quinta-feira, 30 de outubro de 2014

O que não é Feederism


Jogos sexuais com comida não é Feederism!

Muitas vezes nos preocupamos em definir o que é esse modo de vida que chamamos de Feederism ou Feedism, mas vejo muitas confusões tantos de neófitos, como simpatizantes, curiosos e leigos que leu alguma porcaria por aí e tomou como verdade. Mas vamos esclarecer algumas coisas. Obviamente, dentro do meu e unicamente meu, ponto de vista, que certamente o defenderei sempre.

O Feederism não é fetiche por gordinhas, e as modelos plus sizes não tem ligação direta com o Feederism. Nem somos adeptos do “club dos bolinhas”! Não! Uma coisa é ser um (a) FA – apreciador de corpos gordos. E outra é ser feedists. Todo Feeder é um FA, mas nem todo FA, é um feeder. Portanto, ser um FA não faz de ninguém um feeder, nem um feedist (adepto do feederism).

Compartilhar fotos de mulheres gordinhas, gordonas, ou realmente gigantes faz parte da nossa cultura, mas não é esse gosto peculiar (pra nossa sociedade) que fará de você um feedists.

O Feederism não tem a ver com misturar comida com o ato sexual. Passar caldas pelo corpo pro outro lamber, espalhar brigadeiros pelo corpo pro outro comer, nem rolarem numa cama de nutela. Isso pode ser uma fantasia erótica, mas não é Feederism. Sequer é o ato de alimentar que um feeder proporciona a uma feedee.

O Feederism não deveria ser visto como um centro de engorda pra quem tem dificuldade de ganhar corpo. Pessoas que querem ganhar uns quilinhos, é sugerível que procurem um nutricionista pra engordar com qualidade na alimentação e de maneira mais saudável. Já vi muitas pessoas se ligando ao Feederism pra que os adeptos os ajudem a engordar, pois realmente se acham magras e não estão satisfeitas com seu corpo. Mas o Feederism não tem o papel de nutricionista, e nem é pra isso. Embora seus adeptos possam estimular pessoas a engordarem. Mas é preciso entender que esse processo de engorda dos gainers é diferente dos magros que querem apenas ganhar uns vinte quilos pra chegar a uns 80, 90 ou 100 e se sentirem mais gostosos e parar. Se você leu que o Feederism é algo que faz engordar, e quer experimentar, tome cuidado e se aprofunde mais aonde afinal está colocando seus pés.
O Feederism não é um centro de abrigo de gordinhos rejeitados. Embora a realidade é que ele cumpra socialmente esse papel. Já que infelizmente nossa sociedade é impiedosa contra quem está acima do peso. Se for muito gordo então, é motivo de olhares como se fôssemos atração circense. Arrumar namorado então? Nem com reza braba e vela acesa na mão! Principalmente mulheres, embora homens também sofram preconceito, e pressão pra emagrecer de seus entes mais próximos, todos sofremos. E acaba que o Feedism oferece conforto a essas pessoas, pois ali ela é objeto de desejo, linda, e pode “despir-se” sem apagar a luz nem encolher a barriga, ou usar roupas compridas pra esconder as estrias e celulites. Sim, é apreciável um corpo cheio de crateras de celulite e marcado de estrias pela maioria dos homens Feedists. Ela pode ser quem ela é. Não disfarçar que ama comer e por isso é gorda que não consegue emagrecer. E não precisa inventar desculpas de que não entende o porquê de não conseguir emagrecer se nem come tanto assim. Ou exagera no fim de semana e promete a todos: “segunda feira começo a dieta”. E essa segunda nunca chega por pura falta de força de vontade.

