrecendo propositalmente? Alguns podem achar que sim, mas não vejo como isso pode mudar nosso interior ao ponto de deixarmos de ser algo que é nossa natureza. Então estou indo contra minha natureza? Ah sim, isso pode ser. Mas não me faz deixar de ser feedee. Até porque sempre falei aqui que acho que todo processo de engordar deve ser seguido dentro da segurança médica e jamais neglicenciado nossa saúde e o processo deve ser interrompido quando nossa saúde está em risco. Então uma feedee que não pode mais engordar, deixará de ser feedee por isso? Um Mutual ou mesmo gainer ou foodee que não pode por questões diversas fazer frequentes sessões de estufamento ou não pode mais ir ao ponto do seu limite, deixa de ser feedist por isso? 

Não acredito que seja só a prática que nos faz ser o que somos, apenas deixamos de lado de estar como por um tempo, um momento, um período. É claro que precisamos da prática para externar nosso interior, mas nem sempre externar nos é possível e pra mim hoje em dia não é mais possível porque o "Mundo Feedee da Vênus" não se resume a sessões sozinhas de stuffing. Minha realidade fetichista é outra e ela é ligada visceralmente com a necessidade e prazer de comer para engordar e modelar o corpo. E isso só tem sentido pra mim com alguém ao lado. 

Então vamos ver o que 30 dias alternando em tipos de dietas me trará. Compartilho os resultados com vocês mesmo com a certeza de ser algo que não agrada o nosso universo rsrs 
      
E em 30 dias tiro mais fotos e  novas medidas pra ver o que consegui.

Mas fiquem tranquilos, pois não estou com problemas de saúde. Está tudo ok graças a Deus. Apenas acho que é um momento de preparar o corpo pra outros processos de "engorda" futuros rsrsrs

Mas deixo a questão pra que vocês possam refletir. Um feedist deixa de se-lo se deixar de praticar o fetiche por razões diversas?

Bjo da Vênus!

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