Chegou à época mais deliciosa do ano; Festas de Fim de Ano...
...Não
pelos presentes, pela familhada e todo o bla bla bla de confraternização. Mas
pelo óbvio; COMIDA! Afinal as pessoas passam semanas discutindo sobre comida! O
que farão para a ceia, o que o fulano vai trazer? Dai lembra dos pudins da
tiazinha que só aparece no natal, dos pavês ou pra comer, será que a cunhada
vai trazer os bolinhos de bacalhau? É todo um planejamento coordenado e com
estratégias e tudo pra que a mesa estava farta, repleta de gostosuras e variada
pra todos os gostos, desde os pentelhinhos, até o vovozão.
Na
casa da minha mãe (com tendências feeder embora nem sonhe o que seja), casa de
filha feedee sempre rola uma mesa que brilha aos olhos de quem vê. Tem pernil
assado com molho agridoce, sempre dois tipos de bacalhau (eu sou responsável
pela torta de Bacalhau no molho Bechamel divina - modéstia a parte). Tem a
prima da sobremesa que só traz sobremesas, o tio do tender, a amiga do salpicão
e assim a mesa vai enchendo. Esse ano ainda encomendamos empadão, salgadinhos e
quiches.
Vendo por esse lado de cada um leva uma coisa, mais
parece uma reunião tribal onde cada membro da tribo levava o melhor de sua
colheita para os festejos aos deuses e seus ritos sagrados. Talvez essas reuniões regadas a muita comida e cada um traz o seu melhor prato, seja fruto ainda dos
registros em nosso DNA desse comportamento primitivo. E tudo isso faz até
aquele primo insuportável ficar tão mais agradável, descendo a calda de manjar
com ameixas....
Lembra-me
também aquelas mesas dos grandes reis do passado em seus banquetes com mesas
compridas que os olhos não podia acompanhar a quantidade de travessas
e bandejas com enormes quantidade de comida com um leitão assado.
E os brasileiros em especial, tem a ânsia do
muito, do mais do que pode comer e abraçar nas veias. Um povo de um país que nunca soube
o que é fome real e brutal por ter suas plantações, criações, e recursos destruídos
por guerras. O que não quer dizer que óbvio, grupos de pessoas e classes
sociais não saiba o que é isso. Mas me referi de um modo geral e específico ao
mesmo tempo, a algo que atinge todo um determinado povo ou a maior parte dele.
Nós não sabemos o que é ter que racionar o pão ou “as batatas”, por não saber o que é viver preso num campo de concentração, comendo e vivendo pior que um
animal de carga.
Aqueles
pratos “chiques dos estrangeiro” cheio de fru fru, putz, me dá fome só de
olhar. Mas nós temos a fartura em nossa formação, afinal já dizia Caminha; “é uma
terra que plantando tudo dá. E temos de tudo, desde uma farta escolher de fast
foods importados, dos besteirol (porém deliciosos) à comida de verdade; arroz,
feijão, frutas maravilhosas, legumes incríveis, grãos, sementes e uma mistura
de heranças indígenas e africanistas que torna a nossa gastronomia uma das mais
variadas e ricas do mundo. Aqui tem farinha de mandioca e goma que faz tapioca,
o que não tem nos Estados Unidos fácil na esquina da sua casa pra fazer farofa.
Como eu iria viver lá a base de fast food e congelados? Com um churrasco pobre
de hambúrguer e salsinha, sem saber o que é ter no ano novo aquele churrascão
com farofada e molho a campanha, com uma peça costela de porco fresca, picanha,
uma asinha de frango que seja e linguiças de pernil? Que vida mais sem sentido!
A comida da França é famosa, talvez mais pelos doces e pelos pães, porque é um
povo que adora enfiar pão em tudo que é refeição. Mas de pratos e tempero
estranho, sem sal ou açúcar, pois é costume só dar o toque desses dois itens
nos alimentos. Algumas amigas viajaram pra lá e sofreram com a comida. Eu talvez
viveria de Mcdonald’s, pão e vinho, ou de Rosas e Vinho tinto como na música no
Capital Inicial.
O
que tenho como opinião particular estudando gastronomia pelo mundo, é que as
melhores comidas do mundo estão nos países latinos, e a forma de comer também.
E o Brasil sem dúvidas é o melhor deles.
Desde
os primórdios da humanidade a comida nos une, está presente em nossas festas em
volta da fogueira, é nossa maior forma de celebrar a vida, aos deuses, a nós
mesmos em nossos aniversários. Qualquer reunião, seja de família, amigos, colegas
de trabalhos, até de negócios, é regada a bebida e comida.