Esse modo de vida, oferece a liberdade que o meio nos nega. Mas é o mesmo caso dos FA, citados acima. Ser gordinha (o) ou gordona (o), não faz de ninguém um feedists. E a realidade é que abrigamos em nosso meio homens e mulheres que estão acima do peso e se sentem acolhidos e valorizados em nosso meio e com a estima levantada. Mas um conselho: separe o estar, do querer estar e se tornar. O que isso quer dizer? Significa que uma vez dentro de núcleos Feedists, você será tentada (o) a engordar cada vez mais e mais, sem limites. É isso que VOCÊ quer pra sua vida de forma consciente? É uma escolha madura e racionalizada. Ou está indo no embalo pra não perder a atenção e valorização das pessoas do meio? Se for isso que lhe dá prazer e é sua vontade por si mesma, beleza. Se não for, e você apenas se tornou dependente da atenção recebida, da aceitação e bajulações de fãs de suas curvas largas, cuidado! A estrada pode ser florida, de doces e bucólicos amanhecer no começo. Mas depois ela pode ser cheia de armadilhas, buracos sem sinalização, e abismos em meio a tormentas escuras. 

Algumas pessoas me perguntaram se pra ser feedee é necessário engordar. Responderei isso em outra matéria.

O Feederism no Brasil não é moda nem uma nova tendência sexual (copiado dos Estados Unidos). Muito longe disso. Ser Feedist está internalizado na natureza, no DNA, nos registros mentais, no inconsciente de cada um em estado latente que a maioria desenvolve os primeiros sinais de comportamento feedist na infância dentro do próprio núcleo familiar. Outros são despertos em fase adulta. É algo que permeia alguns seres humanos, logo não é moda, nem opção. Ninguém escolhe ser. Apenas é. E portanto se é algo que se é, não dá pra deixar de ser. O que dá é moldar a forma como conduzir o modo que vivemos com isso, e não deixar de ser. Afinal, temos um leque rico de possibilidades, ao contrário do modelo das relações limitadas a um casal hetero, onde um engorda assustadoramente e irracionalmente, e o outro tem prazer em alimentar e assistir essa engorda. É isso que os veículos de comunicação televisivos estrangeiros tentaram empurrar pra sociedade sobre nós aqui no Brasil.

Mas hoje o assunto já foi parar na T.V brasileira sob produção brasileira também, com uma nova cara e perceptiva, e muitos viram a matéria e se identificaram, mas nem todos que leem ou veem sobre o Feederism, e simpatizam, são de fato feedists. Talvez tenham uma afinidade, simpatia pela questão da comida ou por ser ou gostar de gordinha (o). Mas não esqueçam do segundo parágrafo dessa matéria.

O Feederism não é coisa de adolescente rebelde que quer desafiar os moldes de beleza da sociedade simplesmente sendo gordo. Alias, ser gordo e gostar de ser gordo e querer mais ainda, é apenas uma parte que compõe o que é o Feedism. Não estamos desafiando sociedade alguma pra engolir um padrão de beleza obeso. Alias, particularmente sou da opinião que beleza não deve ser padronizada. Não é a troca de um padrão pelo outro. É justamente a liberdade de não termos que ter esses modelos. De sermos livres para expressar em nós, no que nos atraem e o tipo de corpo que melhor nos cabe. Se é magro, muito magro, malhado, médio, gordo, ou muito gordo. Não importa. Isso não deveria ter modelos prontos. Todos os outdoor  na rua e propagandas na televisão sobre moda, beleza, roupas, joias, dentistas, cursos, hospitais, e qualquer outra coisa, sempre há pessoas magras ou malhadas como modelos. Essa semana vendo um outdoor de um salão de festa havia uma mulher magra muito bonita por sinal, toda produzida, vestida de noiva como modelo. E pensei: “e se no lugar essa magra aí, fosse uma modelo gorda? Como as pessoas iam ver? Chamaria atenção? E se vários outros anunciantes começassem a colocar vários tipos de tamanhos de corpos tanto de mulheres como homens? Mudaria a padronização? Embora esse seja um assunto social que não está ligado diretamente ao cerne do Feederism, é um assunto que me interessa como mulher, gorda, e de saco cheio dessa mesmice e falta de liberdade de expressão que a sociedade nos impõe e aceitamos. Pior, nem nos damos conta disso. Mas a realidade é que sentimos o peso da cobrança por corpos enxutos e esbeltos, principalmente nós mulheres. E apesar do Feederism não ser um movimento contra a gordofobia, acabamos, pelo menos no que confere aos gainers, tendo uma ligação indireta a isso, como dito acima. Podemos ficar na nossa e fingir que isso não nos incomoda e o que importa mesmo é como vamos curtir o fetiche e engordar, e o resto que se dane. Mas somos sem dúvida, atingidos pelo preconceito contra obesos. Pelo menos a parte de nós que tem o ganho como seu modo de vida. Além dos que são magros, mas amam os gainers e não sentem vergonha de desfilar com os parceiros e seus corpos redondos por aí. Sim, esses também sofrem com os olhares abismados e julgadores. Sem contar das piadinhas dos amigos e familiares. Fatal!

