Bom dia feedists!
Vamos
abrir esse espaço pra conhecer opiniões e como é a relação de outras pessoas
com o Feederism através das entrevistas.
Trouxe pra nós hoje um bate papo com a Adriana
Ribeiro que faz parte do Grupo Feederism Brasil.
·
Como você
conheceu o Feederism?
Assistindo o Programa da Band A Liga
• Qual a sua
primeira impressão ao entrar em contato com o meio feedist?
Será que
isso é real? Será que alguém realmente sente desejo vendo outra pessoa comer? É possível que alguém queira, gosta mesmo de
engordar? Preciso saber mais sobre isso!
Essas foram as
primeiras perguntas que me passaram pela cabeça quando vi a matéria. Sempre digo que tenho uma cabeça aberta e
curiosa, que prefere entender a julgar. Gosto de saber sobre as coisas, em
especial aquilo que acho que não acontece na minha própria vida e quando vou
atrás de conhecimento, algumas vezes descubro que aquilo que me parecia
estranho é mais comum do que imaginava.
· Depois do
primeiro contato, o que mais se destacou pra você nesse meio e de que forma
você passou a se identificar no
Feederism depois de um tempo?
Nessa
pergunta tenho que me basear no convívio com o Grupo, a principio eu queria
entender como as pessoas que viviam o fetiche pensavam e foi muito gostoso a
forma como fui acolhida, como podemos
conversar sobre tudo e a conexão que a gente cria com cada história e a nossa
própria história, mas o que mais me chamou atenção e me encanta é ter um espaço
isento de julgamentos, onde cada um é livre pra ser, falar e gostar do que bem
entender.
O feederism
me levou a imaginar uma liberdade de ser Gorda sem preocupações com a opinião
dos outros, sem necessidade de encolher
a barriga pra fotos, sem vergonha de comer o que e quanto quero quando estou
com outra pessoa.
A principio me identifiquei com as pessoas e aos
poucos fui me enquadrando, se for para nomear, categorizar rsrsrs me encaixaria
como FA e Encourage e posso ser feedee também rsrsr .
• Sente vontade de
vivenciar uma experiência feedist? O que imagina ou tem como fantasia?
Sim, sim tenho vontade de ter uma experiência, todas as
conversas, discussões me fazem ainda mais interessada, mas com alguém que me
fizesse realmente ter uma visão das coisas que o fetiche pode proporcionar, rsrsrs
acho que o ideal seria ser conduzida.
• Como você vê o
feederism hoje que é diferente do seu primeiro entendimento ao entrar em
contato?
Completamente diferente. Quando hoje eu conheço um pouco mais sobre o
feederism e quero que alguns aspectos façam parte da minha vida, me pego
observando as pessoas comendo analisando o prazer delas com isso, curiosamente
percebi que estava tocando a barriga do meu marido enquanto ele comia outro dia
e quando me dei conta estava sorrindo,sempre o toquei e isso é comum mas nunca
tinha feito assim, enquanto ele comia e eu só olhava. Hoje eu
gosto de tocar minha barriga, ainda não vejo nada de sexual nisso, mas antes
nem cogitava a possibilidade de expô-la num biquíni e já o faço e gosto rsrsrsrsr Será que é
diferente agora? Acho que sim rsrs
• O que mais te
encanta nesse modo de vida, e, se você
acha que o feederism contribuiu para alguma mudança íntima em você, se sim,
como foi essa mudança?
Me encanta a
liberdade de ser quem eu sou, me achar linda assim gorda, não me importar com
quanto devo comer na frente das pessoas, nem encolher a barriga quando estou
com alguém, mas me encanta ainda mais descobrir que apesar da opinião dos
outros uma minoria (ainda uma minoria), defende suas preferencias.
Vejo que o
Feederism me trouxe significativas mudanças internas. E embora eu não tenha
nenhuma experiência física/real com o feederism, conviver no meio,
me trouxe grandes benefícios,
minha autoestima já era alta agora ela anda tranquilamente num salto 15
kkk, ver outras mulheres orgulhosa de
suas curvas é maravilhoso, mas conhecer o feederism me fez pensar sobre tantas
coisas que antes eu rejeitava em mim mesma e até nos outros. Acompanho diariamente
gordinhas falando sobre preconceito, rejeição , sem perceber os olhares de quem
as cerca.
Mas isso não
me é estranho em absoluto, durante muito tempo eu fui uma delas, e não me dava
conta de que o olhar de algumas pessoas podia não ser de repreensão, mas de
admiração, hoje fico mais atenta a esses olhares e eu mesma passei a olhar
diferente, sempre adorei ver gente comendo feliz e agora observo com atenção e
gosto ainda mais.
Hoje eu falo
sobre o feederism com alguns amigos e não os vejo chocados com o que falo, pelo
contrário, curiosos, interessados, e isso se deve as mudanças que aconteceram
em mim, à forma como vejo e como transmito não é como algo estranho, mas como
algo que me agrada, que me ajudou num processo de amadurecimento de aceitação
não só de mim, mas das minhas preferencias.
·
O que você vê de
positivo e negativo no Feederism?
Positivo: Eu
acredito que o feederism como qualquer fetiche possibilita que as pessoas
exprimam seus desejos, vontades de forma que não o fazem normalmente no
dia-a-dia.
Como Estilo
de vida acho positivo a
cumplicidade do casal que vive o
feederism, a auto realização de quem pratica sozinho, a organização no ganho de
peso é super positiva.
Negativo:
Vejo como negativo o descontrole com a saúde, quando o fetiche sobressai à
razão, vejo essa questão como único ponto realmente preocupante.
·
Você consegue
imaginar como estará o feederism daqui há uns anos se mais e mais pessoas tomar
conhecimento desse modo de vida? Acha que o Feederism tem a ganhar ou perder
com uma maior abrangência nos meios de comunicação futuramente?
Embora todos os meios de comunicação
hoje preguem uma onda fitness e saudável, vejo que muito mais pessoas assumem
suas preferencias no dia-a-dia observo mais atentamente as pessoas gordinhas
hoje por onde caminho e ainda que elas desconheçam o feederism como estilo de
vida ou fetiche, vivem isso no dia-a-dia mais do que imaginam.
Eu acredito que em alguns anos sim muito
mais pessoas se reconhecerão no feederism, muito mais como estilo de vida
propriamente dito do que como só um fetiche.
Não creio que o Feederism tem a perde com
maior abrangência nos meios de comunicação, pelo contrário acho que será bem
positivo, que as pessoas se sintam realizadas em viver aquilo que amam sem
necessidade de que seja oculto.
Mas não será fácil chegar a esse ponto,
ainda há preconceito demais para que as pessoas consigam se livrar dos
paradigmas que a sociedade impõe, e qualquer mudança necessita de tempo muito
tempo pra se concretizar, infelizmente.
Obrigada pela sua
participação Adriana. Espero que esse novo mundo que descobriu seja sempre
positivo em sua vida e te traga novos sabores a serem experimentados!