Então
como no fim de ano é a época que mais temos confraternizações seja no trabalho,
faculdade, casas de amigos, etc. É a época mais farta do ano porque pra onde
você vai tem comida no meio.
Ah...
eu não estou vivendo fora da realidade não. O Brasil está na pior! O Rio de
Janeiro onde moro falido, e principalmente as cidades pela transição de
prefeituras. As pessoas choram por falta de salário, contas atrasadas! E embora
seja um fato que as vendas caíram, mas vou falar pra vocês, semana antes do
natal, fui ao centro da minha cidade comprar uma bateria de celular. Eu quase
não consegui entrar nas lojas de tão cheias. Dias antes da véspera de natal os
mercados estavam intransitáveis. De onde o povo arruma dinheiro? O fato é que
arruma sim. Da reserva, do décimo, do chefe especial, pede emprestado, mas não
deixa de celebrar nada com COMIDA E BEBIDA.
Mas
aí depois vem o pós ceia que também é comum entre os gainers e stuffers,
admirarem suas obras primas; como conseguiram deixar suas barrigas imensas!
Fotos e vídeos apertando as banhas são válidos, viu! Eu tirei várias fotos! E
um feeder curtindo uma ceia de natal com sua feedee? Nossa! Deve ser incrivelmente
orgasmático, antes, durante e depois da ceia. Eu nunca passei ao lado do meu
feeder por questões familiares. Mas sempre rola umas sessões de fotos depois e
durante. Acho que ele deve ficar pensando: “ ela deve ta se acabando”, e claro
os préstimos de natal tem sempre o “Feliz natal, se acabe de comer”!
Essa
é a época do ano e as férias de julho que também são propensas, onde eu
acho mais propício pra engordar mesmo sem perceber ou de propósito, até porque
muitas pessoas tiram férias, e nas férias a gente cai no mimo da mãe ou do
conjugue. São épocas pra curtir bares e restaurantes, praias e os sabores praianos dos
petiscos e da cerveja, e liberar mais de dietas (pra quem vive nesse tormento).
Compartilhei
os resultados da ceia com amigos gainers e stuffers, e também pude ver o
resultado deles. Kkkkkkk
Mas
calma amor, só você tem fotos exclusivas!
Bem por aí o pós! |
Na
verdade, o estilo de vida, ou viver com o feederism sendo parte de sua vida é
algo tão simples e natural que muitas pessoas vivem cercadas disso e não
percebem, não sabem. Nem tudo é sexual, mas é o ato de apreciar o comer bem, e
quando eu falo comer bem, é comer muito e de forma prazerosa (sentido isso)! Às
vezes é numa brincadeira, numa farra com uma amiga vendo série, ou com um amigo
do outro lado do mundo, brincando de quem bebe mais suco, ou quem consegue
comer mais pizzas e um incentiva o outro a poder vivenciar coisas tão pequenas
e por ser tão pequenas aos olhos alheios parecem estranhas. Mas nos dá prazer,
amenta seu tesão, nos dá a sensação de estarmos mais sexys e gostosos, dá
alegria, nos anima de uma forma inexplicável, Afinal, cada um tem sua forma
particular de prazer, e a nossa é algo são simplório que seja a ser uma
brincadeira.
Mas
como tem gente que leva a vida a sério demais. E também estão levando o
Feederism de forma muito austera, séria, algo complexo. Nada disso! É tudo
muito simples e natural quando faz parte de sua natureza mais íntima.
Espero
que o natal tenha sido produtivo. O meu foi! Ainda estou com o gosto do
salpicão e do pudim de maria mole na boca. Já fazendo a lista aqui pro ano
novo!
Qual
foi a comida que você gostou mais de comer no natal? Deixa aí nos comentários!
Desejo
a todos os seguidores, leitores do blog e amigos da Vênus que curtam bastante
essas festas de finalzinho de ano. E no Reveillon; beba e coma bem se puder! Festeje
bastante, com sorrisos, comida e bebida a sua saúde, ao amor, aos aprendizados,
oportunidades, conquistas por menores que tenham sido, são suas!
Celebre a
vida!
Tudo o que tiveram em 2016. Que tudo de bom e gostoso venham em dobro e
mais, muito mais pra nós em 2017!
E deixo aqui pra vocês uma frase de Oscar Wilde
que diz um pouco disso... Sejamos mais leves, serenos, e menos preocupados nos
comos e porquês, encarnado tudo muito sério demais!
Beijos da Vênus!