O Feederism não é 1 fetiche. É um conjunto de comportamentos que está relacionado mais comumente a libido, erotismo, prazer, desejos, vontades particulares e expressão sexual, formando não apenas 1 fetiche, mas vários fetiches dentro de um modo de vida que conduz seus adeptos a várias formas diferentes de ter prazer e satisfação em si mesmo e dar prazer ao outro. Vejo o feederism dentro de uma pluralidade e não singularidade, que nem sempre temo teor sexual. Logo existem várias formas de se ter e oferecer prazer tanto pessoal íntimo, como sexual. Mas pra alguns é algo que oferece uma alegria, satisfação e bem estar muito particular, que não chega a ser prazer nem vontade sexual. Embora a realidade é que a maioria dos feedists sintam em algum momento a parte sexual e erótica relacionada a ações e comportamentos que cada um desenvolve pelo Feedism. Logo, ele nunca deixará de ter sua parte fetichista, que pode ser entre um casal, ou solitário. Fica claro portanto que o Feederism é um modo de vida que tem em si, vários fetiches e formas de viver esse estilo de vida tanto sexualmente falando como numa alegria e satisfação secreta, seja em aumentar o tamanho do seu corpo, ou ver o aumento no outro, ou sentir as sensações corporais quando se joga no ato de comer até atingir o limite suportável de seu corpo, não importa como você tem o feederism em si. Pode ser diferente de como eu tenho, mas todos vamos conduzir ações, planejamentos, sentir satisfação, alegria, empolgação, saciedade, estimulação de um desejo sexual ou sensualidade, ou simplesmente ir dormir com um sorriso feliz nos lábios porque comeu mais da conta, passa a mão em sua barriga e a sente maior por isso e pensa: ” como é bom essa sensação”. Simples assim!  

“Aquele que conhece a si mesmo, é um homem livre”.

“Aquele que aceita a si mesmo com alegria, não há correntes familiares ou sociais que o diminua, limite ou prenda”.

Todos os dias recebemos ordens do que comer, onde comer, o que vestir, o que calçar, que marca usar, o que é bonito, onde ir no fim de semana, que música não ouvir, que modelo de beleza é desejável, que tipo de corpo você deve ter. E aí? Quem você vai escolher pra ouvir? Quem vai escolher mandar em sua vida e ditar como você tem que ser? Na dúvida, ligue o “dane-se” e seja você mesmo. Não sabe quem você é por anos de sugestões do meio? Então leia a primeira frase que está logo acima entre parênteses e procure a liberdade íntima. E se ainda tiver dúvidas no que escolher, escolha sempre: SER FELIZ CONSIGO MESMO, NÃO IMPORTA O QUE OS OUTROS DIZEM. Afinal se você não escolher, haverá quem escolha por você. Se você não aprender a colocar suas vontades e opiniões, você será esmagado pela sociedade e vira mero fantoche, sem identidade própria.

Espero que esse texto tenha esclarecido sobre o que não é Feederism. Lembrando sempre que essa é minha visão íntima sobre meu modo de vida; o Feederism.


Bjo da Vênus! 



quarta-feira, 15 de outubro de 2014

RESPOSTAS AO GRUPO FEEDERISM BRASIL


Vamos esclarecer alguns pontos, mesmo sendo repetitiva. Mas parece que tem gente que precisa ler cinquenta mil vezes a mesma coisa pra entender.  

Não devo explicações a quem me acusa. Não preciso me explicar pra nenhum acusador, e se alguém comprou mentiras, azar de quem as comprou.   

Mas acho que hoje alguns membros do Grupo Feederism Brasil podem estar confusos, principalmente os que criaram de certa forma uma relação de confiança com a Vênus. Estes merecem uma posição de minha parte e é por eles que faço essa nota de esclarecimento.

Primeiro ponto: É fácil pegar várias fotos recentes de menos de dois anos atrás e dizer “olha aqui a mentirosa” ! Concluindo portanto que inventei lorotas, quando declaro que sou feedee e já passei de gordinha, logo todo a resto não passa de uma grande farsa. Burra é a pessoa que engoliu essa história. Mas aqui não está em jogo se eu sou gorda ou não. Mas se o que passei ser é verdade ou mentira, não somente nas matérias do blog, mas de tudo o que converso com os membros do grupo, seja in box, em particular ou através dos comentários do grupo e blog.

Então vamos lá; É fato declarado inúmeras vezes que eu fui magra a maioria dos anos de minha vida. Também é fato exposto que comecei me descobrindo como feedee gordinha, com dois dígitos. Também não é segredo minha declaração que engordei aproximadamente trinta quilos ou mais em poucos meses. Logo, as fotos irão oscilar muito. Basta usar o poder divino dado por Deus de raciocínio.

Sei que estão divulgando fotos. E desta vez são de fato, minhas sim. Mas antigas. Algumas outras um pouco recentes, mas antes de eu entrar para o Feedism.

Agora eu desafio quem quer que seja, a postar uma foto minha de cabelo curto e de forma magra. Quem tem? Pago dez mil reais aquele que aparecer com uma foto dessa. Sabe por que? Porque ela simplesmente não existe.  Fiz uma cirurgia de retirada de um tumor no cérebro pouco antes de ser desperta para o feederism, e raspei a cabeça. Logo meu cabelo atualmente está na altura do ombro. Portanto não existe no mundo foto minha de cabelo curto e magra. Mas você é o cara! E aí? Tem? Se tiver a hora é agora! Mostre quem é a mentirosa, quem criou uma farsa.

Francamente, não vivo escondida. Se a Vênus não mostra o rosto, não é por algo que tenho vergonha de mostrar. Muito pelo contrário. Sou vaidosa e orgulhosa de mim e teria o imenso prazer de publicar uma foto minha e dizer “olhem como o Feederism me engordou, como estou gorducha, pançuda e estou bem com isso”. Meus amigos mais chegados, família, meus filhos sabem o que sou em essência, embora não tenham a capacidade de entender sobre Feedism. Meu mundo é um orgulho pra mim e não motivo de vergonha que deva me esconder atrás de um avatar. O que ocorre é que a Vênus já foi construída na mente de todos dessa forma. E não vou descontruir isso dando um rosto a ela. A Vênus está além de mim agora. Ela não tem rosto, além do dela mesma: a Deusa da fartura e fertilidade. O que por ironia, a própria estatueta não tem rosto. E se não mostro fotos minhas, é por essa simples questão. Porém agora, torna-se até necessário por motivo de proteção de malucos como esses, e outros que surgiram antes dele (se não for a mesma pessoa). 

Não é a primeira vez que passo situações desagradáveis e pior, indo mais intimamente, criando fakes pra tentar causar uma separação entre meu feeder e eu (o que parece algo inusitado, mas aconteceu). Como também acusações por e-mails de gente dizendo que sou um feeder que criou a Vênus pra ganhar notoriedade, de que os textos não são meus, que não acreditam no que eu declaro, que sou uma marqueteira. Fakes me cercando e tentando achar meu perfil pessoal, vejo conversas minhas divulgadas por aí. Já tive que lidar com uma invasão de hacker nos meus computadores e ter meu perfil pessoal deletado e minhas páginas bagunçadas, sem falar na conta de e-mail que tomaram posse e deletaram todos os meus arquivos guardados de mais de sete anos de endereço eletrônico. O que diretamente nada pode ter a ver com a Vênus, mas com meu modo de lidar com pessoas via internet. Mas sinceramente hoje, mediante a isso, não sei se esses eventos estão interligados. Ou talvez o peso de ser  a Vênus está me deixando meio paranoica.

 Mas o fato é que vira o mexe tenho que lidar com situações do tipo. Por que? O que de interessante as pessoas veem tanto na minha vida pra perder tanto tempo assim? Depositar tanto esforço em invadir minha máquina e bagunçar minha vida on line? Por causa de fotos? Ler conversar minhas? Porque me roubar através de contas bancárias nem documentos foi, pois nunca tive nenhum problema nesse sentido. Não! Nunca entenderei completamente a razão disso. Se eu ainda fosse alguém famoso, um artista da vida, um político, até entenderia. Mas sou alguém comum. Mais uma no meio da multidão. E por incrível que pareça, passei por tudo isso e embora hoje as acusações sejam públicas, com o claro intento de denegrir a imagem que a Vênus construiu ou só me sacanear e rir as minhas custas, de alguém que me conhece na vida real ou quem eu sou fora do Feedism, não sei dizer. Só digo a quem quer que seja: Você é só mais um, meu caro.  

Acusações em nada me abalam, mas sei que essas pessoas ou essa pessoa que está por trás da Patrícia, é o cérebro mal intencionado e atrofiado. Quer avacalhar a imagem da Vênus? Tudo bem. Tente! Continue com suas brincadeiras, mas fique em mim, ok! Porque sei que você tem fotos minhas com meus filhos. E isso realmente eu não aturo. Que você nunca em sua vida use a imagem das minhas crianças pra qualquer fim. Se acha que ter fotos minhas é o máximo, e vou ficar com medo disso, parabéns! Se acha que manipular uma desiquilibrada psicológica contando mentiras a fim de usa-la contra mim, é divertido, congratulações. Devo ser uma Diva pra você. Mas pra ti, adoto o protocolo equino. Entretanto pro seu bem, não ouse usar a imagem dos meus filhos pra propósitos levianos e sujos. Por enquanto nem me importa quem seja você. Mas experimente usar a imagem deles, pois saiba que tenho meios de descobrir quem é você. Não sou de ameaças, porque cão que ladra não morde. Mas se me conhece, sabe a importância dos meus filhos em minha vida e do que sou capaz de fazer pra defendê-los. Então mexa comigo, mas não mexa com meus filhos.

Francamente, a única forma de ter essas fotos com meus filhos é através do meu antigo perfil de Orkut, já que nunca mostrei fotos com meus filhos pra alguém de nosso meio. Ou se você é o mesmo hacker que invadiu meu pc tempos atrás. Seja como for, você deve ser alguém bem insignificante e que não tem nada melhor a fazer na vida do que criar discórdia e encher o saco de quem está quieta no canto e só quer paz. Faça-me o favor, né! 

Segundo ponto; sou apenas uma pesquisadora? Sempre declarei que sou uma estudiosa sobre fetiches, trabalho com psicoterapia, e sou sim uma pesquisadora sobre o feederism quando passei a saber de sua existência. Não tem segredo nisso. Agora se sou feedee? Sim. Eu não conhecia o feederism. Era do mundo BDSM. Apenas passei a pesquisar sobre, quando me descobri como feedee. Ser feedee existe em mim, antes de eu saber sobre a existência do Feederism. Basta ler o Mundo Feedee da Vênus III, onde declarei que já vivia como feedee, e somente tempos depois foi que meu feeder me indicou caminhos de leitura me falando palavras chaves pra busca: Feedism, feeder e feedee. E a partir dai que comecei a ler sobre o que antes apenas vivia. Então a Vênus só existe, porque existia uma feedee muito antes da ideia de criar um blog. Não criei a Vênus em cima de algo que não existia. Pelo contrário. Ela embora seja uma personagem, somente existe pelo que eu sou como Feedee e não o inverso como muitos pensam. Absolutamente nada do que declarei esse tempo todo como Vênus feedee, foi invenção de um personagem. Ela é o que eu sou como feedee. E não a feedee que ela é tomou conta de mim. Até porque ela não nasceu pautada numa ficção. Mas na realidade, na minha realidade que vivi. Apesar de poder parecer que eu não sei quem sou e me misturo com a Vênus, sei muito bem quem eu sou e o que eu sou. E o que a Vênus é; nada além de uma parte de mim.  Agora quem quiser acreditar, acredite, quem não quiser, paciência. Minha vida em nada mudará por isso. E vou continuar comendo, gorda e redonda feliz da vida. Não estou aqui vendendo nada, nem preciso convencer ninguém. Talvez eu seja a Feedee que a maioria do grupo ou dos seguidores do blog nunca viram parecida e embora eu não seja a única com certeza, (talvez umas das poucas mais bem resolvidas do mundo sob algo tão complexo pro universo feminino), dúvidas se de fato sou assim, ou se invento pra conquistar algo, pode acontecer. Mas não é de minha natureza me promover à custa de algo que não sou. Então pela última vez, sou uma feedee que tem orgulho e amor por ser o que é, que embora tive momentos de dúvidas, hoje estou convicta do que sou. E não é a Vênus quem está declarando isso, é a feedee que há dentro de mim. Agora se o fato de eu ser uma feedee assumida, feliz e descomplicada que ama seu corpo gordo e o deseja maior ainda; incomoda, só lamento. Se essa feedee resolveu meter as caras e criar o primeiro blog pros feedists do Brasil ter um canto só deles onde a ideia deu certo, e isso incomoda os que tiveram a mesma ideia antes, mas fracassaram e não fizeram acontecer, também só lamento. 

Terceiro ponto: O que eu ganho com o Blog, o grupo e essa dedicação toda? Pois falaram que eu quero me promover. Promover a que? O que afinal eu ganho, além de muita pentelhação de saco? A única coisa que eu ganho é algo muito valioso pra mim, que é satisfação pessoal em poder ser útil dentro de um mundo que eu amo de todo coração. Mas não quero ser nenhuma deusa, mãe de nada, papisa de coisa alguma e nem quero ser famosa, pois se quisesse, já teria ido pra televisão. Nem quero que concordem com tudo o que eu digo. Declaro minhas visões da coisa. Se concordam legal. Se discordam ótimo! Sinal de que tem vida ativa inteligente no meio de nós. “Toda unanimidade é burra”. Sou uma pessoa flexível e aberta a mudar de opiniões mediante a argumentos inteligentes. Mas tenho minhas convicções e formas já definidas de ver as coisas e vou defendê-las sempre. É meu jeito e gosto dele assim. E esse era o motivo de ser admirada e odiada ao mesmo tempo nas comunidades que moderava no Orkut. Sou debatedora há mais de dez anos e vivo dentro de grupos de discussão defendendo o que acredito com vigor, sempre discutindo ideias e não pessoas. Quem não suporta minha forma de ver as coisas sobre o feederism, ou como conduzo as coisas, é fácil. Pegue o seu banquinho e vá. Crie um blog, um grupo. Quantos mais sobre nosso mundo melhor. Faça do jeito que acha certo, que achar melhor. Agora o que é feio é ficar minando o grupo e metendo o malho pelas costas. Quer debater? Tem argumentos? Então exponha ideias, vamos conversar. Adoro falar sobre Feederism. Mas não fique de cochichos nos becos virtuais, pois isso é coisa de gente burra e medíocre.

Mas no meio de tudo isso, não posso reclamar, porque afinal, de certa forma escolhi. E o que mais gosto em poder ser a Vênus, é exercer não o papel de detentora da verdade. A Verdade não está com ela, mas dentro de cada um. Não sou eu quem dita regras e diz o que cada coisa é, justamente porque acredito que ninguém tem esse poder. Cada um vai sentir o Feederism de uma forma única. Apenas coloco o meu parecer e opinião sobre as coisas. É meu direito assim como de qualquer um. Mas o que me impulsiona ser a Vênus é justamente poder agregar as pessoas. Oferecer-lhes meios para que possam se conhecer melhor estando em contato com outras pessoas de mesmos desejos e pensamentos afins. Ter a oportunidade de ajudar a quem viva num isolamento, ou se achando bizarro ou esquisito. Pois acreditem, no meio das minhas pesquisas e interação com pessoas desse meio, isso foi algo que mais me chamou a atenção; Carência, isolamento, frustração, conflitos. E quando descobri que a Vênus podia fazer algo útil sobre isso através do blog e do grupo, entendi o que afinal me animava em superar e lidar pacientemente com todos esses efeitos colaterais ruins. Era alegria pra mim quando pessoas chegavam pra Vênus e agradecia o espaço, pelo acolhimento, carinho, pelo incentivo ou apoio, ou até mesmo pelo “colo” que ouve desabafos de quem vive sufocada dentro de si mesmo, e ter a oportunidade de aconselhar. Isso fazia tudo valer a pena. Vi também que com o assunto indo parar na T.V por causa do blog, entendi que quanto mais pessoas conheçam o feedism de forma legal, aos poucos, mais pessoas vão se identificando e olha hoje: quantas pessoas há no grupo e seguem o blog por terem visto a matéria da Liga e se identificado, se descoberto, ou entendeu que ele não era o único a desejar e sentir as coisas daquela forma. E se há quem não entenda porque aturo tudo o que aturo, é somente por conta do que acabei de expor; ser útil ao criar meios para agregar e acolher potenciais feedists e ajudar de certa forma a uma aceitação íntima de quem sabe que o feederism está dentro de si ou pensa que está por conflitos íntimos, pois os mais experientes sabem que todos nós passamos por certos conflitos até nos assumirmos de verdade e com consciência madura pra si mesmo. Não é fácil ser o que somos. E claro, unir os feedists espalhados em sites americanos pra que possamos trocar ideias, nos conhecer e fazer amigos. Nada diferente do que já expus no blog na matéria: “Vênus, Feedee”. E pra mim, o quanto eu puder levar o Feederism como algo libertador e popularizar seu lado positivo, desmistificando distorções e explicando os efeitos negativos, colocando em analises, tirando o ranço de submundo obscuro, bizarro, marginal, modismo ou promiscuidade pueril, eu farei. Ninguém é obrigado a concordar que isso seja bom para o Feederism. Muitos dos que estão nisso há tempos, sequer se preocupam com o Feederism com um teor ”social”, mas apenas em como se satisfazer dentro disso. Não julgo ninguém e cada um que viva esse estilo de vida ou fetiche como bem quiser. Todos são livres pra pensar e fazer diferente, eu também sou. Respeito quem acredita que o feederism é algo pra ser mantido dentro de um véu social, escondido nos becos humanos como mais um fetiche sexual, tudo bem. Mas eu não penso assim.

E aí entra a Vênus que conseguiu ser mais do que uma feedee apaixonada por batata frita, smothie e ver sua barriga e seu corpo crescer. Ela criou meios possíveis e palpáveis pra fazer o Feederism algo de conhecimento público no Brasil. E embora nunca tenha pensando disso como um movimento, como essa semana um amigo comentou comigo, as coisas estão caminhando e hoje vemos mais sites e blogs tratando do tema não mais como monstruosidade, mas com a boa vontade de expor e deixar que outros analisem. E tenho certeza que o blog foi muito importante pra isso. Acho que temos muito a ganhar com a popularidade do Feedism no Brasil e quem sabe, passaremos a viver realidades, ao invés de muitas fantasias e sonhos  por falta de encontrar pessoas afins com os mesmos desejos e afinidades.

Porém o peso dessa possibilidade que ela abriu e uma possível conquista, está sendo grande demais pra mim, porque o que tenho hoje? Fotos dos meus filhos aí em mãos que gente que não sei quem é. Quando a proteção da imagem de meus filhos e família é responsabilidade minha. Agora fotos minhas? Tudo bem. Não vivo escondida como feedee. E tudo isso só me faz pensar: Porquê? Não consigo entender. Mas todas as situações negativas gerou em mim uma paranoia sobre qualquer fake que se aproxime puxando conversa. Fechei-me e por mais que seja gentil com as pessoas, não consigo mais ser eu mesma e espontânea. Medir o que falar? Nunca precisei disso. Mas sendo a Vênus, entendi que não dá pra ser diferente. E isso não está legal pra mim. Então me pergunto, preciso disso? Talvez a Vênus tenha ido até onde deu. Porque é um preço alto a ser pago. E por mais que eu tente convencer as pessoas a me deixar em paz, não tem jeito, sempre aparece um filho da puta pra causar bafafá e propagar disse me disse.

Quarto: Por que sai do grupo? Resolvi dar um tempo, pois acredito que vocês podem movimenta-lo sem mim e acolher bem os recém chegados, além de promover debates inteligentes e produtivos. Tem muita gente boa lá e experientes dentro do Feedism. Quis apenas me dedicar aos livros que estou escrevendo e ao blog. Senti-me um pouco desgastada pelas situações que se acumularam e quis investir minha energia em outras coisas tanto pro feederism como pra outras questões particulares, pois tenho uma vida fora do feederism, não sei se muita gente sabe. E pensava em voltar assim que me sentisse bem pra isso. Mas hoje não sei mais. O Daniel é meu amigo íntimo e assim como o Juscelino é de minha total confiança e poderá tocar o grupo com o mesmo zelo e compromisso que eu tocaria. Então estão em boas mãos.

Quanto a Vênus. Amigos mais chegados falam porque não me livro da Vênus e acabo com tudo isso, todas as especulações e disse me disse?

Bom, a Vênus não me pertence mais. Sem querer ser arrogante e me gabar, mas ela se tornou algo mítico. Ela tem vida, tem história e alma. Que eu dei mediante ao que eu sou como feedee, ao que vocês dão e ao que muitos precisam; alguém que os entenda e der um lar onde muitos feedists possam ser aceitos e entendidos, e que todos falem a mesma língua. Parece meio piegas, mas é essa necessidade que percebi nas minhas andanças no mundo feedist. E eu me sentiria egoísta se simplesmente a destruísse, apagasse de vez tudo o que ela fez. Além do mas, quando eu não puder mais estar por trás da Vênus, outra pessoa pode assumir sua pele, o personagem e continuar o trabalho dela. Hoje a Vênus é o que eu sou. Mas amanhã pode ser outra pessoa que a assumirá e aí sim, ela será um personagem de ficção (baseada em fatos reais ahahaha), porque a pessoa na qual ela foi espelhada existiu, mas já não estará por trás dela.  

Estão me perguntando sobre o blog. E esclareço que o blog nada tem a ver com o grupo. Não o abandonei nem o abandonarei. Vou continuar com ele e meus projetos. Mas atualmente quero me afastar do convívio mais íntimo, talvez de tudo um pouco. Preciso respirar. E ser só a feedee, a mãe, a mulher, a pessoa. Por quanto tempo não sei dizer.

O perfil da Vênus no facebook, vai ficar off e não entrarei mais nele por um tempo, pois a única causa dele, era o grupo e a página Feederism Brasil.

Mas quem quiser falar com a Vênus, o e-mail do blog feedismbrasil@gmail.com está ativo. E no Hangouts vez ou outra apareço quando abro os e-mails do Blog.

Obrigada a todos que tem REAL carinho pela Vênus e confiam nela. Obrigada também a todos os detratores e filhos de chocadeiras, que enquanto querem jogar minha idoneidade na lama com mentiras e intrigas, me fortalecem cada vez mais. E saibam que a única lama que me deito é de calda de chocolate pra me acabar de tanto rolar e me lambuzar como uma boa, roliça e gorda porquinha! 

É isso!

Termino com uma frase que gosto muito:

“Aqueles que atravancam meu caminho, passarão. Eu, passarinho” Mario Quintana.